Não vamos casar !

Detesto casamentos. Detesto particularmente casamentos de Verão. Detesto as filas de carros a buzinar com merdinhas brancas penduradas nas antenas. Detesto a hipocrisia do casamento, do dia, do contrato e da instituição. Se também detestas algumas destas coisas junta-te ao club

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Daf é narciso em holandês

Não se se escreverá assim, não posso confirmá-lo pois não tenho qualquer dicionário holandês, mas achei fantástico o argumento.
A abreviatura de Direcção administrativa e financeira, é, pela voz do seu director, "a palavra holandesa para narciso, a minha flor favorita, uma flor amarela, que só existe em Janeiro e Fevereiro, a minha flor favorita".
Bom, os narcisos, segundo o site do "jardim das flores", são as flores do Inverno e da Primavera, existem mais de 500 variedades e podem, além de amarelos, ser brancos, podendo nesta escala variar entre o foemato das pétalas e a gradação da tonalidade, a sua floração é cacheada, começa no fim do Inverno, mantendo-se durante 30 dias.
Segundo a mitologia grega estas singelas flores surgiram como castigo da vaidade do belo jovem Narciso: Narciso era um jovem de singular beleza, filho do deus-rio Cefiso e da ninfa Liríope. Quando nasceu, o adivinho Tirésias vaticinou que Narciso teria vida longa desde que jamais contemplasse a própria figura. Poém, todos os dias ia contemplar a sua própria beleza no lago que tão fielmente a espelhava. Indiferente aos sentimentos alheios, Narciso desprezou o amor da ninfa Eco (segundo outras fontes, do jovem Amantis), o seu egoísmo provocou o castigo dos deuses: como aoo observar o seu reflexo nas águas de um lago, apaixonou-se pela própria imagem, contemplando-a até à exaustão, que o consumiu até à morte. A flor conhecida pelo nome de Narciso nasceu, então, no lugar onde morrera. Foi, esta versão tradicional, reproduzida no essencial por Ovídio em Metamorfoses, que foi transmitida pela herança da cultura helénica à cultura ocidentalatravés dos autores renascentistas.
Noutra versão da lenda, Narciso contemplava a própria imagem para recordar os traços da irmã gémea, morta tragicamente.
Existe ainda (certamente entre muitas outras) uma outra variante apresentada por Paulo Coelho no seu romance "O Alquimista": "O alquimista conhecia a lenda de Narciso, um belo rapaz que todos os dias ia contemplar a sua própria beleza no lago. Estava tão fascinado por si mesmo que certo dia caiu dentro do lago e morreu afogado. No lugar onde caiu, nasceu uma flor, que chamaram de narciso. Mas não era assim que Oscar Wilde acabava a história. Ele dizia que quando Narciso morreu, vieram as Oréiades - deusas do bosque - e viram o lago transformado, de um lago de água doce, num cântaro de lágrimas salgadas. - Por que choras? - perguntaram as Oréiades. - Choro por Narciso - disse o lago. - Ah, não nos espanta que chores por Narciso - continuaram elas - Afinal de contas, apesar de todas nós sempre corrermos atrás dele pelo bosque, tu eras o único que tinha a oportinidade de contemplar de perto a sua beleza. - Mas Narciso era belo? - perguntou o lago. - Quem mais do que tu poderia saber disso? - responderam, surpresas, as Oréiades. - Afinal de contas, era nas tuas margens que ele se debruçava todos os dias. O lago ficou algum tempo silencioso. Por fim, disse: - Eu choro por Narciso, mas nunca tinha percebido que Narciso era belo.
Choro por Narciso, porque todas as vezes que ele se debruçava sobre as minhas margens eu podia ver, no fundo dos seus olhos, a minha própria beleza reflectida.".
Encontrei ainda estes epítetos para estas belas flores: "Esta flor é o emblema da China e representa a flor imortal da água. O Narciso é a flor do mês de Dezembro e é a flor associada ao signo Virgem do Zodíaco. O extracto de narciso é considerado como um narcótico poderoso. Umas gotas apenas acabam com a maior das insónias."