quinta-feira, dezembro 28, 2006
Depois da loucura arrastada do Nata,l estes dias que medeiam até há passagem de ano parecem sempre um limbo, quero dizer, dias de estar à espera do grande evento do final do ano. Estou morta por sair daqui, mas principalmente de concluir este ano que tantas novidades trouxe à minha existência: o trabalho, a libertação, a mudança e a viagem. Hoje é dia de fazer as malas, o que para mim é sempre o ínicio de uma verdadeira aventura da fortuna, desta vez literalmente. Já não consigo ter esperanças de que o próximo ano será melhor e me trará as concretizações pelas quais anseio e que todos os anos ficam por realizar. Sinto-me embuída num tédio panorâmico e a minha centelha de esperança é um fogo fátuo da minha imaginação.
sábado, dezembro 23, 2006
O Natal , excertos de mim e poemas
Luto diariamente na guerra civil da minha vida.
Ouvi uma frase parecida à pouco na televisão, disse-o um fotógrafo, ou a uma parecida, mas foi citada por um encenador num raro programa de gozo cultural, não resisto, porém, a adoptá-la, pois é precisamente isso que faço da neste momento. Inspirou-me à escrita esta bagatela. Tenho pensado muitas vezes em escrever coisas, mas atropelam-se, frequentemente para debaixo de outras tarefas. Sei que quem lê o meu blog não tem nada que me oferecer presentes, mas como sei que alguns o fazem à mesma vou deixar aqui uma lista de exemplos dos meus presentes favoritos, ou seja títulos de livros que quero ter e ainda não tenho:
Ouvi uma frase parecida à pouco na televisão, disse-o um fotógrafo, ou a uma parecida, mas foi citada por um encenador num raro programa de gozo cultural, não resisto, porém, a adoptá-la, pois é precisamente isso que faço da neste momento. Inspirou-me à escrita esta bagatela. Tenho pensado muitas vezes em escrever coisas, mas atropelam-se, frequentemente para debaixo de outras tarefas. Sei que quem lê o meu blog não tem nada que me oferecer presentes, mas como sei que alguns o fazem à mesma vou deixar aqui uma lista de exemplos dos meus presentes favoritos, ou seja títulos de livros que quero ter e ainda não tenho:
- "O Lobo Branco" - David Gimmell
- qualquer livros de culinária (o do Jamie Oliver, o inspirado nas Donas de casa desesperadas)
- qualquer ivro de poesia (Pessoa, Sá-Carneiro, Sophia, Florbela, Andrade, Alegre, Gastão)
- "Eragon" - Christopher Paolini
- "As Pequenas Memórias" - José Saramago
- "Máscaras de Salazar" - Fernando Dacosta
- "Deus de Jesus" - Jacques Dusquene
- Os Santos de Portugal" - João César das Neves
- "A Ronda da noite" - Augustina Bessa-Luís
- "O Segredo do Anel" - Kathleen McGowan
- "Percepções e Realidade - Pedro Santana Lopes
- "Mapas do Mundo" - Michael Swift
Um intervalo.
Um iterlúdio.
A parte dos poemas terá de ficar para amanhã, questões técnicas.
quinta-feira, dezembro 21, 2006
O Rei
De antiga linhagem,
dominava o mar,
a floresta e as estrelas.
Ordena o mundo
do cimo da sua profunda justiça.
O seu raro sorriso
ilumina o meu mundo.
dominava o mar,
a floresta e as estrelas.
Ordena o mundo
do cimo da sua profunda justiça.
O seu raro sorriso
ilumina o meu mundo.
quarta-feira, dezembro 20, 2006
A chegada do Natal
O Natal ja chegou a minha casa, muito tímido ainda, reticente nalguns pregões, mas preparado para si próprio, já montei a bela da árvore de Natal, fiz as compras e as prendas estão todas embrulhadas, ainda tenho muito para arrumar, iguarias, bolos e doces variados para fazer. No entanto sinto-me triste, a euforia cabo verdiana já me passou e a melancolia inunda meus passos e pensamentos, parece que o Natal traz à tona as desilusões da vida. Dou graças pela sorte de ter saúde, trabalho, conforto e por estar de férias, mas nada disto minimiza as minhas grande mágoas de desamor. Penso no Miguel dos Anjos e na sua doce inocência e despreocupação com a vida, gostava que o contributo de felicidade que ele me deu tivesse perdurado e na verdade deixou apenas uma lembrança ténue de infinita ternura e esperança. Sonho com um Natal pleno de alegria e ele persiste em não chegar, contento-me com as alegrias possíveis.
sábado, dezembro 16, 2006
quarta-feira, dezembro 13, 2006
A preguiça
Faltam três dias de trabalho para entrar de férias outra vez, a semana passada voou num instante e estes dias vão ser um pulinho. Ainda bem porque estou a ser acometida por um ataque agudo de preguicite que vou ter de sacudir de mim para me dedicar a mais uma daquelas tarefas organizativas de fada do lar e a todas as outras que o Natal traz consigo. Este ano não há maneira de entrar no espírito natalício, ainda não fiz a árvore de Natal, nem comprei presentes e para dizer a verdade até as decorações e luzinhas de Natal me andam a chocar um pouco. Lamento não ter dinheiro suficiente para embarcar noutra aventura tropical, mas já ando a estudar e preparar atentamente a próxima, pela minha lógica seria Europa, mas o coração atropela frequentemente a lógica e este diz-me: Caraíbas. Ando um pouco afastada das palavras e das histórias, também ainda não pude sossegar verdadeiramente e talvez só no início do próximo ano esteja em condições de o fazer, até lá ficam estes posts a conta-gotas, entrelaçados a espaços.
terça-feira, dezembro 05, 2006
A vida como ela é
Acordamos. Tomamos banho e o pequeno-almoço. Amaciamo-nos, todas perfumosas, escolhemos e combinamos uma roupa específica de acordo com o motivo e a disposição do dia, também com o tempo que faz (suspiro... ai as saudades que tenho do belo do vestido de linho). Existe a urgência de um cigarro e de um café. Sacia-se. Saímos para a rua, interaccionamos com as pessoas que passam por nós: os vizinhos, a d. Paula do café, a cabeleireira, o sr. do Bigode, este, aquele, o outro. Entramos no carro e enfrentamos todo aquele trânsito que temos de enfrentar para chegar a qualquer lado. Vamos trabalhar, ou estamos de folga, vamos às compras ou ao cinema, jantamos fora ou cozinhamos em casa. Armazenamos coisas, tralha, coleccionamos outras que tentamos conservar (não sei o que fazer aos meus queridos jornais), arranjamos desculpas para toda e qualquer necessidade de guardar coisas. Vivemos a cada passo.
Nhanhanha na cabeça.
Faz parte de nós.
Toca o telemóvel. Resisto com um sorriso largo, por outro lado luto. Ganhei vontade, coragem e forças para lutar outra vez, ouço música que me anima a alegria, sorrio muito e morro de vontade de dançar.
Nhanhanha na cabeça.
Faz parte de nós.
Toca o telemóvel. Resisto com um sorriso largo, por outro lado luto. Ganhei vontade, coragem e forças para lutar outra vez, ouço música que me anima a alegria, sorrio muito e morro de vontade de dançar.