Escrever por escrever
Tenho tido relutância em escrever principalmente por me achar afastada do seu exercício, mas também por estar cansada de carpir as minhas mágoas aqui. Hoje escrevo por escrever, para secar as unhas, para me descontrair e para divagar pelo mundo dos meus sonhos. Confesso que tenho tido os sonhos mais estranhos, envolvendo as pessoas mais mirabolantes nas mais diversas formas. Será do cansaço? Será da ansiedade? Seja lá do que for não consigo compreender as mensagens que o meu inconsciente me envia durante o sono, também não consigo esquecê-las, pairam sobre mim como um delicado vestido de seda no Verão, acendem-se em loucuras inimagináveis durante o dia, turvam-me os olhos com lágrimas de desilusão, de nunca na vida. Os dias encontram uma barreira de atrito intransponível, demoram-se e custam horrores a passar, e mesmo quando penso, pronto agora já não pode piorar, reviravoltas em chamas, pioram-nos ao terror insuportável. Sei que a vida à medida que se desenrola nunca melhora, mas começo a aperceber-me que a fatalidade do absurdo não tem limitações e que os dias agradáveis e felizes escasseiam, como areia a escorrer pelos dedos. O Verão veio finalmente, mas os senhores metereologistas ameaçam com um novo retrocesso, quero noites cálidas de desejos incontidos, quero ir para a praia nas folgas, quero ir esquecer-me do mundo para a Figueira. Quero ser feliz, nem que seja só um dia!
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