O abandono iterário
Adoro escrever, principalmente quando o faço com a perícia e a minúncia do prazer. Ponho a imaginação a navegar nas pontas dos dedos e transbordo em palavras os meus desabafos, os meus anseios, as minhas desilusões fátuas. Retiro-as do meu sistema, através do teclado, para as minhas metáforas ou simples descrições. Imprimo-as em caracteres para a posteridade e para o público. Não temo a exposição pois que ela não existe, as palavras são como o rumor da água, correm livremente, cada um entende-as como deseja, eu apenas as expresso ou afirmo ou balbucei-o ou grito, ou qualquer outra acção da escrita, do movimento etéreo dos fonemas, das sílabas. . .
Por agora a escrita desvanece dentro de mim, está apaziguada pelo trabalho e pela falta de horas que o seu ritmo me exige. Vou-o abastecendo a espaços, mas sempre com alguma hesitação. A inspiração não vem quando queremos, vem, apenas, nos momentos mais inusitados e quantas vezes tão longe da folha de papel que é esta tela.
Por agora a escrita desvanece dentro de mim, está apaziguada pelo trabalho e pela falta de horas que o seu ritmo me exige. Vou-o abastecendo a espaços, mas sempre com alguma hesitação. A inspiração não vem quando queremos, vem, apenas, nos momentos mais inusitados e quantas vezes tão longe da folha de papel que é esta tela.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home