Não vamos casar !

Detesto casamentos. Detesto particularmente casamentos de Verão. Detesto as filas de carros a buzinar com merdinhas brancas penduradas nas antenas. Detesto a hipocrisia do casamento, do dia, do contrato e da instituição. Se também detestas algumas destas coisas junta-te ao club

sexta-feira, julho 18, 2008

Preciso de palavras para respirar

Sinto-me incapacitada para a escrita, custa-me escrever, o exercício de escrever um texto com 10 000 caracteres parece-me uma tarefa impossível, mantenho a leitura a uma média bastante boa, mas tenho medo de já não saber escrever, de apenas conseguir despejar banalidades ortográficas.
Sempre no intuito de contrariar isso vou fazer uma pequena sinopse dos últimos livros que li:
"As velas ardem até ao fim" (Sándor Márai) - Romance de ficção, inspirado historicamente na Viena do Império Austro-Húngaro, é um tratado à amizade, denso, cheio de descrições e pequenas histórias, está muito bem escrito, a estrutura é elaborada e inteligente e leva o leitor a viajar por bosques e salões de baile, ao mesmo tempo que pequenas insinuações vão surgindo numa espécie de pistas para o conhecimento da verdade, acompanhado pela incomodativa pergunta do que é a verdade.
"A Arca da Aliança" (Tudor Parfitt) - História autobiográfica de um professor universitário / investigador / aventureiro que levanta a hipótese de a Arca da Aliança ser algo diferente daquilo que todos sempre procuraram, da África, ao Médio Oriente, até à Papua Nova Guiné, relata as suas aventuras em busca da Arca da Aliança, icone religioso de todas as religiões monoteístas. Este objecto mítico é cobiçado por judeus, muçulmanos, católicos, e todas as suas variações, e foi-o sempre ao longo da história.
"Mil Sóis Resplandecentes" (Khaled Hosseini) - Romance maravilhoso que se passa no Afeganistão desde os anos oitenta até aos nossos dias, é uma narrativa trágica e maravilhosa que descreve uma ideia de sociedade tão distinta da nossa, onde vivem pessoas tão iguais a nós, a passar por sofrimentos inenarráveis, descreve com uma acuidade dolorosa a inépcia face ao sofrimento com que as mulheres nesta sociedade atravessam a vida, passando de maus tratos para maus tratos. Vale verdadeiramente a pena.
"O livro que desceu do céu" (Ahma 'Abd al-Waliyy Vincenzo) - Romance histórico baseado na vida do profeta Maomet, sobre o rapaz que acabou por se vir a tornar o redactor do primeiro Alcorão produzido no mundo, baseado nas palavras de Ala, por intermédio do seu profeta, explica o aparecimeto do islamismo e das suas divisões internas, tem umas letras árabes lindas e a história está muito bonita, enfeitada de histórias fantásticas, milagres alegorias e génios (jinns).
"A Aurora dos Bem-Amados" (Louis Gardel) - Romance histórico sobre o Imperador Solimão, passado em Instambul no século XVI, recorre à intriga palaciana como seu principal condutor, com o exotismo dos seus hárens. O que eu mais gostei deste livro foi a coincidência de eu já o ter há anos, já o ter levados em dúzias de viagens, e só o comecei a ler depois de ter voltado da Turquia.
De momento estou a ler dois, quando os acabar faço mais cantinhos da leitura.

terça-feira, julho 08, 2008

A vida como ela é

Ter um trabalho é uma das melhores coisas do mundo. Ter um trabalho como o meu, aparte todas as coisas más, é o máximo!!! Lamento profundamente não ter o displante de falar sobre ele aqui, as suas histórias, os seus personagens, e o tema fundamental que é o jogo, mas sobre jogo, perdoem-me mas isso no sentido lato é todo o sentido da vida e de tempos a tempos tenho sempre de repassar umas palavras sobre jogo, como este é uma constante da vida, como jogamos com tantas coisas da nossa vida, interagimos com milhares de pessoas, como cada escolha que fazemos, cada caminho pelo qual escolhemos ir, cada dia de sol na praia, eu acredito que a sorte comanda a vida algumas vezes, e o mais delicioso é que eu estou por vezes a comandá-la, como ao leme do cruzeiro do Bósforo.
Morro de saudades do toque da areia da ilha de Tavira nos pés, tenho uma concha que trouxe de lá na mão, quando fecho os olhos quase consigo sentir o calor do sol na face e o cheiro da brisa do mar a passar docemente como uma carícia etérea, consigo também sentir o seu sabor como de um gelado de limão numa noite quente.
Tento esquecer a Turquia e a maravilha das viagens e das férias, tento não pensar em jogo, porque tenho muita, mas muita vontade de jogar, para a próxima folga vou para Óbidos, vou investigar por ali, tento esquecer o vale da chama.
Quase uma semana depois