Não vamos casar !

Detesto casamentos. Detesto particularmente casamentos de Verão. Detesto as filas de carros a buzinar com merdinhas brancas penduradas nas antenas. Detesto a hipocrisia do casamento, do dia, do contrato e da instituição. Se também detestas algumas destas coisas junta-te ao club

sexta-feira, dezembro 31, 2004

Parabéns, bloguinho do coração, vais passar pela 1ª vez de ano!!!! Weeeee!!!!

É verdade, este ano está-se a acabar. Depois de amanhã já terás um ano diferente para escrever. Este ano foi bem extraordinário em muitos sentidos. Literalmente. Vivi este ano quase todo no Fundão. Excepto os fins-de-semana e o meio mês antes e este último mês depois. Saí pela 1ª vez de Lisboa, de casa, da Pontinha. Foi bom, houve algumas vezes em que foi verdadeiramente fantástico. As saudades de certos elementos humanos, pessoais, laborais, pós-materiais, paisagísticos, populares, topográficos são autênticas e infinitas, principalmente no lastro das memórias doces e boas que guardo de lá. Fundão, minha terrinha de adopção, lindinha do coração, tudo a acabar com ão, porque rima sempre contigo, Fundão. Ninguém na minha família próxima ou amigos morreu, graças a deus. Fui muito feliz no trabalho, muitas vezes. Li todos os jornais nacionais e reginais, o que foi muito, mas muito bom. Fui apenas 1 vez à Assembleia da República. Estou desempregada, novamente, espero que para o ano não esteja. É o meu 2º maior desejo. O 1º desejo é (ai! que horror, quando pensei nisto pareci-me como a cinha jardim, Hurrrgh!!! Nojo. Mas eu já dizía isto antes, creiam-me!) que a minha rica mãezinha tenha muita saúde, para ir fazendo os seus livritos. Muito bons, a sério. Sei que é pretensioso porque ela é minha mãe, mas é assim, se quiserem comprovem (Página Seguinte 10º e 11º anos de escolaridade). Vou poupar os meus parcos leitores a uma descrição do resto da lista de Desejos, mas posso sempre guardar o desejo de não vamos casar, se ainda houver algum vago, e mesmo que não haja. Ou não.



A todos desejo um bom 2005 com tudo o que quiserem, à descrição (também rima com Fundão!
hihihihi)
Feliz 2005
Beijinhos e abracinhos


quarta-feira, dezembro 29, 2004

o meu irmão nasceu há 22 anos

terça-feira, dezembro 28, 2004

Como até aos Reis ainda é Natal...

Natal... Na província neva

Natal... Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.

Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,
Stou só e sonho saudade.

E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!

Fernando Pessoa
Notícias Ilustrado, nº 29, 30 de Dezembro de 1928

A crueldade da Natureza

Não consigo imaginar o que se está a passar, neste momento, principalmente desde a madrugada do dia de Natal, no outro lado do mundo. As entranhas da terra têm um poder sobrehumano que, quando aliado ao poder sobrenatural do mar podem despoletar catástrofes como esta. Que os milhares de mortos descansem em paz, que os milhares de feridos possam ser assistidos na medida do possível e aos que sobrevieram intactos que possam prosseguir a sua vida e algum dia ultrapassar o terror que se instalou nas suas vidas.
Estas coisas realmente tornam ridículas as nossas aflições.

sábado, dezembro 25, 2004

E pronto, tá o Natal passado

O meu avô depois do jantar de Natal, relembra-nos sempre que minha bisavó depois do jantar do dia de Natal exclamavasempre: "E pronto! Está o Natal passado!!!". E assim é. Mais um ano, mais um Natal passado, mais umas prendas estapafúrdias e sem valor, mais uma maratona de comida, lavagem de loiça e avarias gastronómicas e pronto, está o Natal passado. E o espírito não veio. Agora também já não virá certamente. Ainda tem uns minutos, ms poucos. Sobre a mensagem de Natal do primeiro ministro (ele esqueceu-se do demissionário, mas tenho cá para mim que foi de propósito) não voutecer comentários. Que o próximo seja melhor, ou pelo menos igual a este.

sexta-feira, dezembro 24, 2004

A vida é dura! Principalmente no Natal

Ainda estou à espera que o espírito de Natal chegue. Tarda. Talvez só apareça no Natal do ano que vem. Quem sabe? Sei, sim, que é difícil, por demais, continuar nesta luta inglória de todos os dias. Enfim. A direcção da Caixa Geral de Depósitos demitiu-se. Só me apetece dizer asneiras, palavrões, daqueles do piorio. Mas não os escrevo, só os penso. "Sim, porque isto ainda é um blog decente!". Esta frase tem uma pitada de sarcasmo, para os que o compreendem. Adoro o Orçamento de Estado Verde. O documento contabilístico mais importante do nosso sistema político (porque distribui o dinheirinho), transformado na maior fantochada, uma tentativa de queimar os últimos cartuchos no aparelho, a fazer pré-campanha eleitoral. Por Favor?!!! Para as pessoas prceberem melhor o que é o Orçamento do Estado? Por favor!!! Peço a todas as pessoas que nunca viram um Orçamento de Estado para não ficarem a pensar que é aquilo. É uma coisa séria. Um documento oficial, elaborado pelo Governo, aprovado pela Assembleia da República e promulgado pelo Presidente da República. É uma Lei. Vem publicada no Diário da República. É público. Quem desejar vê-lo, consultá-lo, analisá-lo, tomar conhecimento das opções políticas inerentes a ele, facilmente tem acesso a ele. Não tem fotografias. Será que, de repente, os portugueses precisam que lhes "expliquem" o que é o Orçamento de Estado. Principalmente quando apresentam um folhetim em bom papel, com boas fotografias, com uns gráficos prospectivos totalmente dementes em relação ao futuro imediato do nosso país, e umas letras enormes a explicar como este(s) Governo(s) geriu tão bem o nosso país. É uma vergonha, mas a cartelização dos Partidos Políticos permite que eles abusem do aparelho de Estado com uma maior impunidade e aquiescência, porque começa a ser normal. É inadmissível. Por Favor governem o nosso país!!! Deixem-se de tretas e resolvam os problemas verdadeiramente importantes.

quarta-feira, dezembro 22, 2004

Uma casa pós-materialista

Em minha casa há toneladas de papelada que de quando em quando têm de ser enviados para a reciclagem. A minha colecção de jornais, as provas dos livros da minha mãe, os folhetos de publicidade dos 20 mini, super e hiper mercados das redondezas, e os envelopes, os milhares de envelopes que a minha mãe teima em guardar religiosamente. Enfim, hoje já passei sete horas a meia a encher os 17 sacos que eu e o meu irmão vamos levar para a reciclagem. E ainda não acabou...

Para a Piteca um grnde beijinho de Parabéns porque ela consegui passar mais uma fase. Sabes que estou atorcer por ti e se precisares de assistência, é só dizer.

terça-feira, dezembro 21, 2004

A insustentavel leveza da imaginação

O melhor do mundo é imaginar, construir castelos nas nuvens e morar lá, mesmo que só por breves instantes, mesmo que durante os sonhos, ou outras divagações de outros tipos.
Adoro pintar o mundo a meu gosto, com as minhas pessoas perfeitas a agirem de forma perfeita, um mundo em tons de rosa, tépido e extraordinariamente agradável, como um fim de tarde na esplanada a olhar o mar.

sexta-feira, dezembro 17, 2004

Gosto de ti porque és uma pessoa maravilhosa!!!

Nunca esperei gostar de ti, na altura, como agora, nao penso nisso, porque apenas consigo gostar ainda mais de ti. Certamente porque não gostas de mim. No entanto, não consigo deixar de admitir que és uma pessoa fantástica, verdadeiramente maravilhosa, o mais próximo que encontrei da minha pessoa perfeita. Um grande obrigada por seres pelo menos, meu grande amigo do coração.
Passaste toda esta noite na minha cabeça.

quarta-feira, dezembro 15, 2004

O Natal e o Benfica

Justo agora que eu estava apostada em voltar a ser uma entusiasta do Natal e do Benfica, os conceitos em si minaram-se de uma patologia derrotista que me tira do sério.
Ambos patrocinados pela coca-cola, vestidos de vermelho e branco, sim, porque o uniforme de Pai Natal podia muito bem ser o equipamento de treino do Benfica, ou de jogo. Será que mesmo que estivessem a jogar contra onze jogadores deitados no chão a rir eles perdiam? Ou será que têm perdido por solidariedade com o Porto, neste momento difícil. Mas isso não justifica jogarem mal como o raio e ter quase metade da equipa lesionada. É muito triste.
O Natal não está assim tão negro. Fiz a árvore de Natal. Está bonita. Mas o espírito Natalício ainda não chegou, ainda não o sinto. Será que também ficou lá no Fundão, espero encontrá-lo para o trazer.

Espero que o Benfica ganhe o próximo jogo. Se arranjasse bilhetes e fosse ao estádio podia ser que eles ganhassem... Será que haveria vantagem em ir vestida de mãe Natal? (variação feminina do Pai Natal, que surgiu com a emancipação da figura da mulher - sempre como mãe, claro - também patrocinada pela coca-cola. Va lá, só desta vez...

sábado, dezembro 11, 2004

O Príncipe

"És mágico. O teu sorriso enternece qualquer mulher. Desejo que toda a força que necessitas te acompanhe. É imperativo que venças."*

*excerto de uma carta encontrada num livro em segunda mão

quarta-feira, dezembro 08, 2004

O casamento

Um casal, digamos a Maria e o Manuel, decidem casar. 1º Ele tem de lhe pedir a mão num acto simbólico em que tem de lhe oferecer um anel de noivado; 2º Começa o ano em que estas duas alminhas e suas respectivas famílias vão levar para preparar uma cerimónia de umas horas, na maior parte das vezes meio dia. 3º As escolhas: têm de escolher a igreja, o copo de água, o vestido, o fato e os restantes vestidos, os convites, as flores, as ementas, o fotógrafo, o cabeleireiro, os convidados, a lista de casamento, a lua-de-mel, entre outras coisas, pois aposto que ficam algumas por fazer; 4º A conta bancária a descer constantemente peo absurdo de dinheiro que estas coisas custam; 5º Todas as discussões e desavenças que vão surgir; 6º Os ensaios e as provas;
E agora digam-me: para quê gastar este dinheiro todo, num só dia??? Francamente, com tantas crianças a morrer de fome!!! E muitos deles para passarem um casamento inteiro a discutir e separarem-se ou divorciarem-se passado semanas, meses ou anos. OU NÃO.
Digamos que depois de toda esta trabalhareira e despesa toda,o Manuel e a Maria chegam à sua casa casados. Valeu a pena? Não era muito mais simples ir ao registo civil e fazer uma almoçarada a seguir?
Realmente o amor tem de ser muito arrebatador para embarcar nesta aventura.
E estou a falar só do casamento, não estou sequer a pegar noutros desenvolvimentos que acompanham um casal nesta fase, casa, filhos, nunca se sabe, isto é só uma hipótese. Tudo isto pode até fazer muito sentido. Ou não...

O cântaro rachou! Estás prestes a partir...

Política

Política é poder
Política é falar
Política é fazer
Política é mandar
Política é responder
Política é analisar
Política é crescer
Política é confirmar
Política é exercer
Política é trabalhar
Política é proteger
Política é discursar
Política é dizer
Política é actuar
Política é prever
Política é tagarelar
Política é entredizer
Política é prezar
Política é convencer
Política é efectuar
Política é merecer
Política é reanimar
Política é lutar
Política é compreender
Política é esperar
Política é saber
Política é transformar
Política é querer
Política é mentalizar
Política é esclarecer
Política é avaliar
Política é defender
Política é optar
Política é perceber
Política é contabilizar
Política é perder
Política é ganhar
Política é sofrer
Política é equacionar
Política é vencer
Política é solucionar
Política é desenvolver
Política é realizar
Política é satisfazer
Política é alcançar
Política é escrever
Política é jogar
Política é conceber
Política é amar
Política é viver



sábado, dezembro 04, 2004

Lar é onde penduramos o chapéu

Tudo o que eu posso precisar, tenho-o aqui. Todavia, não há nada que me faça feliz. Serei normal não me contentar com nada? Será normal nada me agradar? Será deste mundo? Será de mim?

sexta-feira, dezembro 03, 2004

Até à próxima Fundão

Este é o primeiro post que escrevo em casa.
Quando terminei a ponderação sobre voltar ou ficar no Fundão, ao decidir vir para Lisboa, porque esses foram os valores mais altos que se levantaram*, nunca pensei o quão dolorosa íria ser deixar essa bela terra "placidamente recostada na Gardunha".
Foi muito triste, não digo trágico ou dramático, pela certeza que tenho de ainda lá voltar muitas vezes. Nunca imaginei o grau e a quantidade do capital de amizade que ganhei lá. Não vou dizer nenhum nome, nem especificar qualquer das inúmeras experiências maravilhosas que por lá passei, mas terei sempre vontade de ir ao Festival do Xisto, ao Cale, à semana da cereja e ao Imago (já para não falar das Assembleias Municipais). Já estou cheia de saudades e desejosa por lá voltar. Infelizmente, e numa perspectiva racionalista e lógica, já não podia continuar a fazer tantos km e gastar tanto dinheiro em gasolina e portagens, para não falar das horas de viagem.
A todos os fundanenses, alguns mais particularmente, um grande bem haja do fundo do meu coração.
*A minha mãe, pessoa que eu mais amo no mundo e me fez a pessoa que sou.