Não vamos casar !

Detesto casamentos. Detesto particularmente casamentos de Verão. Detesto as filas de carros a buzinar com merdinhas brancas penduradas nas antenas. Detesto a hipocrisia do casamento, do dia, do contrato e da instituição. Se também detestas algumas destas coisas junta-te ao club

sexta-feira, julho 27, 2007

O sexo e a cidade

Quando primeiro apareceu esta série televisiva tornei-me imediatamente fã, nunca esperei, nem nos meus sonhos mais arrojados que alguns anos mais tarde me identificaria tão frequentemente com alguns dos seus episódios. Bem sei nao é New York, é Lisboa, mas os jantares a quatro amigas, as nossas respectivas aventuras, o meu Mr. Big, e a minha "coluna" pessoal e intransmissível , que é este meu blog privado, mas público, encriptado em ideias maiores gerais, tornam inevitável as identificações e os gags, tanto que já me fez rir às gargalhadas, assim como desmanchar-me em lágrimas. Assim o sexo, a cidade, os meus episódios particulares decorrem dentro de mim, com a possível normalidade, por entre as suas ocorrências, encontros, factos e inspirações, com a assistência dos amigos, colegas, clientes conhecidos e figurantes desconhecidos.

quarta-feira, julho 25, 2007

Multa

Hoje fui multada por excesso de velocidade a 84 km/h a caminho do trabalho, numa estrada recta com 3 faixas de rodagem, roubaram-me 120 euros, sim porque o radar desta operação estava a 200m de radares que andam a atormentar e atrasar os lisboetas na sua vida normal. Sinto que me está a roubar impunemente, só tenho vontade de fazer queixa para as instâncias europeias, pago impostos (e não é nada pouco) e todos os serviços públicos que utilizo tenho de pagar, e depois andam estes sacanas a montar armadilhas para sacar ainda mais dinheiro. Puta que pariu este Estado de merda. Só me pergunto porque é que os espanhóis desistiram das suas tentativas de nos conquistar!!!

segunda-feira, julho 23, 2007

Boa sorte!

A Vanessa da Mata e o Ben Harper juntaram-se para escrever esta canção maravilhosa, mais uma para a banda sonora da minha vida.

Fui a Tavira, foi muito bom, fui para a praia do lado do rio pela primeira vez, porque era impossível estar na praia pela ventania que estava. Estava frio para o Algarve e não vi quem eu queria ver (e que sei que também me queria ver a mim), mas foi uma dia muito saboroso, uma noite memorável. No fim de Agosto volto lá.

Estou a contar os dias desta semana pelas horas. De hoje a uma semana vou estar em Barcelona.

Esta a chover copiosamente.

quarta-feira, julho 18, 2007

Absolutamente a precisar de férias

Estou completamente farta do meu trabalho, dos meus colegas (não de todos), dos meus chefes (também não de todos), dos meus horários, dos clientes. Estou exausta ao ponto de me apetecer largar tudo e fugir a chorar. Cheguei ao ponto de intolerância para com tudo, e com todos, e tudo isto deprime-me, porque eu adoro o meu trabalho e o prazer que dele retiro. Estou completamente frustrada com a minha vida, o dente do inferno renasceu numa nova tortura que me vai obrigar a levantar pela matina amanhã para correr para o dentista. A minha consolação é que na quinta-feira à noite, depois de retemperar forças, ir às compras e fazer uma bela duma massagem vou agarrar nas minhas meninas e vamos para um dos meus sítios favoritos do mundo, para o sol, para a praia, para o Bicas, para a Ilha maravilhosa.

segunda-feira, julho 16, 2007

"O ilusionista"

Depois de cerca de um mês a tentar alugar este filme, consegui finalmente trazê-lo para casa ontem, o cansaço não me deixou passar do primeiro terço, mas hoje consegui finalmente vê-lo e sem sombra de dúvida é um filme maravilhoso.
Já ultrapassei a ansiedade daquela paixão estúpida e duvidosa, foi como se tivesse apagado o disco, agora estou a formatá-lo novamente. Faltam nove dias de trabalho para as minhas mini-férias e onze para me meter no avião para Barcelona e fugir de tudo, mas principalmente da tristeza que tem envolvido a minha existência.

sexta-feira, julho 13, 2007

Começou o meu Verão

Ontem fiz a minha primeira viagem à Figueira deste ano. A casa de Verão dos meus avós este ano é toda catita, o tempo estava aceitável, mas as noites permanecem frias, como se o Verão fugisse com o Sol todos os dias ao entardecer. Não consigo dormir, sinto-me como uma criança na véspera de ir para a colónia de férias, a minha imaginação extende-se febril por fantasias inconfessáveis e desejos proíbidos. Estou verdadeiramente motivada para algo que sei uma impossibilidade categórica, admito que não o conseguirei, mas só o perseguir do objecto me enche de felicidade, afasta-me da angústia da perda, fá-la parecer uma espécie de benção, ilumina a sua inevitabilidade.
Hoje, sexta-feira, 13 de Julho, dia de sol, noite de lua nova, vou com toda a minha alegria entregar-me à vida e aos seus prazeres, quais poderei contabilizar amanhã? queira deus que todos!

terça-feira, julho 10, 2007

Trepo às paredes por desejo, tento anular a afeição insensata e desenfreda que está a nascer em mim, tento dinstingui-la da luxúria, porém ele vem sempre assolar os meus sonhos, povoa os meus dias, incendeia as minhas noites sem sequer suspeitar. Nunca o saberá. Suspiro por um milagre...

domingo, julho 08, 2007

Julho invernoso

venenosos desejos
impraticáveis
actos de loucura
instrumentalizados
pela dor.
demências ocasionais
imaginários instituídos
à flor da pele.
lugares interiores
secretos recantos
de mim
arcádias do mármore
dos meus sonhos.
o Verão arrefeceu
todas as paredes de vidro
arrefeceram
o mar aqueceu
a distância afasta-me
das suas praias.
viajo pelas cidades
todos os sítios do mundo
indecisa na escolha do destino.
no fim será Barcelona
onde será o meu Agosto?

sábado, julho 07, 2007

O furo

Hoje furei um pneu, para benemeritamente me desviar para a passagem célere de uma ambulância fui-me espetar num passeio e furei o pneu dianteiro direito. Amanhã dois colegas meus vão casar-se, não um com o outro, mas com outras pessoas. Este ano já se casaram outros dois, e isto não vai ficar por aqui, ainda faltam pelo menos mais dois. Só lhes desejo que sejam uma prova viva da excepção à regra dos casamentos. Um tenho a certeza que não é, mas enfim. Um colega meu hoje faltou ao trabalho, ía fazer o dia por outra pessoa, o que nós chamamos de troca, estamos todos temerosos que isto provoque retaliações no que diz respeito ao sistema liberal do qual temos usufruído até agora. Espero ansiosamente por alguma coisa que alegre a minha existência, porém tudo parece acontecer no sentido oposto, e as minhas afeições só se dirigem para pessoas erradas, que tenho a certeza de nunca alcançar, e assim fico sempre com o mesmo refrão no ouvido: "triste é viver na solidaõ".

sexta-feira, julho 06, 2007

Escrever por escrever

Tenho tido relutância em escrever principalmente por me achar afastada do seu exercício, mas também por estar cansada de carpir as minhas mágoas aqui. Hoje escrevo por escrever, para secar as unhas, para me descontrair e para divagar pelo mundo dos meus sonhos. Confesso que tenho tido os sonhos mais estranhos, envolvendo as pessoas mais mirabolantes nas mais diversas formas. Será do cansaço? Será da ansiedade? Seja lá do que for não consigo compreender as mensagens que o meu inconsciente me envia durante o sono, também não consigo esquecê-las, pairam sobre mim como um delicado vestido de seda no Verão, acendem-se em loucuras inimagináveis durante o dia, turvam-me os olhos com lágrimas de desilusão, de nunca na vida. Os dias encontram uma barreira de atrito intransponível, demoram-se e custam horrores a passar, e mesmo quando penso, pronto agora já não pode piorar, reviravoltas em chamas, pioram-nos ao terror insuportável. Sei que a vida à medida que se desenrola nunca melhora, mas começo a aperceber-me que a fatalidade do absurdo não tem limitações e que os dias agradáveis e felizes escasseiam, como areia a escorrer pelos dedos. O Verão veio finalmente, mas os senhores metereologistas ameaçam com um novo retrocesso, quero noites cálidas de desejos incontidos, quero ir para a praia nas folgas, quero ir esquecer-me do mundo para a Figueira. Quero ser feliz, nem que seja só um dia!

segunda-feira, julho 02, 2007

Por um fio

Tudo na minha vida está por um fio, prestes a ceder, pronto a accionar aquele gatilho invisível que faz explodir tudo dentro de mim. A fadiga, a desilusão, a carência, tudo se conjuga num oceano brumoso e negro que me engole, como areia movediça, esbracejo e luto contra o naufrágio, rezo para me aguentar só mais um pouco, só até poder respirar. O Inverno teima em persistir, no clima, no coração, no espírito e a poesia voou para longe do meu horizonte. A minha fortaleza desmoronou-se, teimo em reerguê-la, com a certeza que novamente irá desabar. É o infinito dilúvio deste meu Karma triste e pálido, a sua persistente repetição angustiada, a batalha inglória pelo amor. Por um fio resisto...