Não vamos casar !

Detesto casamentos. Detesto particularmente casamentos de Verão. Detesto as filas de carros a buzinar com merdinhas brancas penduradas nas antenas. Detesto a hipocrisia do casamento, do dia, do contrato e da instituição. Se também detestas algumas destas coisas junta-te ao club

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Sindicalismo

Quando tirei o meu curso uma das suas componentes óbvias era o sindicalismo, isto provocou em mim um efeito intelectual semelhante aos partidos políticos, ou seja, compreendo o conceito, mas não tenho interesse em participar dele, nunca calculei que isso fosse criar algum problema par mim, uma vez que além de não existirem muitos politólogos, poucos exercem funções e estamos bem longe de ser uma força laboral importante, ou sequer uma força laboral, até aqui tudo bem, o busilis começa a tomar forma à medida que os meus colegas e chefias do trabalho que desempenho hoje em dia começam a descobrir e tomar consciência das minhas capacidades intelectuais e académicas. No jogo existem dois sindicatos (como na generalidade das outras profissões), o primeiro afecto a uma ala supostamente de esquerda passou o Verão todo a aliciar-me para ser representante dos trabalhadores do meu Casino, como considero que as intervenções desta força sindical não podem de maneira nenhuma salvaguardar os meus interesses, aliado à minha vontade de abandono e afastamento total de tudo o que envolva política, declinei repetidamente o convite, mas até aqui tudo bem, ainda. A verdadeira questão levantou-se quando o segundo sindicato me veio aliciar, e desta feita, depois dos episódios do meu martírio pessoal, comecei a ganhar vontade de intervir politicamente na defesa dos meus interesses e esta semana sindicalizei-me, mas ainda estou com alguns problemas do foro intelectual, sendo o mais importante o estar este sindicato afecto à UGT, que por sua vez está afecto à força política mais destruidora, autoritária e desumana que este país alguma vez elegeu em eleições livres, depois deste problema tenho um recém descoberto dilema, eu tenho vontade de voltar à política, de participar activamente na luta para a melhoria das minhas (nossas) condições de trabalho que se depauperam a cada dia que passa, mas por outro lado tenho medo de ser outra vez arrastada para um mundo que reneguei por princípios morais, mas lá está, não há nada como experimentar, e pode ser que consiga por becos e travessas inimagináveis realizar o meu verdadeiro sonho de intervenção social.