Não vamos casar !

Detesto casamentos. Detesto particularmente casamentos de Verão. Detesto as filas de carros a buzinar com merdinhas brancas penduradas nas antenas. Detesto a hipocrisia do casamento, do dia, do contrato e da instituição. Se também detestas algumas destas coisas junta-te ao club

domingo, março 27, 2011

Prize

Quando fiz 21 anos ofereceram-me um cd pirata, gravado especialmente para mim, de um senhor brasileiro chamado Arto Lindsay. É um dos álbuns favoritos da minha vida e perdi-o há já bastantes anos para nunca mais o conseguir encontrar. Muitas vezes fui assaltada pelos fantasmas das suas melodias, por muito que as procurasse. Ontem encontrei um e estou a ouvi-lo com o sempreterno pesar no coração. Este blá, blá, blá todo para transcrever o poema de uma música linda:
"Esse seu andar todo descuidado
labirinto prata, papagaio no ar,
sempre refeita há-de chegar
como o vento, tudo a lembrando.
A risada que você me presta,
esse mesmo, faz o favor de devolver,
porém a singeleza desse gesto,
é ser presente, deixa eu ficar.
Razão em estado de alegria,
a luz que te alisa, esta luz podes dar
Ideograma, se você se despe,
e agora se veste, que palavra vai assemelhar?"

quarta-feira, março 02, 2011

Le amour noire, encore

Tão longe que eu vivo do meu sonho,
tão apartada dos meus mais sinceros desejos,
acometida de vagas de paixões equívocas
transformadas em fantasmas das ilusões perdidas.
Tão longe que eu vivo da minha terra,
tão longe que eu vivo do meu chão,
das minhas casas, flores e árvores,
tão apartada do ser que vive só,
por eu ser a luz dos seus olhos de cativa.