Não vamos casar !

Detesto casamentos. Detesto particularmente casamentos de Verão. Detesto as filas de carros a buzinar com merdinhas brancas penduradas nas antenas. Detesto a hipocrisia do casamento, do dia, do contrato e da instituição. Se também detestas algumas destas coisas junta-te ao club

domingo, janeiro 29, 2006

Porque neva sempre ao Domingo e eu nunca vejo?

Hoje nevou em Lisboa. Não vi nada. Aliás, quando o meu irmão me ligou a dizer que estava a nevar, eu pensei seriamente que ele estava a gozar comigo, pois onde eu estava o sol não podia estar mais brilhante, não havia nem uma pequenina nuvem no imenso céu azul, e não fossem os dez graus de temperatura não poderia estar um dia mais radioso. Ao ouvir as notícias, porém, apercebi-me que esta viajem de regresso a casa seria no mínimo extraordinária. Até Coimbra estava um dia fantástico, e nem sombras do "grande nevão", a partir de Pombal a paisagem começou a cobrir-se, a espaços, com a alvura da neve. A partir de Pombal, passando por Leiria e até Torres Novas, o cenário era verdadeiramente insólito. Estava tudo branco e gélido. Uma visão verdadeiramente glaciar. Mas não vi nevar... Até quando neva em Lisboa eu não estou cá para ver. É o destino, eu não fui feita para a neve...
A explicação alternativa, muito pessoal, espero que compreendam, é que deus ficou tão furioso com a derrota do Benfica ontem que resolveu castigar o pessoal com um nevão.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Quinta-feira, dia de fazer as malas

Adoro quando vou um fim-de-semana para fora. Gosto de fazer as malas, ir à lavandaria buscar os casacos, escrever um último post à quinta-feira, preparar isto e aquilo com a certeza que este fim-de-semana vou apostar no desconhecido, vou esquecer a vida e as suas tristezas e entrar num mundo fantástico e lá morar, viver e surpreender-me por dois dias. Respirar fundo e tomar coragem para continuar a persistir no intento de ser feliz nesta existência. De momento não me posso considerar muito infeliz, aliás num ou outro aspecto sinto-me extremamente feliz e realizada, mas tudo o resto são sombras e contrariedades, tanto quanto nestas últimas batalhas não tenho qualquer possibilidade de vencer.
Todavia, isso agora é para esquecer e não para relembrar. Bom fim-de-semana a todos!

quarta-feira, janeiro 25, 2006


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Lágrimas de sempre...


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nothing but tears... Posted by Picasa

terça-feira, janeiro 24, 2006

Capotei!!!

Hoje, pela primeira vez desde que comecei o meu curso, adormeci... Acordei às sete e meia e pensei, antes de me virar, toda contente, para o outro lado, ainda tenho meia hora... Foi até às dez, malafortunadamente todas as outras pessoas que vivem em minha casa estavam a dormir inocentemente e ninguém ouviu qualquer um dos despertadores. Cheguei lá às onze horas, o que não foi muito mau e estava escalada para as aulas teóricas, mas, ainda assim fiquei furiosa comigo mesma. Gostava de ter um cadastro imaculado, como uma toalha branca, agora já não tenho, mesmo que as haja cheias de nódoas, isso traz-me pouco conforto, porque aliás, como diz, egoisticamente, o ditado: com o mal dos outros posso eu bem!

Matchpoint

Não espera deste filme nem um pouco menos de génio, correspondeu totalmente às minhas expectativas. Woody és um granda maluco e sou tua fã, hoje e sempre.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Nada é simples

Sábado fui ver casas. Vi uma linda, que eu gostava de comprar. Vi duas em frente, que não são casas, são terrenos onde se têm de demolir as casas podres que lá estão, mas têm ainda um quintal com árvores e mato intactos. Não sei se estou a cair numa armadilha, possivelmente estarei, mas as alternativas pesam-me na consciência e trazem consigo remorsos antecipados. Não sei para que lado me virar nesta encruzilhada. Aliás, cada vez dou mais razão à Tininha quando ela diz, do alto da sua sapiência, que a resolução de um problema só traz a manifestação de todos os outros que se encontravam em segundo plano.

Ando cá com umas ganas de fazer uma tropelia...

Desde que o madeirense esteve cá, ando com uma vontade de fazer uma daquelas coisas que sabemos que não devemos, nem podemos fazer, mas que ainda assim nos mordem de vontade de fazê-las. Houve aí um dia que esteve por um pintelho. Felizmente, de momento tenho um objectivo que posso sempre evocar para me dissuadir, mas quando o concretizar, conseguirei eu resistir? E se eu não resistir, será que estou a desenterrar uma velha história, repetindo o mesmo erro, ou, pelo contrário, vou começar outra grande história de novo?

sábado, janeiro 21, 2006

E mais uma semanita chegou ao fim

Hoje foi um dia bem diferente, tívemos menos duas horas de aulas de manhã e de à tarde a aula prática foi teórica, também encurtada pela BTL, onde passei a minha grande hora de almoço a dobrar calendários no stand do Fundão - 365 dias à descoberta. Vi a minha Martinha, a outra Martinha, que anda com uma criança dentro de si e o Pimenta. A minha querida Mary veio cá visitar-nos, pois vai-se embora de novo no Domingo. O Benfica ganhou, e o terceiro golo foi simplesmente hilariante, uma verdadeira anedota, ninguém gritou golo, todos explodimos a rir às gargalhadas. Fui buscar a Tininha e levá-la a casa, para ver os novos progressos. E assim dou por terminada mais uma semana de trabalho.

sexta-feira, janeiro 20, 2006


ainda narcisos Posted by Picasa

Narcisos Posted by Picasa

Narciso ("Narcissus") Posted by Picasa

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Daf é narciso em holandês

Não se se escreverá assim, não posso confirmá-lo pois não tenho qualquer dicionário holandês, mas achei fantástico o argumento.
A abreviatura de Direcção administrativa e financeira, é, pela voz do seu director, "a palavra holandesa para narciso, a minha flor favorita, uma flor amarela, que só existe em Janeiro e Fevereiro, a minha flor favorita".
Bom, os narcisos, segundo o site do "jardim das flores", são as flores do Inverno e da Primavera, existem mais de 500 variedades e podem, além de amarelos, ser brancos, podendo nesta escala variar entre o foemato das pétalas e a gradação da tonalidade, a sua floração é cacheada, começa no fim do Inverno, mantendo-se durante 30 dias.
Segundo a mitologia grega estas singelas flores surgiram como castigo da vaidade do belo jovem Narciso: Narciso era um jovem de singular beleza, filho do deus-rio Cefiso e da ninfa Liríope. Quando nasceu, o adivinho Tirésias vaticinou que Narciso teria vida longa desde que jamais contemplasse a própria figura. Poém, todos os dias ia contemplar a sua própria beleza no lago que tão fielmente a espelhava. Indiferente aos sentimentos alheios, Narciso desprezou o amor da ninfa Eco (segundo outras fontes, do jovem Amantis), o seu egoísmo provocou o castigo dos deuses: como aoo observar o seu reflexo nas águas de um lago, apaixonou-se pela própria imagem, contemplando-a até à exaustão, que o consumiu até à morte. A flor conhecida pelo nome de Narciso nasceu, então, no lugar onde morrera. Foi, esta versão tradicional, reproduzida no essencial por Ovídio em Metamorfoses, que foi transmitida pela herança da cultura helénica à cultura ocidentalatravés dos autores renascentistas.
Noutra versão da lenda, Narciso contemplava a própria imagem para recordar os traços da irmã gémea, morta tragicamente.
Existe ainda (certamente entre muitas outras) uma outra variante apresentada por Paulo Coelho no seu romance "O Alquimista": "O alquimista conhecia a lenda de Narciso, um belo rapaz que todos os dias ia contemplar a sua própria beleza no lago. Estava tão fascinado por si mesmo que certo dia caiu dentro do lago e morreu afogado. No lugar onde caiu, nasceu uma flor, que chamaram de narciso. Mas não era assim que Oscar Wilde acabava a história. Ele dizia que quando Narciso morreu, vieram as Oréiades - deusas do bosque - e viram o lago transformado, de um lago de água doce, num cântaro de lágrimas salgadas. - Por que choras? - perguntaram as Oréiades. - Choro por Narciso - disse o lago. - Ah, não nos espanta que chores por Narciso - continuaram elas - Afinal de contas, apesar de todas nós sempre corrermos atrás dele pelo bosque, tu eras o único que tinha a oportinidade de contemplar de perto a sua beleza. - Mas Narciso era belo? - perguntou o lago. - Quem mais do que tu poderia saber disso? - responderam, surpresas, as Oréiades. - Afinal de contas, era nas tuas margens que ele se debruçava todos os dias. O lago ficou algum tempo silencioso. Por fim, disse: - Eu choro por Narciso, mas nunca tinha percebido que Narciso era belo.
Choro por Narciso, porque todas as vezes que ele se debruçava sobre as minhas margens eu podia ver, no fundo dos seus olhos, a minha própria beleza reflectida.".
Encontrei ainda estes epítetos para estas belas flores: "Esta flor é o emblema da China e representa a flor imortal da água. O Narciso é a flor do mês de Dezembro e é a flor associada ao signo Virgem do Zodíaco. O extracto de narciso é considerado como um narcótico poderoso. Umas gotas apenas acabam com a maior das insónias."

D.Quixote Posted by Picasa

D. Quixote vive

Ser armado cavaleiro
fazer da palavra honra
buscar Camelot
acreditar no que dizem os livros
ser íntegro e solidário
ingénuo e louco

Inconformar-se corajosamente
Revoltar-se com valentia
Viver no seu mundo

Lutar por tudo e por qualquer coisa
sempre...

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Quando as coisas começam a correr mal...

Quando alguma coisa começa a correr mal, as catástrofes parecem suceder-se em catadupa, ele são as intoxicações, a gripe, a vacina para o tétano, os pneus em baixo. Para ajudar à festa uma sensação de injustiça geral que está a tomar conta do meu grupo de colegas pelas escolhas para a BTL. A própria BTL é para mim um marco inolvidável para o início do maior e primeiro grande fracasso da minha vida, e como todos devem imaginar eu não lido muito bem com estas falhas nos meus objectivos de vida, e de certa forma ainda não me conformei absolutamente com ele, apesar de saber que este fracasso foi talvez a melhor coisa que me aconteceu na vida, assim como contribuiu para o meu crescimento enquanto pessoa, bem como para a minha descoberta irrefutável do mundo cão, da hipocrisia, mas fundamentalmente da desvalorização do amor.
Tenho saudades de viver um amor, não sei porém, se estas minhas cicatrizes me deixarão alguma vez voltar a vivê-lo.

terça-feira, janeiro 17, 2006

Mas o que eu queria mesmo...

Era deixar aqui uma citação do dito livro, escrita por um homem, num contexto de um ideologia teológica muito própria:
"Wine is strong, the King is stronger, women are stongest, but TRUTH conquers all"
Andrew Sinclair, The Sword and the Grail

A novidade

Estou a ler um livro mirabolante, que a cada página desvela possibilidades inimagináveis até para mim. Seja como for não tenho nenhuma vontade de o trocar pelos decretosl-Lei e Portarias que tenho de rever com atenção para o próximo teste e como preparação para o derradeiro exame final. Cheguei a uma solução de compromisso de intercalar os dois, mas não é fácil, nada fácil!!!

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Se a minha tristeza soubesse escrever compunha uma epopeia

Tenho tantas mágoas como alegrias dentro de mim. Porém quando chegam os abatimentos, as pausas, denoto que os ressentimentos e as histórias por acabar têm um peso absurdo no meio de todas as outras coisas. São todas as palavras deixadas por dizer, os arrependimentos das coisas que não foram feitas, as cartas que ficaram por enviar. E as lembranças que nunca mais se apagam. passe lá quanto tempo passe. Para os mais incautos, que julguem que estou unicamente a falar de desgostos de amor, desenganem-se pois falo em primeiro lugar do meu pai, que é a grande, primeira e constante mágoa da minha vida. Durante os meus primeiros quinze anos de vida tive o melhor pai que alguém pode querer ter, os quatro anos seguintes passaram-se hibrídos entre o amor e o terror da loucura, o melhor e o pior, mas ainda a presença. Nos últimos oito anos é a ausência, o desprezo, o alheamento absoluto e por vezes até o ódio em actividade... enfim, um daqueles suspiros que o meu peito soltará para sempre.

Só vos digo: ía morrendo

Este fim-de-semana tive uma intoxicação alimentar. Foi horrível. Estive tão mal que nem consegui ir à bola ontem, porque tinha o meu lugar cativo emprestado livre, mas nem sequer consegui ir ver o jogo ao café, ouvi na rádio e nem consegui festejar os golos. Esta manhã aproveitei a vacina do tétano para fazer a minha primeira gazeta às aulas teóricas, claro. E agora vou para as práticas. Hoje vou recomeçar a estudar forte e feio, por isso se não tiverem notícias compreendam.

sábado, janeiro 14, 2006

A importância dos Sábados

Dormir até as costas doerem e não ter sono absolutamente nenhum. Levantar muito vagamente, regar as minhas plantas enquanto falo com elas depois de um pequeno-almoço demorado e cheio de requintes. Deambular pela casa vazia nos meus peixes gigantes (daquelas pantufas gigantes, verdes florescentes com listas pretas, que são do Sporting, mas são tão cridos!). E, para, finalmente, começar o dia, um banho sem horário e sem pressas. Bom dia!

quinta-feira, janeiro 12, 2006

E todo o céu às nuvens!

Existe no firmamento
complexos mil
cambiantes de cores
texturas
formas visíveis e invisíveis.

O sol, a lua
e todos os demais astros,
da paleta
com que os deuses pintaram
este universo sem fim.

Estrelinhas sem fim
e as nuvens
a desenharem o humor e os sonhos
destas formiguinhas
que somos todos nós.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Ser profundamente

Ser de facto
completa
emancipada
doce.

Falar de tudo
nunca falar sobre nada
elevar a mente
ponderar além
sonhar mais à frente.

Viver a candura
de um beijo antigo
de um mero abraço
reconhecer o amor.

Olvidar os rancores
perdoar as mágoas
relevar os odoisos
tolerar os fúteis
apoiar os fracos.

Contruir a arte nas palavras
pintar versos nos sorrisos
e alimentar todos os sorrisos do mundo.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Para questões estúpidas, respostas cretinas

Hoje menti descaradamente, passei uns quantos dias a treinar e mentalizar-me da mentira, pois eu tenho uma dificuldade crónica e aguda para efectuar esta acção, até nas coisas mas simples, como os que me conhecem bem podem testemunhar. Eu sou de uma franqueza e sinceridade irredutíveis, e até brutas, daquelas pessoas que quando perguntam: "Gostas da minha camisola?" (e ela é, por exemplo, cor-de-laranja), eu respondo, sem um segundo pensamento: "É horrível!!!". Faço isto não só para as coisas simples, mas também para todas as outras coisas, o que frequentemente me traz disabores, como já tenho tido oportunidade de relatar. Hoje tive de mentir, não foi fácil, mas consegui-o e sinto-me muito feliz, pois quando um médico do trabalho obriga os futuros empregados de um antro de fumo a assinarem uma declaração em como se comprometem a deixar de fumar, ameaçando-os até pela perda do emprego, ele só merece que como eu, todos lhe digam, "eu já deixei de fumar".

As manhãs

Hoje quando acordei estava um frio de rachar, uma manhã radiosa a despontar gelada que me recordou o Fundão. Certo é que os preceitos de aquecer a casa, para mim aqui em Lisboa não são necessários, mas em manhãs como a de hoje tinham dado jeito. Será que algum dia me vou conseguir desprender emocionalmente daquela terra? Eu sei que foi apenas um ano da minha vida, mas as suas marcas são tão profundas que bem poderia ser de uma vida inteira...
Perdoem-me os meus leitores pela forma, quiçá imperfeita do discurso, mas as manhãs, mesmo as lindas e radiosas, não são a minha melhor parte do dia, de qualquer modo: BOM DIA!!!

"Pequeno Poema Infinito

A mão sobre o mapa
não viaja
interroga.
Mas chegar à luz dos teus olhos
é entrar no porto
o navio que deram por perdido"
Pedro da Silveira

"Em teu macio olhar repousa o meu

Em teu macio olhar repousa o meu.
E na face polida, assim formada
se reflecte e recria o próprio céu."
Daniel Filipe

"324

Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos.
Atingirás assim o ponto supremo da abstenção sonhadora, onde os sentidos se mesclam, os sentimentos se extravasam, as ideias se entrepenetram. Assim como as cores e os sons sabem uns a outros, os ódios sabem a amores, e as coisas concretas a abstractas, e as abstractas a concretas. Quebram-se os laços que, ao mesmo tempo que ligavam tudo, separavam tudo, isolando cada elemento. Tudo se funde e confunde"
Bernardo Soares, "O Livro do Desassossego"

A serenidade de um curto fim-de-semana

Há fins-de-semana curtos, e depois há outros, como este que agora termina, que passam num ápice. Fiz as tarefas domésticas que tinha para fazer, fui sair, o Benfica ganhou e amanhã espero ir finalmente ao médico para começar em força mais uma semana. E quero ver se recomeço a estudar, reorganizar-me pois não quero vacilar em nenhum matéria, o o próximo fim-de-semana pode me encontrar em outras paragens, portanto estou contente por ter aproveitado este da forma que aproveitei.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

"Zara

Feliz de quem passou, por entre a mágoa
E as paixões da existência tumultuosa,
Inconsciente como passa a rosa,
E leve como a sombra sobre a água.

Era-te a vida um sonho: indefinido
E ténue, mas suave e transparente.
Acordaste... sorriste... e vagamente
Continuaste o sonho interrompido."

Antero de Quental

Gostaria de dedicar este poemas a todos a quem a palavra Zara só inspira uma cadeia de pronto-a-vestir espanhola, mas principalmente aos tristes fúteis que julgam que a imagem é mais importante que a palavra.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Viva a bela da sapateira

Hoje fui com um amigos a uma marisqueira comer sapateira, estava fantástica, mas a conta, por seu lado, já não foi assim tão fantástica, principalmente porque me tentaram enganar, não contanto, certamente, que eu fosse uma calculadora ambulante e soubesse a tabuada dos 17 (que por acaso era o preço por kilo da dita sapateira) e visse de imediato que nos estavam a aldrabar em 6€, e depois ainda dizem: "ah, e tal"... a culpa foi da máquina e coisa e tal. Moral da história, verifiquem sempre as contas dos restaurantes, não se deixem enganar e se tiverem razão reclamem!!!

quarta-feira, janeiro 04, 2006

"A construção

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado"
Chico Buarque

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Um dia feliz

Acordei muito bem disposta. Caminhei para o metro, sob um sol radioso de um dia frio mas ameno, cheia de vontade recomeçar não só mais um dia, como mais um mês e, porque não? mais um ano. E assim fui para o meu cursinho. Tive o prazer de almoçar com a minha querida amiga Catarina, que não via desde há tanto tempo que nem consigo contá-lo, tenho pena de esta reaproximação ser motivada por uma pequena desgraça pessoal e amorosa, que talvez até tenha sido boa para ela, mas não deixa de ser triste e trágica como todas as histórias de amor que acabam são. Depois de uma tarde de aulas práticas que passou num ápice, Vasco da Gama comigo, desta feita com as minhas queridas Margarida e Sónia, um pouco de compras, um pouco de montras, qualquer coisa de café e gelado e para terminar em glória, um filme que eu estava à espera desde que soube que foi feito: "The corps bride", ou "A noiva Cadáver". Foi fantástico, também extraordinário porque mais ninguém no cinema parecia estar à espera deste filme ou das suas piadas e nós as três fomos as únicas que em diversas ocasiões rimos às gargalhadas. Para quem gosta de Tim Burtton é verdadeiramente imperdível!!!

domingo, janeiro 01, 2006

E pronto mais um ano que se acabou

Aqui começa 2006. Espero honestamente que para mim seja o ano de todas as mudanças: que eu comece a trabalhar de uma vez por todas, que compre um carro e uma casa novos, que me apaixone por um moço, não para casar (deus me livre e guarde), mas para dar uns beijinhos e outras coisas mais e que tais. Que haja sempre saúde e principalmente não tenha que chegar sequer perto de um hospital. E que o meu carro não volte a empanar, porque o que aconteceu hoje não foi bonito.