Não vamos casar !

Detesto casamentos. Detesto particularmente casamentos de Verão. Detesto as filas de carros a buzinar com merdinhas brancas penduradas nas antenas. Detesto a hipocrisia do casamento, do dia, do contrato e da instituição. Se também detestas algumas destas coisas junta-te ao club

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Criar

Uma lista de compras
uma viagem de sonho
uma fotografia precisa
um mar azul impensado
um luar mais que muito violento
um rasgo de estrada rodeado de flores silvestres
um pensamento insano
uma roda de saia
um plano
uma estratégia
uma andorinha a voar para o beiral
uma volta no rio ao som de uma canção perfeita...

sábado, janeiro 19, 2008

Aniversário

A 18 de Janeiro a minha querida amiga Cristina abre as hostilidades aniversariantes, com uma costumeira jantarada comemorativa, descobrimos um belo restaurante onde se fuma e se come maravilhosamente, um bar super alternativo e o sempre inevitável incógnito, juntámos a pandilha universitária para relembrarmos que há dez anos que fazemos furor juntos, não somos muitos, mas somos os bastantes e estarmos juntos é uma festa que a nada se pode comparar. Depois de incontáveis brindes, novos amigos que se juntam e velhos conhecidos que se encontram, só me resta a todos os ilustres ausentes um pensamento de saudade, aos que estávamos, que em breve nos reencontremos para a festa do meu aniversário.

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Televisão

Na quarta-feira fartei-me de aparecer na televisão, o que diga-se de passagem é coisa que me desagrada sobejamente, o mais ridículo é que quase ninguém que eu conheço (ainda só sei de uma pessoa) me viu... É absurdo, quando eu apareci dez segundos na televisão no jogo do Benfica com a Naval 1º de Maio, aí há uns dois anos, toda a gente me viu, desta vez, que apareci não em um mas em dois canais só uma pessoa é que me viu??!!! Não dá para entender...

quarta-feira, janeiro 16, 2008

A diferença entre dar e vender

Hoje tive um dia de trabalho diferente, na feira de turismo de Lisboa e só posso dizer, dar é muito mais cansativo e trabalhoso que vender.

sábado, janeiro 12, 2008

Morta de trabalho

Hoje tive um dia daqueles, tareão de criar bicho, ainda não tinha tido um dia assim desde que tinha voltado das férias. Hoje o nosso circo estava a pegar fogo, sexta-feira à noite, o habitual dia de feira, apenas com a diferença de que hoje foi particularmente duro, devido à falta de pessoal, ou antes ao excesso de postos de trabalho, ou também pode ter sido do barulho ensurdecedor que o excesso de testosterona estava a criar hoje, não sei porquê, mas hoje andava tudo aos berro, quase ensurdeci com um cliente italiano insuportável de bêbado que não parava de gritar nem um segundo. Tenho um poema dentro de mim a construir-se há dias, mas ainda não o vou dar à luz hoje. O homem dos meus sonhos desapareceu... Amanhã será outro dia, melhor certamente.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Testemunho

Uma semelhança impressionante
no meio da azáfama da horas
o costumeiro reencontro inadiável
com uma história velhinha,
quase morta, quase memória,
e ao longe o teu silêncio,
ao lado a indifença
aqui a ausência...
A chuva vicia a mesma solidão
do amor indecifrável
suspira o sonho desfeito em nuvem
como uma bolinha de fumo
soprada sem querer,
sem pensar...
O amanhã alimenta a dúvida
mobiliza e gera a confusão
distrai-se perdido pela fortuna
e dissipa-se no ocaso da ilusão.

Cuba II

Um dos nossos sítios fetiche em Havana era a loja da Miss Sixty no Hotel Comodoro que me tinha sido recomendada por um casal de amigos que foi lá duas semanas antes de mim, durante a semana toda sonhámos com um banho de civilização e uma orgia de compras baratas nesta loja, durante uma semana planeámos lá ir, quando lá chegámos estava fechada, mas persistentemente esperámos e fomos visitar o hotel Comodoro, o deu entreposto comercial para turistas e as praias de oeste, sendo que tudo era inexplicavelmente uma desilusão, as coisas naslojas custavam o dobro, a praia era um tanque de betão por onde o mar entrava, e foi um trinta e um para conseguirmos entrar no hotel, e um trinta e dois para sairmos, porque queriam à força que fossemos para a piscina deles (a pagar 10 pesos cubanos), enfim voltámos à bendita Miss Sixty para descobrirmos uma loja minúscula que com sorte teria 20 peças de roupa à venda, vencidas pelo fracassso decidimos ir comer um gelado à afamada gelataria "Copélia", que tem supostamente os melhores gelados de Havana, apenas para descobrir uma esplanada com 6 mesas e apenas 5 sabores de gelados. Admitimos entre nós que aquele dia estava condenado a banhadas descomunais e decidimos ir apenas passear à toa, sem expetativas, não podíamos ir para a praia pois estava um dia feio, nublado e fresco, demos corda aos sapatinhos e lá fomos nós satisfazer o nosso desejo de conhecer Havana profunda, autêntica. Subimos o Vedado até à Universidade de Havana e daí entrámos no bairro de Havana centro, onde não havia um único turista para além de nós, exploramos as ruas sujas e decadentes do gueto, onde a beleza colonial ainda resiste a espaços, esbatida numa vivência de miséria, de sobrevivência, de sapatos pendurados nos cabos de electricidade, mercados sujos e obscuros, pessoas tristes e oprimidas pela vida que levam. Claro que depois de muito resistirmos ao assédio contínuo a que os turistas são sujeitos, fomos agrafadas por três senhoras e uma menina de nomes impronunciáveis que se ofereceram para nos levar à "Santeria", que é um templo-quarteirão da religião afro-americana, meio vodu, meio mãe de santo, pintado de uma ponta à outra por um artista cubano chamado Salvador, num estilo absolutamente próprio. Depois de nos chularem as mais caras bebidas de Havana, o negrum (que é um mojito que em vez de hortelã leva manjericão e em vez de açucar leva mel), bastante agradável por sinal, lá nos deixaram partir exaustas para a continuação do nosso passeio que acabou um pouco mais à frente no Malecon (passeio marginal de Havana, que se extende por quase toda a parte da cidade que confina com o mar), onde apanhámos o nosso primeiro coco taxi para uma das mais vertiginosas viagens para o nosso querido Hotel Plaza, onde nos esperava o barulho ensurdecedor das obras de construção do hotel em frente.
Isto tudo porquê? Porque na 2ª-feira, fui ao Freeport com uma das minhas amigas que foi comigo para Cuba e quando entrámos na loja da Miss Sixty (vinhamos nós a relembrar este episódio das nossas férias), tiraram o CD de música indiana que estava a tocar e puseram os Buena Vista a cantar a mais maravilhosa música cubana. Coincidência? Hilariantemente delicioso.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

o melhor da vida são osamigos

Eu sei que isto é um cliché, mas é tão importante para mim que não posso deixar de referi-lo, até louvá-lo,os meus amigos são a família que eu tive oportunidade de escolher, e só posso agradecer a deus por eles... Sei que me entristeço à mesma, porque nem tudo pode ser tão perfeito quanto eles, e mesmo eles, a espaços, me entristecem, falham as expetativas (acho que as consoantes mudas já morreram), falham os telefonemas, as palavras. Mesmo assim há sempre aqueles que me relembram todos os dias que eu importo, que eu faço a diferença, que a minha presença é um marco na vida deles. Só eles me trazem o conforto ao mais fundo da minha solidão. E agora num cenário em que sou acossada para o meu lar, apenas eles o podem alegrar com a magia da sua visita, dos jantares e das leituras pela noite fora, da intimidade, segredo que partilhamos quase sem sabermos. A todos um grande obrigada!!!

terça-feira, janeiro 01, 2008

Feliz Ano Novo

Esperava há tanto tempo aquele beijo que nem sabia. Fez-me o céu de feliz.