Não vamos casar !

Detesto casamentos. Detesto particularmente casamentos de Verão. Detesto as filas de carros a buzinar com merdinhas brancas penduradas nas antenas. Detesto a hipocrisia do casamento, do dia, do contrato e da instituição. Se também detestas algumas destas coisas junta-te ao club

quinta-feira, março 30, 2006

Acho que não vou

Gostava de ir a Barcelona era no dia 5 de Abril. Passear os meus cachecóis, o meu chapéu-bola e o meu casaco kitch- Nova-iorquino. E o resto quero fazê-lo com calma. Amava ir assim numa viagem de reconhecimento. Mas não vai dar. Não agora, tem de esperar pelo menos uns largos meses.

O louco

O seu interior é uma espiral esquizofrénica. Apenas.

"FORA DA ORDEM

Vapor Barato, um mero serviçal do narcotráfico,
Foi encontrado na ruína de uma escola em construção
Aqui tudo parece que é ainda construção e já é ruína
Tudo é menino e menina no olho da rua
O asfalto, a ponte, o viaduto ganindo pra lua
Nada continua
E o cano da pistola que as crianças mordem
Reflete todas as cores da paisagem da cidade que é muito
mais bonita e
muito mais intensa do que um cartão postal
Alguma coisa está fora da ordem
Fora da nova ordem mundial
Escuras coxas duras tuas duas de acrobata mulata,
Tua batata da perna moderna, a trupe intrépida em que fluis
Te encontro em Sampa de onde mal se vê quem sobe
ou desce a rampa
Alguma coisa em nossa transa é quase luz forte demais
Parece pôr tudo à prova, parece fogo, parece, parece paz
Parece paz
Pletora de alegria, um show de Jorge Benjor dentro de nós
É muito, é grande, é total
Alguma coisa está fora da ordem
Fora da nova ordem mundial
Meu canto esconde-se como um bando de ianomânis
na floresta
Na minha testa caem, vêm colar-se plumas de um velho cocar
Estou de pé em cima do monte de imundo lixo baiano
Cuspo chicletes do ódio no esgoto exposto do Leblon
Mas retribuo a piscadela do garoto de frete do Trianon
Eu sei o que é bom
Eu não espero pelo dia em que todos os homens concordem
Apenas sei de diversas harmonias bonitas possíveis sem juízo final
Alguma coisa está fora da ordem
Fora da nova ordem mundial"

Caetano Veloso


quarta-feira, março 29, 2006

Poderia o amor ser uma carta?

Uma carta cheia de palavras doces, de metáforas de ternura, escrita numa caligrafia redonda e desenhada, cheia de personalidade e afecto. O papel seu depositário, perfumado por suaves aromas de flores primaveris, ostentaria uma tonalidade rosa ballet, pastel, verdadeiramente delicado e agradável na sua textura. A tinta: verde.
Poderia ser posta pelo carteiro na pequena caixa de alumínio, ou por debaixo da porta, à socapa, ou até ser entregue em mão numa tarde soalheira e lânguida.
Despertaria um sorriso sonhador, permanente e a felicidade do deleite.

terça-feira, março 28, 2006

Vejam só

Eu, aqui mortinha por começar a trabalhar, chego lá, no meu primeiro dia, e mandam-me embora porque é o meu dia de folga...

Dia C de Champions League

Hoje o Benfica defronta o Barcelona na luz a contar para os quartos de final da Liga milionária, como tantas vezes apelidam a Champions League. A fé benfiquista é absoluta e total, contudo o nosso adversário é um gigante do futebol, com uma equipa composta por alguns dos melhores jogadores de futebol, quase me atrevo a dizer, do mundo. Não sei o que acontecerá mais logo, sei que vou perder os primeiros quinze, vinte minutos do jogo, mas os outros vou passá-los de cachecol na mão, a pedir aos deuses que se enganem mais uma vez a favor deste meu clube de pigmeus que nesta competição têm feito das tripas coração para ir mais longe. Por favor, era um engano cósmico para a Catedral, logo à noite. Obrigada. FORÇA BENFICA!!!

segunda-feira, março 27, 2006

A história de Portugal

Isto foi um mail que me mandaram, desconheço a proveniência inicial e o autor, mas achei delicioso, por isso aqui vos deixo a:

"História de Portugal (ultra-condensada)

Tudo começou com um tal Henriques que não se dava bem com a mãe e acabou por se vingar na pandilha de mauritanos que vivia do outro lado do Tejo.
Para piorar ainda mais as coisas, decidiu casar com uma espanhola qualquer e não teve muito tempo para lhe desfrutar do salero porque a tipa apanhou uma camada de peste negra e morreu. Pouco tempo depois, o fulano, que por acaso era rei, bateu também as botas e foi desta para melhor. Para a coisa não ficar completamente entregue à bicharada, apareceu um tal João que, ajudado por um amigo de longa data que era afoito para a porrada, conseguiu pôr os espanhóis a enformar pão e ainda arranjou uns trocos para comprar uns barcos ao filho que era dado aos desportos náuticos. De tal maneira que decidiu pôr os barcos a render e inaugurou o primeiro cruzeiro marítimo entre Lisboa e o Japão com escalas no Funchal, Salvador, Luanda, Maputo, Ormuz, Calecute, Malaca, Timor e Macau. Quando a coisa deu para o torto, ficou nas lonas só com um pacote de pimenta para recordação e resolveu ir afogar as mágoas, provocando a malta de Alcácer-Quibir para uma cena de estalo.
Felizmente, tinha um primo, o Filipe, que não se importou de tomar conta do estaminé até chegar outro João que enriqueceu com o pilim que uma tia lhe mandava do Brasil e acabou por gastar tudo em conventos e aquedutos. Com conventos a mais e dinheiro menos, as coisas lá se iam aguentando até começar tudo a abanar numa manhã de Novembro. Muita coisa se partiu. Mas sem gravidade porque, passado pouco tempo, já estava tudo arranjado outra vez, graças a um mânfio chamado Sebastião que tinha jeito para o bricolage e não era mau tipo apesar das perucas um bocado amaricadas. Foi por essa altura que o Napoleão bateu à porta a perguntar se o Pedro podia vir brincar e o irmão mais novo, o Miguel, teve uma crise de ciúmes e tratou de armar confusão que só acabou quando levou um valente puxão de orelhas do mano que já ia a caminho do Brasil para tratar de uns negócios. A malta começou a votar mas as coisas não melhoraram grande coisa e foi por isso que um Carlos anafado levou um tiro nos coiratos quando passeava de carroça pelo Terreiro do Paço. O pessoal assustou-se com o barulho e escondeu-se num buraco na Flandres onde continuaram a ouvir tiros mas apontados a eles e disparados por alemães. Ao intervalo, já perdiam por muitos mas o desafio não chegou ao fim porque uma tipa vestida de branco apareceu a flutuar por
cima de uma azinheira e três pastores deram primeiro em doidos, depois em mortos e mais tarde em beatos. Se não fosse por um velhote das Beiras, a confusão tinha continuado mas, felizmente, não continuou e Angola continuava a ser nossa mesmo que andassem para aí a espalhar boatos. Comunistas dum camandro! Tanto insistiram que o velhote se mandou do cadeirão abaixo e houve rebaldaria tamanha que foi preciso pôr um chaimite e um molho cravos em cima do assunto. Depois parece que houve um Mário qualquer que assinou um papel que nos pôs na Europa e ainda teve tempo para transformar uma lixeira numa exposição mundial e mamar duas secas da Grécia na final.

E o Cavaco?

O Cavaco foi com o Pai Natal e o palhaço no comboio ao circo.

FIM"

Os Maias

Estou a ver uma versão deteriorada dos Maias, que está a passar na televisão. Como é possível? Será que com um livro que tem dezenas de páginas de descrição dos ambientes, dos personagens, eles não tinham conseguido uma adaptaçãozinha melhor? Será que os brazucas imaginam os Maias assim? Coitado do Eça, seja lá onde o seu espírito tiver, deve andar a revoltear-se a rir.

domingo, março 26, 2006

A matilha

Eram nove,
vagabudeavam
sempre juntos,
pela praceta,
pelas ruas em L.
Nenhum é parecido
com o próximo,
diferem absolutamente
em tamanhos, cores,
género e idade.
Conhecem os carros,
distinguem as pessoas,
são cães vadios,
ninguém lhes conhece
qualquer nome,
qualquer alcunha sequer.
Passam o dia em aventuras
procuram o arco-íris
sem o saber,
sem o poder ver tão pouco,
os cães não conseguem ver a cor.
Cheiram a relva,
desconhecem, porém,
que é verde.
Como será o mundo
visto aos olhos da matilha?

A noite em que a hora foi roubada

Esta noite ficou-se sem uma hora. Era uma da manhã, e pimba, assim, de repente, passam a ser duas. Sem mais. Claro que esta hora não foi propriamente roubada. Houve uma hora a mais, numa noite em que quando se chegou às 2 da manhã, pimba, atrasou-se o relógio para a uma da manhã. Apesar deste equilíbrio horário penso que não deixam de ser extraordinários e peculiares estes dias que tem as horas a mais, ou a menos.

O Romance do dj

Conheceu-a ontem, no entanto está perfeitamente enfeitiçado por ela. Olham-se com olhar meloso e beijam-se na boca, uma única vez, mas cheia de emoção. A ausência. O dono. As minhas queridas amigas. O D'Artagnan. O armário de ébano. Aquelas escadas e o espelho enorme, maior que a própria sala. Os cubos pelo caminho. As árvores, os prédios, as estradas, os semáforos e as luzes embriagadas. O amor solto no coração do dj.

sábado, março 25, 2006

A arte de arrumar

Arrumar o meu quarto é uma tarefa que se poderia aduzir aos tão afamados trabalhos hercúleos. Mas hoje foi, dei-lhe uma volta tão grande que parece-me irreconhecível. Um destes dias ainda ficará mais, mas até lá está bom para o meu pontapé de saída na vida laboral e seus primeiros passos. Agora só falta dedicar-me à verificação semanal da minha colecção de moedas. Amanhã vou dedicar-me às minhas plantas, tenho duas plantas novas: as margaridas e as maçanitas que terei de passar para vasos maiores.

sexta-feira, março 24, 2006

Ontem acabou o processo, hoje começou a Odisseia

Finalmente consegui o meu emprego de sonho. A todos os que acompanharam as minhas agruras de desempregada em desespero num país sem esperança, aqui vos venho dizer que depois de muitos meses de luta, de esperas, de trabalho e de nunca desistir, consegui. Só me apetece gritar bem alto: Serviu!!! E aqui o faço. Não posso prometer que me tornarei numa pessoa melosa e feliz, mas vou certamente tornar-me numa pessoa mais realizada. O trabalho é meio mundo para mim. Estes meses de formação já me fizeram sentir muito melhor, tenho de confessar, porém, que estou ansiosa por começar a trabalhar à séria. O trabalho não vai resolver as questões que tenho para solucionar na minha vida, mas vai dar-lhe um objectivo e uma razão para sair da cama todos os dias e uns horários de trabalho fantásticos. Estou muito grata com a vida pelo que ela me ofereceu hoje, é até caso para dizer um grande bem-haja.

Bom dia!!!

Já acordei, depois do capote inusitado de ontem, aqui estou eu, fresca como uma alface, em pulgas por ir fazer o que vou fazer, à tarde...

quinta-feira, março 23, 2006

É a emoção dos últimos minutos das meias finais da taça

Ontem foi o Porto e o Sporting. Hoje são os Vitórias de Guimarães e Setúbal. O último acabou de marcar neste momento. Afinal também vai haver grandes penalidades para resolver (vinha eu aqui chorar a perda dos Sadinos - detentores da taça)! Emoção até ao último minuto. Barrigadas e barrigadas de bola. Vamos lá ver...

Acabou o processo

Posso finalmente respirar de alívio. Estou tão feliz que pareço estar apaixonada. Ando com aquele sorrizinho parvo nos lábios de quem ama a vida e esta lhe sorri. Sim, porque hoje a vida sorriu-me. Um gradecimento especial ao Luís que me deu a notícia, mas principalmente aos meus professores, que fizeram de mim uma pagadora de banca. Esta profissão foi a vocação que eu sempre tive escondida dentro de mim, obrigada por me terem ajudado a desenvolvê-la, obrigada por toda a motivação, pelas criticas e pelos elogios acima de tudo obrigada pela confiança.

Os cogumelos assassinos

Estava eu a fazer o almoço, infeliz da vida, quando a dada altura em que vou mexer os cogumelos me saltou um mega bolha de molho a ferver para a cara. Benditos óculos, porque foi mesmo em cheio nos olhos, mas a minha testa não teve tanta sorte. Tenho uma máscara de pasta dentífrica e lá fora chove e ventania como num dia de Novembro. Queria sair de casa, mas não há vontade que resista ao temporal que faz lá fora. Ao menos que me obrigassem...

O pastor

Percorrias tu,
aquelas ainda frescas
pastagens na serra
pastoreavas
o teu rebanho
por baixo de um céu imenso
por entre os rumores
das flores e folhas que nascem
dos frutos que se geram
para maturar.

quarta-feira, março 22, 2006

O meu reino por um telefonema

O meu instinto

Tenho um valioso oitavo sentido para a tragédia. Não posso contar os dissabores que ele me adivinhou, mas é raro enganar-se. De há uns dias para cá ele tem vindo a azucrinar os meus dias, provocando uma infelicidade que tolda o meu espírito e o meu coração. Sempre tive receio que o que está prestes a acontecer se tornasse um facto. Penso que já se tornou, só ainda não o sei, por palavras, apenas o suspeito por omissões. Desconcerta-me, contudo, que tudo o que eu pense em querer, se torne inevitavelmente um objectivo inantigível, arrastando-se por entre decepções, materializando-se em fracassos, somando mais uma cicatriz (que desta vez se desdobra em pelo menos duas) ao meu pobre coração angustiado. Mais uma vez, desisto.

"O pobre tolo

"(...)

És morto e vivo. No teu ser floresce
Aquela cerejeira de outros tempos...
E nele esvoaça etéreo passarinho,
Que no teu pensamento continua
A cantar e a voar, como perdido...
E paira, sempre à flor das tuas mágoas,
Aquela névoa, dolorida e abstracta,
No derradeiro hálito da luz.

(...)"
Teixeira de Pascoaes

A recorrência das coisas

Andei eu tantas vezes preocupada, por aqui, com os processos e os seus procedimentos. Começo a pensar que sempre, de quando em quando, nos aparecem pela frente os mais diversos tipos de processos para nos entreterem a vida. Empatamos sobejas vezes as nossas vidas nisto. A ansiedade terá de ser um motor e nunca un travão. A metáfora Kafkiana a voltear na minha cabeça ao som do "Jeremias o fora da lei", e a espera...

terça-feira, março 21, 2006

Dia Mundial da poesia

"Liberdade

O poema é
A liberdade

Um poema não se programa
Porém a disciplina
-Sílaba por sílaba -
O acompanha

Sílaba por sílaba
O poema emerge
- Como se os deuses o dessem
O fazemos"

Sophia de Mello Breyner Andresen

Bom dia, Primavera!

Hoje começa a Primavera, no próximo fim-de-semana mudamos a hora para horário de Verão. Os dias crescem, as flores despontam em verdadeiras orgias de cores e cheiros. É uma época que se espera sempre de renascimento e alegria. Inspiração dos poetas, romancistas e da vida em geral. Tempo de enlouquecer e amar. Vão por aí, amem todos em toda à parte e festejem o nascer de mais esta Primavera.

Sobre o Desassossego (em capítulos do livro do mesmo)

"113.
Dois, Três dias de semelhança de princípio de amor...
Tudo isto vale para o esteta pelas sensações que lhe causa. Avançar seria entrar no domínio onde começa o ciúme, o sofrimento, a excitação. Nesta antecÂmara da emoção há toda a suavidade do amor sem a sua profundeza - um gozo leve, portanto, aroma vago de desejos; se com isso se perde a grandeza que há na tragédia do amor, repare-se que, para o esteta, as tragédias são coisas interessantes de observar, mas incómodas de sofrer. O próprio cultivo da imaginação é prejudicado pelo da vida. Reina quem não está entre os vulgares.
Afinal, isto bem me contentaria se eu conseguisse persuadir-me que esta teoria não é o que é, um complexo barulho que faço aos ouvidos da minha inteligência, quase para ela não perceber que, no fundo, não há senão a minha timidez, a minha incompetência para a vida.

116.
Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas ( como a dança e o representar) entretretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana.
Não é esse o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é uma expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois ninguém fala em verso."

Bernardo Soares, O Livro do desassossego

segunda-feira, março 20, 2006

A latitude dos dias

Um dia define-se pelo seu inicio, pelos seus objectivos e pelas suas concretizações. O dia de hoje teve um começo literal, abrupto, teve mil toques que não o único que desejava. Ainda é cedo, porém. Os seus objectivos são voláteis, desoladores pela sua falta de importância. As concretizações estão ainda por fazer, afirmar-se-ão apenas mais tarde, quando estiverem por derradeiras as horas do seu fim. Até logo.

domingo, março 19, 2006

A nossa aventura interminável

Queria encontrar-te no silêncio,
Onde os ecos da nossa afeição
ressoassem inconsequentes.

Queria que nada do que aconteceu
houvesse acontecido,
que todas as pessoas
me desconhecessem
te desconhecessem.

Queria a paz fosse do nosso amor
como é a impossibilidade.

Queria-te longe
mas estás sempre comigo
até na ausência.

Queria matar este amor,
porém ele sobrevive
a todas as trovoadas
aos invernos frios,
aos verões abrasadores,
percorre docemente as primaveras
e queda-se em folhas por entre os Outonos.

Sempre que vai, volta.
Nos momentos que cessa,
assusta e insiste.

Voando nas nuvens

Abriu um Museu da Língua Portuguesa em S. Paulo. Um grupo de baleias suicidou-se. O Benfica ganhou nos últimos minutos com um golo de Mantorras. A França vive em constante motim, as massas agitam-se. Na lezíria o Tejo corre ao fundo, vagaroso, naquele seu ritmo que o leva a correr até Lisboa. As nuvens, alvas ou negras, a toldarem o seu leito.

Palavras - leva-as o luar

As minhas palavras
hoje estão
desvairadas
diabólicas
perdidas.
Flutuam por caóticas
ideias sem destino
sem razão
sem perícia.
Amarram-se
e perdem-se
soltam-se sem saber
o que dizer
o que exclamar enfim.

Carpem diem

"Convencemo-nos que a vida será melhor depois...
depois de acabar os estudos,
depois de arranjar trabalho,
depois de casarmos,
depois de termos um filho,
depois de termos outro filho.
Enão, sentimo-nos frustrados porque os nossos filhos ainda
não são suficientemente crescidos e julgamos que seremos mais
felizes quando crescerem e deixarem de ser crianças.
Depois, desesperamos porque são adolescentes,insuportáveis.
Pensamos: "Seremos mais felizes quando esta fase acabar!"
Então, decidimos que a nossa vida estará completa quando o
nosso companheiro ou companheira estiver realizado...
Quando tivermos um carro melhor...
Quando pudermos ir de férias...
Quando conseguirmos uma promoção...
Quando nos reformarmos...
A verdade é que
NÃO HÁ MELHOR MOMENTO PARA SER FELIZ DO QUE AGORA !
Se não for agora, então quando será?
A vida está cheia de depois... É melhor admiti-lo e decidir
ser feliz agora, de todas as formas.
Não há um depois, nem um caminho para a felicidade, a
felicidade é o caminho e é AGORA!
Deixa de esperar até que acabes os estudos...
até que te apaixones...
até que encontres trabalho...
até que te cases...
até que tenhas filhos...
até que eles saiam de casa...
até que te divorcies...
até que percas esses 10kg...
até sexta-feira à noite ou Domingo de manhã...
até à Primavera, o Verão, o Outono ou o Inverno,
ou até que morras...
para decidires então que não há melhor momento do
que justamente ESTE para seres feliz!
A felicidade é um trajecto, não um destino.
Trabalha como se precisasses de dinheiro...
AMA como se nunca te tivessem magoado
e dança como se ninguém estivesse a ver!
Envia esta mensagem a todos quantos consideras amigos e
aqueles a quem desejas toda a felicidade do mundo!"

Eu sei que este texto é um amontoado de lugares comuns e frases feitas, mas o amâgo do seu conteúdo é importante e por vezes não nos esforçamos assim tanto por o alcançar. Vamos ser felizes, agora! Ou pelo menos vamos tentando!

sábado, março 18, 2006

A praticabilidade do que é

Os factos são peças especiais da vida que concretizam um sonho, ou uma novidade, uma infelicidade ou uma ocorrência. A sua existência, porém, delimita sentidos novos a cada dia. Cada marco é degrau da escadaria que subimos persistentemente na vida, por vezes sentamos e esperamos plácidos por outro facto ou marco e em seguida assobiamos, retomando o caminho. Há cinco meses que andava a construir um facto, agora espero sentada na escadaria, com a certeza que o facto que virá a seguir me fará levantar e continuar a subida, cantarolando. A matéria toma conta da mente, instala-se na base do triangulo que lutamos por montar.

Como é bom preguiçar num Sábado de chuva!

sexta-feira, março 17, 2006

Pronto já está

Sou finalmente Pagadora de Banca. Foi trabalhoso, foi duro, mas consegui, e melhor de tudo, diverti-me muito a fazê-lo. Agora é aguardar com serenidade pelo "telefonema".

Será hoje o dia

quinta-feira, março 16, 2006

A arte de fazer a guerra e as pazes

Durante muito tempo ela havia-se coibído de contrariar as suas vontades, Aagradva-o sempre, tornava-o feliz prontamente. Um dia, disposta a tudo partir e nada deixar intacto, partiu tudo, quebrou todas as fronteiras, afirmou as suas verdades, com dureza de um diamante. Descobriu como o magoar. Foi talvez a sua mais profícua descoberta nessa guerra inglória em que ao rubro as batalhas se sucediam. Falar, virar costas e partir, ou permanecer em silêncio, sem resposta. As pazes fazem-se dóceis, porém inúteis.

A questão do encerramento das maternidades

Acho muito bem que fechem as maternidades, assim vai passar a haver uma nova naturalidade: "a caminho", ou "na ambulância, ou ainda, "no automóvel". Daqui a 20 anos vai haver graves problemas burocráticos, e surgirão fantásticas conversas do estilo: "Então e onde nasceste? - A caminho. A caminho? Sim a caminho do hospital que ficava longe que se farta da minha terra". Como é que é possível que sempre que os governos tentam implementar medidas de optimização dos recursos existentes, lixam sempre as pessoas que têm menos recursos, que vivem desterradas naqueles ermos que deviam ter incentivos de natalidade em vez da maternidade local fechada? Porque é que prejudicam sistematicamente os mesmos, será que ainda não compreenderam, porventura, que o autismo autoritarista acaba sempre por correr mal. Eu se fosse a Constituição Portuguesa proíbia o PS e o PSD de governarem, só fazem merda, andam há 30 anos a fazer merda às custas do erário público e depois vira-se de uns para os outros, dos maus para os péssimos. Se têm que cortar porque continuam a comprar carros cujo valor poderia alimentar 10 famílias durante um ano? Porque continuam a ter despesas de representação? O operário, o empregado de loja, o professor, o bancário, o jornalista, o funcionário público, todos pagam impostos, todos têm salários miseráveis e nenhum tem despesas de representação, nem ajudas de custo e têm à mesma de viver e comer todos os dias, menos e pior, claro está. É imoral, todo o funcionamento da sociedade portuguesa é um insulto à dignidade humana, só superado por alguns "países em vias de desenvolvimento". Somos uma vergonha, cada vez trabalhamos mais e recebemos menos, não temos tempo para educar as nossas crianças, como iremos construir o futuro? Que futuro? E aqueles coirões lá em S. Bento a rirem-se, nos seus topos de gama e banquetes faustosos, a rirem-se e a mandar fechar maternidades.

Jorge Palma Posted by Picasa

Jorge Palma

Tinha-o renegado por me levar irreversivelmente às lágrimas, hoje o meu amigo Ricardo fez-me sorrir ao ler uma das suas canções, fui ouvir o "Só" e não resisto a deixar aqui este tão lindo e singelo poema que é uma das mais lindas canções da nossa língua, aliás, como tantas outras deste génio da musicalidade e das palavras:

"O meu amor existe

O meu amor tem lábios de silêncio
e mãos de bailarina
e voa como vento
e abraça-me onde a solidão termina

O meu amor tem 30 mil cavalos
a galopar no peito
e um sorriso só dela
que nasce quando a seu lado me deito

O meu amor ensinou-me a chegar
sedento de ternura
sarou as minhas feridas
e pôs-me a salvo para além da loucura

O meu amor ensinou-me a partir
nalguma noite triste
mas antes ensinou-me a não esquecer
que o meu amor existe."

Para ti

Podes pigarrear à vontade
Podes te calar ou tentar redimir
Mas aos anjos caídos
não crescem novas asas
E as palavras quando ditas
São irrevogáveis.

quarta-feira, março 15, 2006

A lua

A lua esta noite encheu. Se alguém a viu e a aprecia tanto como eu pode relembrar-se da magia que ela traz ao coração.

terça-feira, março 14, 2006

Chegou a Primavera

O tempo adoçou, as manhãs estão cheias de flores e dos seus cheiros, plenas de vida e de sol, numa festa de alegria pura. As tardes já convidam à praia, mas não consigo ainda materializar esta vontade.
Acho que vou montar o saco de boxe, calçar as luvas e esmurrá-lo até à exaustão. Sinto-me um instrumento de cordas, tão tensas que ao vibrar parecem prestes a partir. O mais absurdo é que se eu não tivesse estes nervos colados a mim feitos lapas, e fosse igual a mim prórpia, fazia o exame com uma perna às costas, mas começo a sentir uma verdadeira incapacidade de os controlar, além dee ter a noção de estar a construir uma verdadeira tempestade num cálice de água. E ainda faltam 3 dias...

segunda-feira, março 13, 2006

Insuportável

Como é possível que haja pessoas que julgam que dormir com alguém lhes dá direitos, qualquer tipo de direitos?
Certamente que a classe cortesã sempre teve uma inegável, e até, por vezes fundamental, no desenrolar de certos episódios históricos, mas por favor, as putas são putas, nem sequer são gueixas, que sempre são putas melhor educadas e bem polidas.
São putas, e perdoem-me a linguagem, mas estou mesmo indignada com uma certa puta, que julga que dormir com x lhe dá direito a tudo e para tudo.
É verdadeiramente asqueroso, principalmente por um pretensiosismo ostensivo, pela rudeza e mal-criação, sim, porque esta alminha antes de poder ser sequer educada ainda tinha de comer muito pãozinho.
E o pior, a canalhice suprema é que estas ditas putas safam-se sempre e passam por cima de tudo. Até ao dia em que envelhecem, cansam, aborrecem, enfim, será até ao dia...

As histórias para sempre por contar

Ele há histórias que mereciam ser contadas e recontadas vezes sem fim, talvez por não o poderem ser. Os segredos são sempre em si mesmos fascinantes, são mistérios insondáveis que apetece partilhar, pequenas jóias negras que a vida nos concede para guardar na caixinha de música, onde a bailarina não ouve, não vê, nem conta, apenas roda, bailando, em pontas.

E assim se perde um campeonato

Fui à Luz ver o Benfica desistir do título frente a uma equipa de caceteiros, em risco de descer de divisão, a jogar com dez. Realmente não o merecemos.

sábado, março 11, 2006

As teias que a vida nos tece

Subo às paredes
Multiplico por cinco
oito, onze, dezassete
trinta e cinco
sessenta e um
por dois
e por dois e meio.
Desço.
Arrumo tudo.
Fumo um cigarro
enquanto o Sporting ganha
em Alvalade
na Alvaláxia.

Hoje foi um dia bom. Seu nome? Surreal

Não posso detalhar o meu dia de hoje. Gostava de o fazer porque o seu desenvolvimento foi totalmente surreal, e mais por mais muito emocionante. Consegui por umas horas esquecer de tudo e entrar no episódio, pelo menos surreal, em que tudo sucedeu. Tudo se agita numa velocidade estonteante, só queria parar o tempo, avançá-lo. Queria ordem, nada mais.

sexta-feira, março 10, 2006

A diferença da dimensão dos dias

Passaram-se muitos dias, muitas horas, muitas experiências, tudo em muito. Parece agora ter passado num ápice, ante estes dias demorados que teimam em não passar. A acidez destes dias perverte-os, como aqueles espelhos mal calibrados que distorcem as figuras. Somo tristezas e a minha apreensação não me ajuda a ultrapassá-las. Vou dormir e sonhar que estou a fazer o bendito exame.

quinta-feira, março 09, 2006

A seguir de um dia de sol...

Vem a inevitável tempestade. Mais uma demonstração cabal de como a sabedoria popular não pode ou deve ser menosprezada.

E já agora, aqui fica um grande poema de uma grande mulher e poetiza

"Exaltação

Viver! Beber o vento e o sol! Erguer
Ao céu os corações a palpitar!
Deus fez os nossos braços pra prender,
E a boca fez-se sangue para beijar!

A chama, sempre rubra, ao alto a arder!
Asas sempre perdidas a pairar!
Mais alto até estrelas desprender!
A glória! A fama! O orgulho de criar!

Da vida tenho omel e tenho os travos
No lago dos meus olhos de violetas,
Nos meus beijos estáticos, pagãos!

Trago na boca o coração dos cravos!
Boémios, vagabundos, e poetas,
Como eu sou vossa Irmã, ó meus Irmãos!"
Florbela Espanca

Dia da Mulher

Eu sei que já passa uma horinha e meia do dia em si, e na verdade, nem ía fazer nenhum tipo de consideração relativamente a este dia estúpido que agora teimam em comemorar. Mas, porém, todavia, contudo, eu não queria deixar de agradecer ao Nuno Gomes e ao Miccoli pelos dois golos fabulosos que ofereceram a todas as mulheres benfiquistas. Para eles do fundo do meu coração, um grande bem-haja. Foi melhor que uma gererbera cor-de-laranja, ou uma rosa vermelha ou qualquer uma daquelas flores que oferecem às mulheres por obrigação neste dito cujo dia. Dar flores deve ser um acto de carinho, uma expressão de ternura. E se possível, em ramo.

quarta-feira, março 08, 2006

O sonho persiste

Foi limpinho. 0-2. Mais palavras só para desejar que o próximo não seja o Barcelona.

Pronto

O exame teórico já está, nas proximas horas já me posso preocupar exclusiva e fundamentalmente com o Benfica e amanhã começo a preocupar-me com o exame prático da semana que vem. Esse ainda não tem uma data certa pelo menos até segunda, dia em que já haverá uma data bastante aproximada. Espero que não passe para a semana seguinte. Passamos todos, o primeiro pleno foi conseguido. Espero sinceramente que daqui a uma semana possa voltar a afirmar isto para o prático, até para resolver esta questão de uma vez por todas.

Mas a maior preocupação ainda é o meu Benfica

Amanhã vai ser outra grande etapa do meu querido Benfica, muito importante, também tenho uma grande ansiedade por isso. A ver vamos. FORÇA BENFICA!!!

A estudar até ao fim

Agora já não é fácil estudar, mas ainda teimo. Ainda leio a portaria mais umas vezes, o Decreto-Lei ainda outras. Espero que estas sejam as últimas vezes.

terça-feira, março 07, 2006

Ai, ai, ai!!!

É amanhã que começa!

segunda-feira, março 06, 2006

A ansiedade das avaliações

Por muitos testes, frequências, exames e outras provas que eu faça ou preste na minha vida vou sempre ter dentro de mim esta ansiedade furiosa. Por muito que eu estude e saiba, aquele nervosinho na espinha e o nó na barriga teimam em ir sempre acompanhar-me até ao inicio das provas (normalmente quando me dão o teste e o começo a ler e me concentro nas questões e suas devidas respostas eles passam e abandonam-me). Ainda não estou em ponto parafuso, mas tenho de admitir que estou a ficar perto, e amanhã a esta hora, aposto que já lá cheguei.

domingo, março 05, 2006

Do-min-go

Domingo à noite, os óscares na tv. Uma serenidade presente do sonho. Sento, sinto, sei, sou. De resto, a chuva cessou, porém a tempestade não. Aguardo pelo sol, pelo calor, pela explosão da luz e o desabrochar da minha túlipa branca. Uma interrupção, um instante, a campaínha da porta...

"LIVREIRO DA ESPERANÇA

A Felisberto Lemos
Há homens que são capazes
de uma flor onde
as flores não nascem.
Outros abrem velhas portas
em velhas casas fechadas há muito.
Outros ainda despedaçam muros
acendem nas praças uma rosa de fogo.
Tu vendes livros quer dizer
entregas a cada homem
teu coração dentro de um livro"
Manuel Alegre

A permanência evolutiva da desilusão

Isto passo a passo vai lá. Qualquer dia dou por mim e não sinto absolutamente mais nada por ele e posso finalmente dar por concluída a minha catarse.

sábado, março 04, 2006

Bom dia!!!


Nietzche Posted by Picasa

Algo em que já não pegava há muito tempo

"Além do bem e do Mal", Nietzsche.
Há semelhança do meu tão amado livro do desassossego, também este livro amarelado, muito sublinhado e desenhado em diversas páginas, comporta em sim pequenos parágrafos de sapiência simples, estúpdez pura em outras vezes. São númerados tal e qual: 1, 2, 3, por aí em diante...Só lhes falta os pontinhos. Li este livro pela primeira e única vez durante o meu 12º ano. Mudou a minha vida. Odiei Nietzsche pela primeira vez. Nitetzsche abriu-me os olhos para o absurdo do dogma da Igreja Católica, ensinou-me a não acreditar em deus assim à primeira, sem reflexão, sem saber, sem dúvidas, sem fé, vazio como a Igreja católica é. Isto tudo para servir de prólogo às bonitas palavras desta obra, cujos excertos passo agora a transcrever, aleatoriamente:
"161.
Os poetas comportam-se imprudentemente para com as suas experiências: exploram-nas."
"Prefácio
Admitindo ser a verdade uma mulher (...)"
"106.
Através da música as paixões divertem-se."
"168.
O Cristianismo deu a beber a Eros - ele não morreu dele, é claro, mas degenerou um vício."
"184.
Existe uma vivacidade na boa índole que parece malícia."
"1.
(...)
È já uma longa história - e, contudo, não parece que apenas começou? Será de espentar que acabemos por perder a confiança, a paciência e nos afastemos impacientes? Ser também esta esfinge a ensinar-nos a fazer perguntas? (...) O problema do valor da verdade interpôs-se à nossa frente - ou teremos sido nós a interpormo-nos à frente deste problema? Qual de nós é aqui Édipo? Qual de nós esfinge? (...)"
"123.
Até a concubinagem já foi corrompida: - pelo casamento."
"153.
Aquilo que é feito por amor ocorre sempre para lá do bem e do mal."
"72.
Não é a força mas sim a duração das sensações de engradecimento que torna os homens grandes."
O único verdadeiro problema do Nietzsche é que ele era um filha da puta de um machista e não admitia excepções e este livro é também o elogio de algo que não suporto e que consiste na subvalorização de qualquer mulher. Este foi o último livro do gajo que eu comprei. Não que ele vá receber direitos de autor...

sexta-feira, março 03, 2006

21:21

São horas, sempre horas para tudo e para nada. Dizem que ando sempre a correr... Erro de observação, apenas caminho depressa, bastante depressa, vá lá, mas não a correr... Correr só em casos de urgência, emergência ou altos graus de felicidade. E para quem ainda não tenha percebido eu gosto de andar assim, em passinhos curtos e rápidos, como uma gueixa, para dar a ilusão de que levito...

Este fico por cá

Este fim-de-semana não vou para a loucura. Fico na loucura! Aqui sossegada, sempre desassossegada pela vida, ansiosa pelo que agora está já prestes. A morder-me continua ainda e sempre a história infeliz e triste que se repete perpetuamente, como esta chuva que persiste em assolar as minhas vidraças.

E tenho um bonsai novo Posted by Picasa

quinta-feira, março 02, 2006

Fernanda Porto

"Como uma amorosa cantiga hoje
Com aquele espanto da primeira dor
Acordei chorando, rodando o apartamento
Uma entrevista de Goddar na mão
Três Fantasias na cabeça
O tecto tão baixo, fui até ao centro lírico
Ulisses devorador de milkshakes
Em passos rápidos
Dizia para o espelho das vitrines
-Alô Marina Vlade
Imitando aquele jeito do cabelo
Altifalantes das lojas me arrepiam
Por pouco não me sinto enamorada aí
Soprando um café de máquina
Com a voz do rei na barriga
Jobim no coração
Espelho caixa de contactos
Assobio no elevador
Uma canção me consola
Enquanto mamãe faz tricot
Penélope distraída
Preciso sair de casa
Se alguém tocar seu corpo como eu
Não diga nada."

Merda do clix

Tive dois dias sem internet. Só voltou depois de eu gritar com o gajo e ameaçar com queixas para a DECO e para a comunicação social. Fiquei possessa. Principalmente depois de passar cinco dias sem ela. Agora, como podem verificar já tenho.