quinta-feira, março 30, 2006
"FORA DA ORDEM
Vapor Barato, um mero serviçal do narcotráfico,
Foi encontrado na ruína de uma escola em construção
Aqui tudo parece que é ainda construção e já é ruína
Tudo é menino e menina no olho da rua
O asfalto, a ponte, o viaduto ganindo pra lua
Nada continua
E o cano da pistola que as crianças mordem
Reflete todas as cores da paisagem da cidade que é muito
mais bonita e
muito mais intensa do que um cartão postal
Alguma coisa está fora da ordem
Fora da nova ordem mundial
Escuras coxas duras tuas duas de acrobata mulata,
Tua batata da perna moderna, a trupe intrépida em que fluis
Te encontro em Sampa de onde mal se vê quem sobe
ou desce a rampa
Alguma coisa em nossa transa é quase luz forte demais
Parece pôr tudo à prova, parece fogo, parece, parece paz
Parece paz
Pletora de alegria, um show de Jorge Benjor dentro de nós
É muito, é grande, é total
Alguma coisa está fora da ordem
Fora da nova ordem mundial
Meu canto esconde-se como um bando de ianomânis
na floresta
Na minha testa caem, vêm colar-se plumas de um velho cocar
Estou de pé em cima do monte de imundo lixo baiano
Cuspo chicletes do ódio no esgoto exposto do Leblon
Mas retribuo a piscadela do garoto de frete do Trianon
Eu sei o que é bom
Eu não espero pelo dia em que todos os homens concordem
Apenas sei de diversas harmonias bonitas possíveis sem juízo final
Alguma coisa está fora da ordem
Fora da nova ordem mundial"
quarta-feira, março 29, 2006
Poderia o amor ser uma carta?
Poderia ser posta pelo carteiro na pequena caixa de alumínio, ou por debaixo da porta, à socapa, ou até ser entregue em mão numa tarde soalheira e lânguida.
terça-feira, março 28, 2006
Vejam só
Dia C de Champions League
segunda-feira, março 27, 2006
A história de Portugal
Tudo começou com um tal Henriques que não se dava bem com a mãe e acabou por se vingar na pandilha de mauritanos que vivia do outro lado do Tejo.
Para piorar ainda mais as coisas, decidiu casar com uma espanhola qualquer e não teve muito tempo para lhe desfrutar do salero porque a tipa apanhou uma camada de peste negra e morreu. Pouco tempo depois, o fulano, que por acaso era rei, bateu também as botas e foi desta para melhor. Para a coisa não ficar completamente entregue à bicharada, apareceu um tal João que, ajudado por um amigo de longa data que era afoito para a porrada, conseguiu pôr os espanhóis a enformar pão e ainda arranjou uns trocos para comprar uns barcos ao filho que era dado aos desportos náuticos. De tal maneira que decidiu pôr os barcos a render e inaugurou o primeiro cruzeiro marítimo entre Lisboa e o Japão com escalas no Funchal, Salvador, Luanda, Maputo, Ormuz, Calecute, Malaca, Timor e Macau. Quando a coisa deu para o torto, ficou nas lonas só com um pacote de pimenta para recordação e resolveu ir afogar as mágoas, provocando a malta de Alcácer-Quibir para uma cena de estalo.
Felizmente, tinha um primo, o Filipe, que não se importou de tomar conta do estaminé até chegar outro João que enriqueceu com o pilim que uma tia lhe mandava do Brasil e acabou por gastar tudo em conventos e aquedutos. Com conventos a mais e dinheiro menos, as coisas lá se iam aguentando até começar tudo a abanar numa manhã de Novembro. Muita coisa se partiu. Mas sem gravidade porque, passado pouco tempo, já estava tudo arranjado outra vez, graças a um mânfio chamado Sebastião que tinha jeito para o bricolage e não era mau tipo apesar das perucas um bocado amaricadas. Foi por essa altura que o Napoleão bateu à porta a perguntar se o Pedro podia vir brincar e o irmão mais novo, o Miguel, teve uma crise de ciúmes e tratou de armar confusão que só acabou quando levou um valente puxão de orelhas do mano que já ia a caminho do Brasil para tratar de uns negócios. A malta começou a votar mas as coisas não melhoraram grande coisa e foi por isso que um Carlos anafado levou um tiro nos coiratos quando passeava de carroça pelo Terreiro do Paço. O pessoal assustou-se com o barulho e escondeu-se num buraco na Flandres onde continuaram a ouvir tiros mas apontados a eles e disparados por alemães. Ao intervalo, já perdiam por muitos mas o desafio não chegou ao fim porque uma tipa vestida de branco apareceu a flutuar por
cima de uma azinheira e três pastores deram primeiro em doidos, depois em mortos e mais tarde em beatos. Se não fosse por um velhote das Beiras, a confusão tinha continuado mas, felizmente, não continuou e Angola continuava a ser nossa mesmo que andassem para aí a espalhar boatos. Comunistas dum camandro! Tanto insistiram que o velhote se mandou do cadeirão abaixo e houve rebaldaria tamanha que foi preciso pôr um chaimite e um molho cravos em cima do assunto. Depois parece que houve um Mário qualquer que assinou um papel que nos pôs na Europa e ainda teve tempo para transformar uma lixeira numa exposição mundial e mamar duas secas da Grécia na final.
E o Cavaco?
O Cavaco foi com o Pai Natal e o palhaço no comboio ao circo.
FIM"
Os Maias
domingo, março 26, 2006
A matilha
vagabudeavam
sempre juntos,
pela praceta,
pelas ruas em L.
Nenhum é parecido
com o próximo,
diferem absolutamente
em tamanhos, cores,
género e idade.
Conhecem os carros,
distinguem as pessoas,
são cães vadios,
ninguém lhes conhece
qualquer nome,
qualquer alcunha sequer.
Passam o dia em aventuras
procuram o arco-íris
sem o saber,
sem o poder ver tão pouco,
os cães não conseguem ver a cor.
Cheiram a relva,
desconhecem, porém,
que é verde.
Como será o mundo
visto aos olhos da matilha?
A noite em que a hora foi roubada
O Romance do dj
sábado, março 25, 2006
A arte de arrumar
sexta-feira, março 24, 2006
Ontem acabou o processo, hoje começou a Odisseia
Bom dia!!!
quinta-feira, março 23, 2006
É a emoção dos últimos minutos das meias finais da taça
Acabou o processo
Os cogumelos assassinos
O pastor
aquelas ainda frescas
pastagens na serra
pastoreavas
o teu rebanho
por baixo de um céu imenso
por entre os rumores
das flores e folhas que nascem
dos frutos que se geram
para maturar.
quarta-feira, março 22, 2006
O meu instinto
"O pobre tolo
És morto e vivo. No teu ser floresce
Aquela cerejeira de outros tempos...
E nele esvoaça etéreo passarinho,
Que no teu pensamento continua
A cantar e a voar, como perdido...
E paira, sempre à flor das tuas mágoas,
Aquela névoa, dolorida e abstracta,
No derradeiro hálito da luz.
(...)"
A recorrência das coisas
terça-feira, março 21, 2006
Dia Mundial da poesia
O poema é
A liberdade
Um poema não se programa
Porém a disciplina
-Sílaba por sílaba -
O acompanha
Sílaba por sílaba
O poema emerge
- Como se os deuses o dessem
O fazemos"
Bom dia, Primavera!
Sobre o Desassossego (em capítulos do livro do mesmo)
Dois, Três dias de semelhança de princípio de amor...
Tudo isto vale para o esteta pelas sensações que lhe causa. Avançar seria entrar no domínio onde começa o ciúme, o sofrimento, a excitação. Nesta antecÂmara da emoção há toda a suavidade do amor sem a sua profundeza - um gozo leve, portanto, aroma vago de desejos; se com isso se perde a grandeza que há na tragédia do amor, repare-se que, para o esteta, as tragédias são coisas interessantes de observar, mas incómodas de sofrer. O próprio cultivo da imaginação é prejudicado pelo da vida. Reina quem não está entre os vulgares.
Afinal, isto bem me contentaria se eu conseguisse persuadir-me que esta teoria não é o que é, um complexo barulho que faço aos ouvidos da minha inteligência, quase para ela não perceber que, no fundo, não há senão a minha timidez, a minha incompetência para a vida.
116.
Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas ( como a dança e o representar) entretretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana.
Não é esse o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é uma expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois ninguém fala em verso."
Bernardo Soares, O Livro do desassossego
segunda-feira, março 20, 2006
A latitude dos dias
domingo, março 19, 2006
A nossa aventura interminável
Onde os ecos da nossa afeição
ressoassem inconsequentes.
Queria que nada do que aconteceu
houvesse acontecido,
que todas as pessoas
me desconhecessem
te desconhecessem.
Queria a paz fosse do nosso amor
como é a impossibilidade.
Queria-te longe
mas estás sempre comigo
até na ausência.
Queria matar este amor,
porém ele sobrevive
a todas as trovoadas
aos invernos frios,
aos verões abrasadores,
percorre docemente as primaveras
e queda-se em folhas por entre os Outonos.
Sempre que vai, volta.
Nos momentos que cessa,
assusta e insiste.
Voando nas nuvens
Palavras - leva-as o luar
hoje estão
desvairadas
diabólicas
perdidas.
Flutuam por caóticas
ideias sem destino
sem razão
sem perícia.
Amarram-se
e perdem-se
soltam-se sem saber
o que dizer
o que exclamar enfim.
Carpem diem
depois de acabar os estudos,
depois de arranjar trabalho,
depois de casarmos,
depois de termos um filho,
depois de termos outro filho.
Enão, sentimo-nos frustrados porque os nossos filhos ainda
não são suficientemente crescidos e julgamos que seremos mais
felizes quando crescerem e deixarem de ser crianças.
Depois, desesperamos porque são adolescentes,insuportáveis.
Pensamos: "Seremos mais felizes quando esta fase acabar!"
Então, decidimos que a nossa vida estará completa quando o
nosso companheiro ou companheira estiver realizado...
Quando tivermos um carro melhor...
Quando pudermos ir de férias...
Quando conseguirmos uma promoção...
Quando nos reformarmos...
A verdade é que
NÃO HÁ MELHOR MOMENTO PARA SER FELIZ DO QUE AGORA !
Se não for agora, então quando será?
A vida está cheia de depois... É melhor admiti-lo e decidir
ser feliz agora, de todas as formas.
Não há um depois, nem um caminho para a felicidade, a
felicidade é o caminho e é AGORA!
Deixa de esperar até que acabes os estudos...
até que te apaixones...
até que encontres trabalho...
até que te cases...
até que tenhas filhos...
até que eles saiam de casa...
até que te divorcies...
até que percas esses 10kg...
até sexta-feira à noite ou Domingo de manhã...
até à Primavera, o Verão, o Outono ou o Inverno,
ou até que morras...
para decidires então que não há melhor momento do
que justamente ESTE para seres feliz!
A felicidade é um trajecto, não um destino.
Trabalha como se precisasses de dinheiro...
AMA como se nunca te tivessem magoado
e dança como se ninguém estivesse a ver!
Envia esta mensagem a todos quantos consideras amigos e
aqueles a quem desejas toda a felicidade do mundo!"
sábado, março 18, 2006
A praticabilidade do que é
sexta-feira, março 17, 2006
Pronto já está
quinta-feira, março 16, 2006
A arte de fazer a guerra e as pazes
A questão do encerramento das maternidades
Jorge Palma
"O meu amor existe
O meu amor tem lábios de silêncio
e mãos de bailarina
e voa como vento
e abraça-me onde a solidão termina
O meu amor tem 30 mil cavalos
a galopar no peito
e um sorriso só dela
que nasce quando a seu lado me deito
O meu amor ensinou-me a chegar
sedento de ternura
sarou as minhas feridas
e pôs-me a salvo para além da loucura
O meu amor ensinou-me a partir
nalguma noite triste
mas antes ensinou-me a não esquecer
que o meu amor existe."
Para ti
Podes te calar ou tentar redimir
Mas aos anjos caídos
não crescem novas asas
E as palavras quando ditas
São irrevogáveis.
quarta-feira, março 15, 2006
A lua
terça-feira, março 14, 2006
Chegou a Primavera
Acho que vou montar o saco de boxe, calçar as luvas e esmurrá-lo até à exaustão. Sinto-me um instrumento de cordas, tão tensas que ao vibrar parecem prestes a partir. O mais absurdo é que se eu não tivesse estes nervos colados a mim feitos lapas, e fosse igual a mim prórpia, fazia o exame com uma perna às costas, mas começo a sentir uma verdadeira incapacidade de os controlar, além dee ter a noção de estar a construir uma verdadeira tempestade num cálice de água. E ainda faltam 3 dias...
segunda-feira, março 13, 2006
Insuportável
Certamente que a classe cortesã sempre teve uma inegável, e até, por vezes fundamental, no desenrolar de certos episódios históricos, mas por favor, as putas são putas, nem sequer são gueixas, que sempre são putas melhor educadas e bem polidas.
São putas, e perdoem-me a linguagem, mas estou mesmo indignada com uma certa puta, que julga que dormir com x lhe dá direito a tudo e para tudo.
É verdadeiramente asqueroso, principalmente por um pretensiosismo ostensivo, pela rudeza e mal-criação, sim, porque esta alminha antes de poder ser sequer educada ainda tinha de comer muito pãozinho.
E o pior, a canalhice suprema é que estas ditas putas safam-se sempre e passam por cima de tudo. Até ao dia em que envelhecem, cansam, aborrecem, enfim, será até ao dia...
As histórias para sempre por contar
E assim se perde um campeonato
sábado, março 11, 2006
As teias que a vida nos tece
Multiplico por cinco
oito, onze, dezassete
trinta e cinco
sessenta e um
por dois
e por dois e meio.
Desço.
Arrumo tudo.
Fumo um cigarro
enquanto o Sporting ganha
em Alvalade
na Alvaláxia.
Hoje foi um dia bom. Seu nome? Surreal
sexta-feira, março 10, 2006
A diferença da dimensão dos dias
quinta-feira, março 09, 2006
A seguir de um dia de sol...
E já agora, aqui fica um grande poema de uma grande mulher e poetiza
Viver! Beber o vento e o sol! Erguer
Ao céu os corações a palpitar!
Deus fez os nossos braços pra prender,
E a boca fez-se sangue para beijar!
A chama, sempre rubra, ao alto a arder!
Asas sempre perdidas a pairar!
Mais alto até estrelas desprender!
A glória! A fama! O orgulho de criar!
Da vida tenho omel e tenho os travos
No lago dos meus olhos de violetas,
Nos meus beijos estáticos, pagãos!
Trago na boca o coração dos cravos!
Boémios, vagabundos, e poetas,
Como eu sou vossa Irmã, ó meus Irmãos!"
Dia da Mulher
quarta-feira, março 08, 2006
O sonho persiste
Pronto
Mas a maior preocupação ainda é o meu Benfica
A estudar até ao fim
terça-feira, março 07, 2006
segunda-feira, março 06, 2006
A ansiedade das avaliações
domingo, março 05, 2006
Do-min-go
"LIVREIRO DA ESPERANÇA
de uma flor onde
as flores não nascem.
Outros abrem velhas portas
em velhas casas fechadas há muito.
Outros ainda despedaçam muros
acendem nas praças uma rosa de fogo.
Tu vendes livros quer dizer
entregas a cada homem
teu coração dentro de um livro"
A permanência evolutiva da desilusão
sábado, março 04, 2006
Algo em que já não pegava há muito tempo
Há semelhança do meu tão amado livro do desassossego, também este livro amarelado, muito sublinhado e desenhado em diversas páginas, comporta em sim pequenos parágrafos de sapiência simples, estúpdez pura em outras vezes. São númerados tal e qual: 1, 2, 3, por aí em diante...Só lhes falta os pontinhos. Li este livro pela primeira e única vez durante o meu 12º ano. Mudou a minha vida. Odiei Nietzsche pela primeira vez. Nitetzsche abriu-me os olhos para o absurdo do dogma da Igreja Católica, ensinou-me a não acreditar em deus assim à primeira, sem reflexão, sem saber, sem dúvidas, sem fé, vazio como a Igreja católica é. Isto tudo para servir de prólogo às bonitas palavras desta obra, cujos excertos passo agora a transcrever, aleatoriamente:
"161.
Os poetas comportam-se imprudentemente para com as suas experiências: exploram-nas."
"Prefácio
Admitindo ser a verdade uma mulher (...)"
"106.
Através da música as paixões divertem-se."
"168.
O Cristianismo deu a beber a Eros - ele não morreu dele, é claro, mas degenerou um vício."
"184.
Existe uma vivacidade na boa índole que parece malícia."
"1.
(...)
È já uma longa história - e, contudo, não parece que apenas começou? Será de espentar que acabemos por perder a confiança, a paciência e nos afastemos impacientes? Ser também esta esfinge a ensinar-nos a fazer perguntas? (...) O problema do valor da verdade interpôs-se à nossa frente - ou teremos sido nós a interpormo-nos à frente deste problema? Qual de nós é aqui Édipo? Qual de nós esfinge? (...)"
"123.
Até a concubinagem já foi corrompida: - pelo casamento."
"153.
Aquilo que é feito por amor ocorre sempre para lá do bem e do mal."
"72.
Não é a força mas sim a duração das sensações de engradecimento que torna os homens grandes."
O único verdadeiro problema do Nietzsche é que ele era um filha da puta de um machista e não admitia excepções e este livro é também o elogio de algo que não suporto e que consiste na subvalorização de qualquer mulher. Este foi o último livro do gajo que eu comprei. Não que ele vá receber direitos de autor...
sexta-feira, março 03, 2006
21:21
Este fico por cá
quinta-feira, março 02, 2006
Fernanda Porto
Com aquele espanto da primeira dor
Acordei chorando, rodando o apartamento
Uma entrevista de Goddar na mão
Três Fantasias na cabeça
O tecto tão baixo, fui até ao centro lírico
Ulisses devorador de milkshakes
Em passos rápidos
Dizia para o espelho das vitrines
-Alô Marina Vlade
Imitando aquele jeito do cabelo
Altifalantes das lojas me arrepiam
Por pouco não me sinto enamorada aí
Soprando um café de máquina
Com a voz do rei na barriga
Jobim no coração
Espelho caixa de contactos
Assobio no elevador
Uma canção me consola
Enquanto mamãe faz tricot
Penélope distraída
Preciso sair de casa
Não diga nada."