Não vamos casar !

Detesto casamentos. Detesto particularmente casamentos de Verão. Detesto as filas de carros a buzinar com merdinhas brancas penduradas nas antenas. Detesto a hipocrisia do casamento, do dia, do contrato e da instituição. Se também detestas algumas destas coisas junta-te ao club

terça-feira, abril 19, 2005

Até ao meu regresso

Vou-me embora, vou fugir, vou para longe. Amanhã a esta hora estarei a fazer uma das coisas que mais aprecio na vida - voar. Adoro andar de avião, aeroportos. Vou cheia de tristeza e angústia, mas vou fazer de tudo para deixá-las lá numa fonte qualquer. Aos meus amigos leitores e colaboradores (mas pouco), um apelo para preencherem o vazio da minha ausência. Escrevam, nem que seja só como exercício. Beijos grandes.
Adeus, eu vou com as aves.

segunda-feira, abril 18, 2005

Quase

Todas as pessoas com quem tenho estado nos últimos dias, ao despedirem-se de mim, todas, sem excepção me disseram: "Boa viagem, e vê lá se arranjas e trazes de lá um italiano!". Eu não percebo, será que combinaram? Além disso, se aqui em Portugal, durante anos e anos, procurei o amor, e não o encontrei, senão a espaços, e com desfechos invariavelmente trágicos, não consigo compreender, como querem que eu em 12 dias, encontre um italiano, goste dele e o traga comigo. Por favor?!!!

domingo, abril 17, 2005

É urgente proteger o ambiente!

A poalha de chuva que cai é sinistra. Até quando chove, quase não molha. Desenha uma atmosfera misteriosa e cálida que ocupa os ambientes. Subiu a temperatura, a noite chegou mágica com a sua lua a crescer por cima da neblina que tolda o céu. Não consigo deixar de pensar que o Homem está a destruir a terra e isto é só o começo de um mundo bem pior. Por aqui penso que faremos todos blup, blup, blup, ao sermos engolidos pelo mar. E talvez as civilizações pensem em nós, europeus do litoral da Europa, como uma nova Atlântida, mas diferente. O que restará de nós nos escombros quando cair a tempestade? Primeiro será a seca, um dia virá o terramoto ou a inundação. Daqui a muitos anos, talvez centenas.

sexta-feira, abril 15, 2005

Ser ou não ser, a questão

Sou politóloga de formação, desde 1997 que estudo política, nas suas mais variadas formas e fórmulas, fui politóloga profissionalmente durante 11 meses, apesar de as minhas funções transcenderem a politologia pura. Estou desempregada desde então. Mas não sou a única. De todos os politólogos formados comigo, nenhum está a desempenhar funções como cientista político, excepto dois que têm trabalhos com alguma aproximação ao sistema político. Até países em vias de desenvolvimento, como o Brasil, têm espaço laboral para os seus politólogos, isto para não falar em países como os Estados Unidos, o Reino Unido, a Franca, a Alemanha ou até a nossa vizinha Espanha. Já que o Governo do PS parece tão empenhado em reformular o nosso sistema político, que tal aproveitarem para incluir no sistema pessoas que estão preparadas academicamente para apresentar soluções, as melhores, as piores e as intermédias, para estes problemas. Os políticos devem ser decisores políticos, devem decidir, a preparação dessas decisões deveria ser feita não por políticos profissionais, mas por profissionais políticos, tecnocratas, pessoas isentas que possam ponderar o processo de tomada de decisões não como uma afirmação política, mas como um caminho para contruir a melhor solução para cada problema. O nosso sistema é como é por interesses políticos puros, não para espelhar da melhoe forma a opinião dos eleitores, nem para responsabilizar a classe política pelas suas decisões. Aliás, basta ter ouvido os discursos de Santana Lopes e Luís Filipe Menezes no Congresso do PSD, para compreender que eles não têm a menor noção do conceito de responsabilidade política, e até demonstram que a impunidade reina e que uma derrota eleitoral profunda não parece funcionar plenamente como responsabilização política por uma governação desastrosa.

quarta-feira, abril 13, 2005

Longe

Queria ser longe,
na plenitude de uma montanha,
no esquecimento indelével da planura,
na tumultuosa superfície do Atlântico.

Queria ser longe,
no infinito,
no azul,
na distância,
no fim e no cabo,
na alternância,
na vertigem.

Queria ser longe,
no metros percorridos,
nas milhas de todos os caminhos,
nos silêncios perdidos na imensidão.

Queria ser longe,
nas palavras,
nos actos,
nos sorrisos,
nas lágrimas,
no medo,
no amor.

domingo, abril 10, 2005

Carlos e Diana

Hoje teve lugar em Inglaterra um dos casamentos mais polémicos da história recente da monarquia na Europa. O Sr. princípe-divorciado-viúvo Carlos casou-se com a sua amante de longa data, também divorciada e principalmente odiada Camila. Aquilo é que deve ser um amor!!!

sábado, abril 09, 2005

Esta minha catarse

As minhas catarses normalmente são duras e longas e aproveito para jogá-las. Aposto-as aqui, aposto-as ali, farto-me de apostar (o vencedor do euromilhões não é português, escusado será dizer que não sou eu). Venci a primeira etapa, não fui. Mas ainda não expliquei cabalmente porquê, mas vou explicar, com todas as palavras duras que tenho guardadas dentro da minha mágoa e do meu desapontamento. É o que me dói mais, é tudo ter sido em vão, para nada, sim, porque sempre pensei que um dia esta minha demanda seria recompensada pelo alcance do meu objectivo. Não foi. Aliás perdi a vontade de o alcançar, algures no decorrer deste tortuoso caminho deixei de querer, crer e acreditar. Isso felizmente conduziu a este cheque-mate a mim própria. Provavelmente foi pelo melhor, agora só tenho de me aguentar.

sexta-feira, abril 08, 2005

Socorro!!!

Isto é um grito de socorro. Preciso de ajuda, de todos e mais alguns. Isto vai ser como deixar de fumar, e vai custar como tudo. Mas, macacos me mordam, se não vou conseguir! Penso que agora o cântaro está por um fio. Estou na eminência de atirá-lo com toda a força e raiva contra a parede, para o estilhaçar em mil pedaços.

quarta-feira, abril 06, 2005

A Atlântida

Tenho andado embrenhada em algumas histórias malcontadas e incompletas da História, mistérios insondáveis, lendas misturadas e continentes perdidos.
Cada qual tem a sua teoria que serve de perfeita ilustração do tamanho incomensurável da ignorância do Homem e da sua incapacidade para discorrer além de certos limites. Comecei esta minha demanda, precisamente pelo seu mais famoso substantivo, o graal, aliás, não o graal, mas um dos seus supostos transportadores, José de Arimateia. É talvez a personagem mais mal explicada dos Envangelhos e com todos os documentários que ilustraram a santa páscoa, instalou-se em mim uma curiosidade insanável de saber mais sobre este homem. Isto conduziu-me à Lenda do Rei Artur, sendo que um dos sites que a mencionava estava inserido numa discussão sobre os continentes perdidos. Descobri então que a Atlântida não é o único continente supostamente perdido, há também outro continente que se julga perdido, a Lemúria. No que diz respeito a ambos as discussões são fascinantes e levantam 10 novos mistérios em resposta a cada pergunta. Julgo perfeitamente plausível a existência passada dos dois e penso que o mundo, ainda não percebeu plenamente que estamos perfeitamente sujeitos a que nos aconteça o mesmo, principalmente aos países, que como nós, se encontram placidamente plantados à beira mar.
Agora, no que diz respeito à Atântida propriamente dita, tenho de acrescentar que considero que a ideia de os Açores serem a sua remeniscência é extremamente romântica e bastante possível, e no entanto, não vejo ninguém, em Portugal, muito interessado em discutir ou investigar esta matéria. Será que ninguém pensa nas possibilidades de desenvolvimento turístico que uma questão como esta pode despoletar?
Será que há investigações e não são divulgadas pela sensibilidade que acarreta a base das Lages? Ou nem sequer são permitidas?

terça-feira, abril 05, 2005

Não consigo viver comigo própria!

O que fazer? Como ultrapassar isto? Tenho pensado muito em submeter-me à hipnose. A minha mente é um mundo sombrio onde os meus medos me asfixiam e os meus receios me causam a ansiedade de serem verdadeiros. Sou muito intuitiva e há certas realidades, que desconhecendo-as de facto, as vejo distintamente como certezas, como se estivesse lá a presenciar tudo. E apenas as suspeitas, me atormentam em sombras e roubam-me o sono. Só queria não me preocupar, não querer saber, mas acima de tudo, mesmo sabendo, não me afectar, não me dizer absolutamente nada. Porque sou assim? Porque atraio a mim estas fatalidades?

domingo, abril 03, 2005

Deixem o senhor descansar em paz!

O Papa morreu. Está morto. Não há nada a fazer. A comunicação social estava ansiosa pela sua morte, para agora se embrenharem neste alucínio de quem dá mais Papa. É um abuso, ultrapassa os limites da decência.
Claro que isto tinha que acontecer agora. Estão a ver aquela frase de "ir a Roma e não ver o Papa"?, é o que possivelmente me vai acontecer. Não sei ao certo quanto tempo vão demorar a escolher um novo, mas dúvido que um mês chegue. Ou pior ainda, o novo papa vai tomar posse mesmo quando eu estiver lá, para destruir os meus planos de uma visita sossegada e calma a Roma, e substituí-los por multidões fervorosas que tornam o turismo pouco agradável. Enfim, que sera, sera!

sábado, abril 02, 2005

Mentirinha!!!

Para quem ainda tenha tido alguma dúvida, o post anterior era a minha mentida do 1º de Abril. Não me vou casar, nem tão pouco o tenciono algum dia fazer. Espero... Espero que a futura metade da minha laranja compreenda isso. Mais, espero que nenhuma vicissitude da vida me faça cair em tentação. Sim, porque o casamento é um subterfúgio fácil para a manutenção de uma relação, que uma vez alienada pela segurança se transforma inevitavelmente. Penso eu... Na realidade espero nunca vir a ter a certeza absoluta.

sexta-feira, abril 01, 2005

Vou-me casar!