Galo, balanço do ano do mesmo

Já aqui falei muitas vezes de galo, na sua asserção de falta de sorte, hoje porém venho falar de um tipo de galo diferente... Imaginem que batem com a testa contra uma porta, agora visualizem o inchaço com tonalidades arroxeadas de negro mesmo no centro do topo da minha testa... isso é um galo!!!
O meu ano só podia terminar assim.
Foi um ano negro... de galo!!!
Parti o coração várias vezes, mas fui feliz e chorei. Foram-me diagnosticadas pequenas hérnias cervicais e inflamação do trigémeo o que limitou o meu modo de vida e me fez abandonar ou abrandar muitos dos meus impulsos. Adoptei uma cadelinha caçadora que vive no Lavre e anda atrás de mim para todo o lado. Reencontrei dois grandes amigos e descobri como tinha em mim tantos sonhos por descobrir. O meu irmão saiu de casa e mudei-me para o quarto dele, ainda não o consegui arrumar, durmo num reino de caos aturdida pela boémia do bordel que é o apartamento por cima do meu. A minha vida é quase tudo que eu não queria que ela fosse. Sou uma mulher destruída por dentro, desiludida com o amor e insatisfeita com a minha incapacidade física para fazer o meu trabalho que adoro, às vezes... No meio de todos os escombros, porém, tenho o meu Lavre, o meu monte da vinha queimada onde sou livre, o céu é azul, a natureza alegra-me com as suas dádivas e à noite posso ver as estrelas e respirar.
Resta-me a vã esperança de que o ano que aí vem seja melhor...
A todos os meus amigos um grande bem haja por tudo um beijinho e um 2010 cheio de tudo o que vocês quiserem