Eu amo o Lavre

Estou a escrever este post na biblioteca da Junta de Freguesia do Lavre, onde tenho acesso livre à internet, com limite de uma hora se houver alguém à espera, o que cá entre nós, não me parece provavel, além disto posso levar dvds durante 10 dias e livros durante um mês, ou mais se o livro for muito grosso. Sou a sócia 129 e para comemorar a minha descoberta desta maravilhosa biblioteca vou transcrever um pequeno poema do escritor do Lavre, do homem que escreveu o levantado do chão, passado nesta terra com pessoas desta terra, Saramago, odeiem-no à vontade que eu não consigo evitar o meu fraquinho por ele, adoro os livros deles, sou maluquinha, mas não somos todos?

"Enigma

Um novo ser me nasce em cada hora.

O que fui, já esqueci. O que serei

Não guardará do ser que sou agora

Senão o cumprimento do que sei"

Os Poemas Possíveis, José Saramago

A vida é feita de desencontros

Vem encontrar-te comigo amanhã ao entardecer, naquela hora em que a luz passeia em ângulos impraticáveis no meu roseiral.

O Santo Condestável

D. Nuno Álvares Pereira foi finalmente canonizado pelo Vaticano depois de uma história inteira de Portugal a ser Santo. Tenho muita fé na força do que ele representa, muitas vezes pus lírios brancos no seu pequeno altar (devoção que ganhei e perdi no Fundão, mais particularmente na sua Igreja Matriz onde ouvi belos e agradáveis concertos de piano). Agora ele já foi aceite pelo Vaticano já não tem piada. Agora apenas tenho um altar à minha mais verdadeira fé, chama-se terra, pela dádiva da mãe natureza agora tenho lírios brancos quando olho pela janela do meu quarto, agradeço também no Santo Condestável, padroeiro das causas impossíveis, na sua fé derivada do culto "Espiríto Santo", por todas as outras flores que enfeitam o quintal, as rosas, os amores perfeitos, as tulipas, as margaridas, e outras tantas que desconheço o nome.