Não vamos casar !

Detesto casamentos. Detesto particularmente casamentos de Verão. Detesto as filas de carros a buzinar com merdinhas brancas penduradas nas antenas. Detesto a hipocrisia do casamento, do dia, do contrato e da instituição. Se também detestas algumas destas coisas junta-te ao club

domingo, janeiro 25, 2009

A milagrosa agulha na orelha direita

A primeira vez que fiz acupunctura tinha quinze anos e desde então de forma intermitente tenho recorrido a ela em agonias que a medicina tradicional não pode solucionar. A minha doença muscular crónica é a primeira mazela que eu fiz no desempenho do meu trabalho e não há relaxante muscular que consiga acalmar as minhas dores agonizantes nas costas, provocadas pela rapidez e intensidade com que faço os movimentos repetitivos, posturalmente incorrectos que são necessários no decorrer do meu trabalho. Além da maleita física propriamente dita, esta condição deixa-me emocionalmente deprimida ao pensar que se eu não me curar vou ter de a médio-longo prazo ter de deixar a carreira mais encantadora que eu tive até hoje, não consigo expressar sequer o fracasso pessoal e profissional que isso significaria para mim, ou tão pouco a angústia que eu sinto nestas alturas, felizmente a acupunctura veio novamente dar-me uma pequena ajuda através de uma pequena agulha que trago permanentemente inserida na minha orelha direita e que me retira a ansiedade, pode até ser psicológico mas esta agulha minúscula faz-me sentir bem, o mundo deixa de parecer tão negro e tenebroso e isso já é muito importante. E amanhã mais uma vez, vou para o oitavo dia de trabalho consecutivo e segunda-feira fisioterapia comigo, esperam-me mais quinze sessões, com o preparador físico da Naide Gomes, desta vez estou cheia de esperança que ele me ponha bem, mas a agulhinha, essa acho que nunca mais a vou dispensar.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

As encruzilhadas

Há certas coisas na vida das quais nunca nos conseguimos libertar, construímos a nossa personalidade e nosso carácter com base em opções de vida e nas suas respectivas consequências. Assim cresci e me tornei na pessoa que sou, uma parte de genética combinada com partes desiguais do que aprendi e do que vivi, como já muitas vezes tive oportunidade de frisar vivo no meu mundo, cheia das minhas certezas, das minhas estruturas mentais, dos meus danos emocionais e da felicidade social que tive a sorte de encontrar, depois de muito lutar contra mim própria consegui libertar-me dos fastasmas dos meus últimos amores infelizes, apenas para ir desencantar ao baú o fantasma do único amor verdadeiramente feliz que vivi, e agora trago-o comigo todos os dias, mesmo quando o tento silenciar em braços e afectos levianos, ele relembra-me que este "nós" fui eu que destruí, e agora a distância e a responsabilidade nos mantêm afastados do nosso mundo de sonho perfeito. E agora o que fazer? Como fugir a isto e a tudo o que despertou em mim? Por onde posso ir?

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Lisboa é uma aldeia

No nosso país existe a ideia generalizada de que Lisboa é uma grande cidade, sobriamente cosmopolita na sua pequenez, onde as pessoas são insensíveis e individualistas, mas isso é um mito e eu que trabalho na taberna central cá do sítio apenas posso testemunhar que todos os perdidos se encontram lá.

sábado, janeiro 17, 2009

"O estranho caso de Benjamim Button"

"A vida é feita de oportunidades, até daquelas que perdemos"

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Sempre a bater com a cabeça contra paredes

Mais uma vez deus no seu escritório a rir-se às gargalhadas das minhas ilusões.

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Crise? Qual crise?

terça-feira, janeiro 13, 2009

"Satellite of love

Satellite's gone up to the sky
things like that drive me out of my mind
I watched it for a litle while
I love to watch things on tv
Satellite of love
Satellite of love
Satellite's gone way up to Mars
sooner we'll be filled with parking cars
I watched it for a litle while
I love to watch things on tv
Satellite of love
Satellite of love
monday
tuesday
wednesday
friday..."

Lou Reed, MDH Band and Milla Jovovich
in Soundrack of "Million Dollar Hotel"

Ser no meu mundo

Sou poeta perdida das palavras
encontro-me em caminhos
opacos, vagos, desmaiados
perco-me nos teus braços
em rumores enviesados, sumidos
não peço nada mas desejo tudo
em sonhos entrelaçados de outras solidões
sossego nas manhãs de fragas
límpidas, vastas, acumuladas
espero pelo fracasso
como fatalidade inevitável
desta vida corrente e espessa
neste mar de gente de almas confusas
resgatadas a fogo pela fortuna
não sei de mim, nem sei de nada
apenas sei que não posso ousar
querer ou amar ou sequer sentir.

sábado, janeiro 10, 2009

Casar definitivamente

Hoje à tarde num programa de televisão ouvi a propósito de uma artista que ela ía casar-se definitivamente e talvez tenha sido a frase mais absurda que já alguma vez ouvi sobre casamento, particularmente utilizada para a pessoa em questão, que sendo uma estrela do mundo da música, dificilmente se casará definitivamente. O que eu não compreendo é como alguém faz uma tradução para um programa de televisão não tendo conhecimento do significado das palavras de nenhuma das línguas que está a traduzir. O que é casar definitivamente? Será o oposto de casar provisoriamente? Enfim, deve ser mais uma daquelas coisas que as pessoas com problemas de compromisso como eu não compreendem, ou então apenas mais uma bacorada televisiva derivada das más traduções que se fazem, uma coisa é certa, é uma verdadeira pérola temática.

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Sindicalismo

Quando tirei o meu curso uma das suas componentes óbvias era o sindicalismo, isto provocou em mim um efeito intelectual semelhante aos partidos políticos, ou seja, compreendo o conceito, mas não tenho interesse em participar dele, nunca calculei que isso fosse criar algum problema par mim, uma vez que além de não existirem muitos politólogos, poucos exercem funções e estamos bem longe de ser uma força laboral importante, ou sequer uma força laboral, até aqui tudo bem, o busilis começa a tomar forma à medida que os meus colegas e chefias do trabalho que desempenho hoje em dia começam a descobrir e tomar consciência das minhas capacidades intelectuais e académicas. No jogo existem dois sindicatos (como na generalidade das outras profissões), o primeiro afecto a uma ala supostamente de esquerda passou o Verão todo a aliciar-me para ser representante dos trabalhadores do meu Casino, como considero que as intervenções desta força sindical não podem de maneira nenhuma salvaguardar os meus interesses, aliado à minha vontade de abandono e afastamento total de tudo o que envolva política, declinei repetidamente o convite, mas até aqui tudo bem, ainda. A verdadeira questão levantou-se quando o segundo sindicato me veio aliciar, e desta feita, depois dos episódios do meu martírio pessoal, comecei a ganhar vontade de intervir politicamente na defesa dos meus interesses e esta semana sindicalizei-me, mas ainda estou com alguns problemas do foro intelectual, sendo o mais importante o estar este sindicato afecto à UGT, que por sua vez está afecto à força política mais destruidora, autoritária e desumana que este país alguma vez elegeu em eleições livres, depois deste problema tenho um recém descoberto dilema, eu tenho vontade de voltar à política, de participar activamente na luta para a melhoria das minhas (nossas) condições de trabalho que se depauperam a cada dia que passa, mas por outro lado tenho medo de ser outra vez arrastada para um mundo que reneguei por princípios morais, mas lá está, não há nada como experimentar, e pode ser que consiga por becos e travessas inimagináveis realizar o meu verdadeiro sonho de intervenção social.

terça-feira, janeiro 06, 2009

Feliz ano Novo (ou Bom Ano da Crise)

Peço desde já desculpas por só estar a desejar as Boas Festas agora (na verdade ainda vai a tempo dos Reis) mas lá diz o velho ditado que mais vale tarde do que nunca, e este ano resolvi entrar verdadeiramente neste espírito e tenho andando a tentar recuperar o tempo perdido, portanto a todos desejo muita saúde, bons empregos e dinheiro farto, muita sorte (porque a vida é feita de acasos), muitos encontros com amigos, (e como eu sou uma lamechas sentimentalista inveterada) muito amor e carinhos intermináveis e ainda um beijinhos e um abraço muito apertado. Voltem sempre e obrigada.