Não vamos casar !

Detesto casamentos. Detesto particularmente casamentos de Verão. Detesto as filas de carros a buzinar com merdinhas brancas penduradas nas antenas. Detesto a hipocrisia do casamento, do dia, do contrato e da instituição. Se também detestas algumas destas coisas junta-te ao club

quarta-feira, agosto 30, 2006

O jogo

Par ou ímpar
Pede ou fica
Pequeno ou grande
Põe ou tira
Ponto ou banca
Preto ou encarnado

A atracção do Ártico

O branco, o frio, as suas fabulosas criaturas como os ursos, as focas e os cães. O sol brilhante e o último calor abrasador deste Agosto. Urgência na mudança. Faltam 56 e seis dias de trabalho para as minhas férias, são muitos, bem sei, mas acho que está na altura de começar a contá-los com ansiedade, pois bem tenho trabalhado arduamente nod últimos onze meses e muito, muito arduamente nos últimos cinco, finalmente sinto nitidamente a necessidade de gozar umas férias ao sol. Não no Ártico, é claro, este é um daqueles sítios que adoro ver em imagens na televisão, mas não gostaria de lá ir de muito boa vontade, até porque não tem sol. Ainda não consegui ler a revista da A23, ando a morder-me de curiosidade e não consigo encontrar um exemplar, estou a ver que vou ter de pedir para mo mandarem pelo correio. Vou cozinhar um petisco e jantar. A todos um always watch good movies!

quinta-feira, agosto 24, 2006

Jamaican Flavors

Sinto que devia fazer algo e não consigo descobrir o quê. Sonho ir à Jamaica ou a outro qualquer sítio caribenho. Vivo a inspiração no meu trabalho, vibro, adoro, odeio, tudo, muito e intensamente, suspiro por umas sapatilhas mangentas. A tempestade é a minha metáfora preferida e os desejos paz e amor. Imagino uma gaiola vazia a protagonizar a liberdade que significa a ausência do passarinho. Cedo perante a desilusão, caminho para me conformasr. Estou telegráfica. Não tenho vontade de dizer nada, apenas de estar em silêncio. Isto cola-se à escrita, entorpece-a e produz estes temas que traduzem a fuga. Aqui busco o meu refúgio mental privativo, posso escrever-te como quiser: prosaica, curta ou até em verso. Não tenho de fazer sentido.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Yoseph

Yoseph é paquistanês. Caminha pela estrada na madrugada. Ainda de noite, mesmo no Verão. Vai trabalhar. Leva um saco de plástico com o farnel. Encontro-o quando regresso a casa do trabalho, para escrever umas palavras a ouvir Elis Regina:
("Pois é
Pois é
fica o dito e redito
por não dito
e é díficil dizer
que ainda é bonito
cantar o que me restou de ti
Daí, nosso mais que perfeito
está desfeito
e o que me parecia tão direito
caiu desse jeito sem perdão
Então disfarçar minha dor
já não consigo
dizer que nós somos bons amigos
é tanta mentira para mim
E enfim, hoje na solidão
ainda custa entender
como o amor foi tão injusto
para quem só lhe foi dedicação
pois é
então"
Elis Regina)
Esta época anda complexa, as palavras estão sufocadas pelo desenrolar dos acontecimentos. Enrolam-se umas nas outras e a vontade de exprimi-las fica soterrada sobre o processo de as compreender. Tenho milhares de vozes dentro de mim a gritarem por liberdade.
O Benfica está na Liga dos Campeões. Mais uma vez não vi o jogo. Mas ouvi os golos e vibrei de febre deste contentamento clubístico, parvo, bem sei. Enfim, todos os clubistas me percebem.

segunda-feira, agosto 14, 2006

O tempo das horas

Demoram-se os dias. Detenho-me a pensar em ti nos longos minutos desocupados. O teu silêncio magoa-me, enraivece-me e dá-me uma vontade estúpida de chorar. Mas controlo-a, a espaços parece-me que a tua quota de lágrimas secou. A tristeza, porém, está cá. Dou graças a deus por todos os que me fazem rir e esquecer, eles nem sonham a tempestade que amainam.

sábado, agosto 12, 2006

Mais uma curva no caminho

Há dias em que só tenho vontade de desistir da vida. Desistir simplesmente. Como se fosse um jogo de computador. Desaparecer. Esfumar-me. Sinto-me impotente e totalmente envolvida por contrariedades. Perdi até a vontade de lutar, como um guerreiro cansado e ferido de espada partida. Não consigo pensar no futuro, tento apenas aguentar o fardo deste presente envenenado. Só suporto ainda a solidão, tudo o que se soma a ela me incomoda. Não suporto quando me sinto assim. A vergonha afasta-me dos meus amigos, esta dor não posso partilhar com ninguém, em retorno só traz censuras, nunca conforto. A resolução tarda e a espera está-me a consumir. O processo, de novo e sempre o processo, é como se a nossa vida estivesse sempre implicada em vidas alheias, sempre sujeita aos caprichos de um destino cego e injusto. O estado que eu sonho apenas avança na minha cabeça, na realidade parece retroceder ao zero, ao nada, ao desespero deste amor impossível e à dor de o perder.

domingo, agosto 06, 2006

Hoje vi um amanhecer tão lindo ao fim da noite!

quarta-feira, agosto 02, 2006

Cerejas (24-05-2006)

Pérolas rubras
de doçura,
vermelhas,
escarlates,
negras.
Brincos de enamorar
Memórias de ti
das tuas elegias do fruto
das palavras
que como elas são.

O mito

Somos um mito desconhecido
Vivemos pela fé no nosso amor
Sobejas vezes duvidamos
O destino afasta os nossos caminhos
Desespera-nos de saudades
Mas aviva o sonho
Enlouquece a memória
As palavras e os actos
magoam-nos e exasperam-nos
tanto quanto nos fazem felizes.

Quero transformar o nosso mito
Numa verdade irreversível
Irrevogável e perpétua
Na magia do nosso amor maior.