Não vamos casar !

Detesto casamentos. Detesto particularmente casamentos de Verão. Detesto as filas de carros a buzinar com merdinhas brancas penduradas nas antenas. Detesto a hipocrisia do casamento, do dia, do contrato e da instituição. Se também detestas algumas destas coisas junta-te ao club

quarta-feira, junho 28, 2006

Informação

Este é o novo formato do meu blog. Passo uns dias sem escrever e depois venho, quando couber à disponilidade, inspiração e vontade, e escrevo desalmadamente sobre as coisas sobre as quais queria escrever, aliás sobre aquelas que conseguir armazenar para transformar em palavras ociosas e deslumbrantes (ou nem por isso).
E como tal aqui vai:
Mandaram-me uma daquelas mensagens- corrente que tive vontade de reenviar pela piada que era ver um slide-show beato com plácidas ilustrações do Jesus Cristo (também conhecido por J.C.) que instavem à fé em deus. Palavra que nunca tinha visto nenhuma assim.
Voltou a abrir a feira do livro na Gare do Oriente. Quando receber vou ter de me estragar um bocadinho lá, a comprar uns livrinhos. O prazer da leitura de Verão. Na praia, na esplanada, na viagem, no café.
Vou aproveitar para ir ao cinema. Aliás até vos digo o que vou ver: O Código de Da Vinci e A Missão Impossível 3. Quem sabe mais. O tempo na Figueira não é seguro, quem sabe não vejo também o X-Men e o Freedomland. Sim, porque eu ando aqui a sonhar com praia, mas ela ainda pode pregar uma partida para me manter afastada das suas areias de imensidão e calor e do meu bikini.
Tenho saudades da casa de Verão da Figueira. Da minha casa dentro da casa. E de todas as pequenas ternuras que fazem as férias na Figueira. O cheirinho do café acabado de fazer. Os bolinhos da alhada, as queijadas, os gelados e a cabidela. O cheiro a praia e mar. A luz do fim da tarde. O picadeiro em permanente bulício.

Portugal - Holanda

Jogo contra-indicado para cardíacos fracos. Segundo o que consegui ver, que não foi muito. Sei que foi um jogo de nervos, mas também sei que o ganhámos e vi o golo e tudo. Mais uns que foram à vida nas nossas mãos. Sábado vou ver o jogo. A beber uma cerveja fresquinha à beira da praia. FORÇA PORTUGAL!!!

domingo, junho 25, 2006

A invocação

Invoco-vos, musas da minha arte,
para assistirem à tranformação
da minha memória, em grito,
mudo, escrito, perene.

Invoco-vos, fantasmas de mim,
para conduzirem à minha catarse,
remeter ao silêncio gutural
o meu amor irracional, caótico.

Invoco-vos, fadas da lua e do mar,
para se aliarem ao meu espírito,
trazer o alegre sopro de mudança
ao mundo das sombras e do sol.

Invoco-vos, forças escondidas do ser,
dinamizem o esquecimento da mágoa,
do meu coração, em silêncio,
brilhante, tácito, absoluto.

sexta-feira, junho 23, 2006

Mais uma semana

Unhas feitas e um largo sorriso e lá vou eu toda contente trabalhar. Já me decidi quanto ao mês de férias e já arranjei companhia e destinos vários para escolher. Até lá vou juntando folgas para tirar umas mini-férias um destes dias.

quinta-feira, junho 22, 2006

Fleur de Lune

Fatal como o destino
Espelho de mim
Ermita e invísivel
No topo do céu
Do alto da escuridão
Profunda e longínqua
Desmaiada
O tempo que passa
e a vida que não se resolve
Uma estrela menor
Ilusória
Entre as estrelas
Autênticas
Pérolas no firmamento

Limpinho

Sempre a somar garantimos o apuramento com mais uma vitória sobre o México. Estava a trabalhar durante o jogo, portanto entre os dados e as cartas não deu para ver mais que os golos. Seja como for, lá seguimos em frente, e no Domingo espera-nos uma partida com a Holanda, durante a qual também vou estar a trabalhar. Pode ser que dê sorte. FORÇA PORTUGAL!!!

quarta-feira, junho 21, 2006

Vou ter férias!!!

Hoje descobri que vou poder ter férias. Um mês inteiro à escolha entre Julho e Dezembro. É um verdadeiro luxo e vão me saber muito bem. Ainda não sei que mês escolha. Felizmente tive a sorte de ser a segunda a escolher.

segunda-feira, junho 19, 2006

Porquê?

Eu só gostáva de saber quando é que a vida vai deixar de ser esta guerra inglória?
Também gostava de saber que mal é que eu fiz para merecer o castigo deste amor estúpido?
E já agora, porque é que não me consigo desligar dele, se pouco mais me traz que tristezas e desilusões? Como posso ser tão estúpida?

Ilha

Sou uma ilha isolada do mundo
Com saudades do mar
Perdida nas minhas praias de solidão infinita
O amor desconhece a razão
Como desconhece barreiras ou fronteiras
Como desconhece o bom senso.
Perco-me nas suas ilusões
Para me encontrar sempre
Na inevitável perdição das suas mágoas

domingo, junho 18, 2006

Mais três pontos para a cartola

Tenho de confessar que não consegui ver o jogo, ontem saí às quatro, deitei-me às seis, e às duas quando a minha mãe me acordou a dizer que o jogo ía começar, ainda acordei e liguei a televisão para ver o jogo, infelizmente voltei a adormecer cinco segundos depois, para só acordar com a gritaria provocada pelo golaço do Deco. Vi a repetição e ainda meia a dormir virei-me para o outro lado pra só acordar a dez minutos do fim. O segundo golo já o vi bem acordada. O apuramento está no bolso, mas ainda temos mais um jogo com o México pela frente, para ganhar, de preferência. FORÇA PORTUGAL!!!

O meu dia de ontem

Foi um dia em que para além do habitual (leia-se: dia de trabalho) tive algumas notas singulares e até surreais. A primeira foi uma sessão fotográfica para uma revista de gajas, para um artigo de tom e assunto muito lisongeadores. Tive de me submeter a uma sessão de maquilagem que me grangeou soberbos elogios tanto dos meus colegas, como de alguns clientes, que tenho de admitir me foram dirigidos com toda a propriedade, pois, sem falsas modéstias estava linda que até dava dó (isto a avaliar por certas reacções de perfeito embasbacamento dos homens, como a do senhor da bomba de gasolina onde fui comprar cigarros e um gelado e ele esqueceu-se completamente de me cobrar o gelado). A segunda foi uma verdadeira aventura no parque de estacionamento, que não quero contar em detalhes, mas envolveu o meu pai e eu escondida atrás de carros e colunas com o meu vestidinho cor-de-rosa e o chapéu de chuva, no parque de estacionamento, enquanto lá fora desabava mais uma das tempestades deste estúpido e sombrio mês de Junho da minha redesilusão.

sexta-feira, junho 16, 2006

A magia

Pode ser arquitectada
pelas palavras
quando elas expressam
a sinfonia do sentir
música escondida do coração.

quinta-feira, junho 15, 2006

Tréguas

A angústia amainou e a viagem trouxe a calmaria. Nenhuma sorte porém. Rezam-se as missas nas capelas e eu paganizo-me cada vez mais na minha ermida no fim do arco-íris. Agora a bola está no meu campo e é novamente hora de ser eu a fazer sofrer. Pouco bem sei, talvez mais do que calculo, mas certamente menos do que pretendo. O tempo trabalha a meu favor ou contra mim, alternadamente, como as batalhas se sucedem em derrotas e vitórias que vão construindo a história desta minha guerra sem quartel.

Finalmente vamos casar...

Existem casamentos que não são selados com alianças, nem provados com assinaturas e muito menos com promessas a um ser que recusa demosnstrar a sua existencia. São casamnetos que muitas vezes acontecem sem um sim, sem um aperto de mão... São casamnetos muito para além da racionalidade...São casamentos que se sentem e a sua imensidão não pode ser expressa...

É assim que quero casar...

(Olá Fi... saudades?)

quarta-feira, junho 14, 2006

A viagem

Eu sei que é ridículo, mas depois de duas semanas fechada em casa com a cauda partida e de outras duas semanas a trabalhar como louca, em que o Verão já mostrava todo o seu esplendor, quando consigo finalmente uma aberta para viajar, chove torrencialmente e desaba sobre esta terra um verdadeiro temporal, com trovoada e tudo. Mas vou à mesma, não será isso que me vai impedir, vou partir por essa estrada, debaixo do chuva fina ou grossa, só para ir para aquele lugar, longe do mundo, longe do que me perturba, e bem pertinho de mim e do que me é mais importante.

O temporal em Junho

Troveja e chove como se o mundo fosse acabar. Em Junho. A minha cauda já o previa desde ontem. Assim conseguisse eu seguir o meu instinto para não sofrer desta forma angustiante que me atordoa e me aproxima da loucura, como chover torrencialmente em Junho. Vou para a janela e fumo a ver o fogo de artifício dos relâmpagos. As pernas latejam-me mas o fascínio é mais forte. É fantástico como o tempo se rendeu ao meu humor e me acompanha com uma fidelidade assombrosa. Queria conseguir dormir, mas a insónia persiste em deirtar-se ao meu lado, impedindo o esquecimento e alienação da vida que vem com o sonho e os sonhos. Só queria não te amar. Nunca te ter amado. Nunca te ter conhecido sequer. O arrastar dos anos enoja-me e magoa-me quando chegam as crises, quando te votas à ausência. Será que alguma dia sobreviverei a esta tempestade?

terça-feira, junho 13, 2006

Meu rico Santo Antoninho


Esta noite não fui festejar o Santo António, padroeiro desta minha cidade.
Tenho alguma pena, mas não muita, já calcorreei os arraiais muitos anos a fio, para saber que essa procissão não me vai trazer o milagre que eu desejo, todavia isso também não é razão para despeitar esta minha devoção de alfacinha.
Quando fui a Itália fiz uma colecção de fotografias deste Santo, que lá é de Pádua e louro de olhos claros.Aqui fica uma.
Enfim, porque a fé não tem a ver com racionalidade:
Santo Antoninho faz-me lá este milagrezinho!!!

segunda-feira, junho 12, 2006

O mundial

Eu sei que o campeonato do mundo já começou à cinco dias, mas devido às vicissitudes do trabalho tenho tido parcas possibilidades de o acompanhar atentamente. Claro que hoje, dia de estreia da nossa selecção, voltei toda a minha atenção para a competição. Jogámos mal, mas ganhámos, e isso por agora basta. Portanto, FORÇA PORTUGAL!!!

sexta-feira, junho 09, 2006

Ser não é nada

Ausento-me de mim
refugio-me na bruma
bato a cabeça contra paredes
para te esquecer
para não te lembrar.
Não somos para ser
Já é tempo de parar
de contrariar o meu fado
violento-me nesta luta
bem sei, mas o que importa,
se o ser é tão pouco mais que nada?

"Santa Chuva

Vai chover de novo
deu na tv
que o povo já se cansou
de tanto o céu desabar
e pede a um santo daqui
que reze a ajuda de deus
mas nada pode fazer
se a chuva quer é trazer
você para mim
vem cá que está me dando
uma vontade de chorar
Não faz assim
não vai para lá
meu coração vai-se
entregar à tempestade
Quem é você
para me chamar aqui
se nada aconteceu
me diz
foi só amor
ou medo de ficar
sózinho outra vez
cadê aquela outra mulher
você me parecia tão bem
a chuva já passou por aqui
eu mesma que cuidei de secar
quem foi que te ensinou a rezar
que santo vai brigar por você
que povo aprova o que você fez
devolve aquela minha tv
que eu vou de vez
não há porquê chorar
por um amor que já morreu
deixa para lá que eu vou adeus
meu coração já se cansou de falsidade"
MARIA RITA

O meu Kharma é sofrer por amor

Eu já desconfiava, mas hoje, foi-me confirmado oficialmente que o meu Kharma é sofrer por amor e nunca encontrar a sua felicidade. Por mais voltas que a vida dê parece que estou condenada a uma infelicidade perpétua de um coração partido, despadaçado. Logo agora que eu me tinha voltado a encher de doces ilusões, aqui as deixo penhor destas lágrimas. Realmente o melhor do futuro é o seu desconhecimento cabal. Hoje ouvi quase todas as palavras que não queria ouvir, sinto-me absolutamente devastada pelo destino. Eu não sou cerebral, nem analítica, nem patrimonial, ou tão pouco familiar, sou toda espírito, ar, mar e lua, todo o meu intelecto é da solidão e do elogio das palavras e dos gestos simples. Devolvo-me aos livros e às minhas flores que florescem no fim desta tão atribulada Primavera. Amanhã fecho o círculo e retomo à catarse.

quinta-feira, junho 08, 2006

"PRESENTE

Queria neste poema a cor dos teus olhos
e queria em cada verso o som da tua voz:
depois, queria que o poema tivesse a forma
do teu corpo, e que ao contar cada sílaba
os meus dedos encontrassem os teus,
fazendo a soma que acaba no amor.

Queria juntar as palavras como os corpos
se juntam, e obedecer à única sintaxe
que dá um sentido à vida; depois,
repetiria todas as palavras que juntei
até perderem o sentido, nesse confuso
murmúrio em que termina o amor.

E queria que a cor dos teus olhos e o som
da tua voz saíssem dos meus versos,
dando-me a forma do teu corpo; depois,
dir-te-ia que já não é preciso contar
as sílabas nem repetir as palavras do poema,
para saber o que significa o amor.

Então, dar-te-ia o poema de onde saíste,
como a caixa vazia da memória, e levar-te-ia
pela mão, contando os passos do amor."
Nuno Júdice

quarta-feira, junho 07, 2006

Vejam só a piada

No Domingo, no meu trabalho, houve um engraçadinho qualquer, que por mera maldade, porque não consigo vislumbrar nenhum outro motivo, agarrou nas minhas chinelas e meteu-as dentro do caixote do lixo, enquanto eu estava a trabalhar. Vejam só se não teve piada? Bom, já os lavei, e amanhã, voltam comigo para lá. Como recompensa levei-lhes uma caixa de cerejas para se deliciarem.

O abandono iterário

Adoro escrever, principalmente quando o faço com a perícia e a minúncia do prazer. Ponho a imaginação a navegar nas pontas dos dedos e transbordo em palavras os meus desabafos, os meus anseios, as minhas desilusões fátuas. Retiro-as do meu sistema, através do teclado, para as minhas metáforas ou simples descrições. Imprimo-as em caracteres para a posteridade e para o público. Não temo a exposição pois que ela não existe, as palavras são como o rumor da água, correm livremente, cada um entende-as como deseja, eu apenas as expresso ou afirmo ou balbucei-o ou grito, ou qualquer outra acção da escrita, do movimento etéreo dos fonemas, das sílabas. . .
Por agora a escrita desvanece dentro de mim, está apaziguada pelo trabalho e pela falta de horas que o seu ritmo me exige. Vou-o abastecendo a espaços, mas sempre com alguma hesitação. A inspiração não vem quando queremos, vem, apenas, nos momentos mais inusitados e quantas vezes tão longe da folha de papel que é esta tela.

terça-feira, junho 06, 2006

Com um brilhozinho nos olhos

Já perdera aquele sorrizinho estúpido dos recém-apaixonados, o amor acalmara, já tinha aprendido a saber esperar. Ainda esperava, com alguma ansiedade, havia sempre algo que permanecera, aquele sorriso dos olhos que encontraram o seu amor.

sexta-feira, junho 02, 2006

Aquela estrada

É uma estradinha com dois mil metros e pouco mais do que árvores em volta. Aquela casinha é lá. Lá podíamos ser felizes. Tem um jardim, cheio de flores e potencial para ser um lar de sonho. Como gostaria de passar lá o Natal...

quinta-feira, junho 01, 2006

O Livro das respostas

Hoje comprei um livro verdadeiramente estúpido. Já calculava que assim fosse, mas consegui surpreender-me pela sua simplicidade quase fútil. Comprei-o porque achei piada à brincadeira, mas estava à espera de baboseiras mais consistentes do que "Faça-o". Enfim, mais uma pérola cómica para a minha biblioteca.

Corn Flakes e Gelo

Dia um. Euforia. Alívio. Foi um dia tão bom, o trabalho correu tão bem, os meus pensamentos estiveram tão concentrados na minha arte profissional que foi um prazer o passar das horas, pela primeira vez, desde há uma eternidades de dias. Estou deitada de barriga para baixo a pôr gelo, depois de ir investigar uma palavra nova ao dicionário. Ouço Maria Rita e tento desastradamente escrever. Sinto aquele cansaço bom do trabalho. Vou aproveitá-lo para dormir. Para amanhã desejo um bom dia a todos.