Não vamos casar !

Detesto casamentos. Detesto particularmente casamentos de Verão. Detesto as filas de carros a buzinar com merdinhas brancas penduradas nas antenas. Detesto a hipocrisia do casamento, do dia, do contrato e da instituição. Se também detestas algumas destas coisas junta-te ao club

sexta-feira, abril 15, 2005

Ser ou não ser, a questão

Sou politóloga de formação, desde 1997 que estudo política, nas suas mais variadas formas e fórmulas, fui politóloga profissionalmente durante 11 meses, apesar de as minhas funções transcenderem a politologia pura. Estou desempregada desde então. Mas não sou a única. De todos os politólogos formados comigo, nenhum está a desempenhar funções como cientista político, excepto dois que têm trabalhos com alguma aproximação ao sistema político. Até países em vias de desenvolvimento, como o Brasil, têm espaço laboral para os seus politólogos, isto para não falar em países como os Estados Unidos, o Reino Unido, a Franca, a Alemanha ou até a nossa vizinha Espanha. Já que o Governo do PS parece tão empenhado em reformular o nosso sistema político, que tal aproveitarem para incluir no sistema pessoas que estão preparadas academicamente para apresentar soluções, as melhores, as piores e as intermédias, para estes problemas. Os políticos devem ser decisores políticos, devem decidir, a preparação dessas decisões deveria ser feita não por políticos profissionais, mas por profissionais políticos, tecnocratas, pessoas isentas que possam ponderar o processo de tomada de decisões não como uma afirmação política, mas como um caminho para contruir a melhor solução para cada problema. O nosso sistema é como é por interesses políticos puros, não para espelhar da melhoe forma a opinião dos eleitores, nem para responsabilizar a classe política pelas suas decisões. Aliás, basta ter ouvido os discursos de Santana Lopes e Luís Filipe Menezes no Congresso do PSD, para compreender que eles não têm a menor noção do conceito de responsabilidade política, e até demonstram que a impunidade reina e que uma derrota eleitoral profunda não parece funcionar plenamente como responsabilização política por uma governação desastrosa.