A milagrosa agulha na orelha direita
A primeira vez que fiz acupunctura tinha quinze anos e desde então de forma intermitente tenho recorrido a ela em agonias que a medicina tradicional não pode solucionar. A minha doença muscular crónica é a primeira mazela que eu fiz no desempenho do meu trabalho e não há relaxante muscular que consiga acalmar as minhas dores agonizantes nas costas, provocadas pela rapidez e intensidade com que faço os movimentos repetitivos, posturalmente incorrectos que são necessários no decorrer do meu trabalho. Além da maleita física propriamente dita, esta condição deixa-me emocionalmente deprimida ao pensar que se eu não me curar vou ter de a médio-longo prazo ter de deixar a carreira mais encantadora que eu tive até hoje, não consigo expressar sequer o fracasso pessoal e profissional que isso significaria para mim, ou tão pouco a angústia que eu sinto nestas alturas, felizmente a acupunctura veio novamente dar-me uma pequena ajuda através de uma pequena agulha que trago permanentemente inserida na minha orelha direita e que me retira a ansiedade, pode até ser psicológico mas esta agulha minúscula faz-me sentir bem, o mundo deixa de parecer tão negro e tenebroso e isso já é muito importante. E amanhã mais uma vez, vou para o oitavo dia de trabalho consecutivo e segunda-feira fisioterapia comigo, esperam-me mais quinze sessões, com o preparador físico da Naide Gomes, desta vez estou cheia de esperança que ele me ponha bem, mas a agulhinha, essa acho que nunca mais a vou dispensar.
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