O meu carrossel particular
Vivo emoções desbragadas, vertiginosas, impossíveis e circulares.
Tive mais uma mirabolante aventura no Hospital de Santa Maria, lá fomos nós confiantes que descobriríam o que a minha mãe tem de errado depois de uma grande seca naquele antro doentio e tenebroso, só para a triagem estivémos cerca de uma hora à espera, após a qual descobrimos que o tempo mínimo de espera para a consulta estimava-se em 6 horas, sim, leram bem, 6 horas, o que não era muito de fiar, pois por volta da meia-noite ainda lá estava à espera uma desgraçada senhora que havia chegado às três da tarde. Desistimos. Este relato pretende apenas demonstrar mais uma bonita pérola do atendimento hospitalar a que temos direito neste país. A visão daquele hospital era aterradora, os corredores estavam pejados de pessoas em macas contorcidas pelo sofrimento e alucinadas pelas horas de espera. Simplesmente desumano.
Um número, uma casa, uma simulação, a falta de vontade e uma maravilhosa impossibilidade. Neste momento já não quero mudar de casa, só o faria por um bem maior, mas este não podia trazer acoplado o meu ódio de estimação.
Estou sinceramente saturada deste devir. Também desiludida por não ter qualquer chance, sequer uma remota hipótese de construir aquele novo amor que me poderá libertar do antigo, porque eu sou fraca e não estou ainda livre, como já julguei estar, estou apenas afastada. Amanhã regresso ao trabalho e certamente que terei outros problemas e desafios com que me preocupar, pelo menos com que ocupar os pensamentos. Sinto que caminho mas não saio do mesmo sítio, ou vou sempre lá ter, ao familiar beco sem saída da desesperança. Já recuperei o meu nhanhanha da cabeça e a febre das compras não tardará. Um dia de cada vez.
Tive mais uma mirabolante aventura no Hospital de Santa Maria, lá fomos nós confiantes que descobriríam o que a minha mãe tem de errado depois de uma grande seca naquele antro doentio e tenebroso, só para a triagem estivémos cerca de uma hora à espera, após a qual descobrimos que o tempo mínimo de espera para a consulta estimava-se em 6 horas, sim, leram bem, 6 horas, o que não era muito de fiar, pois por volta da meia-noite ainda lá estava à espera uma desgraçada senhora que havia chegado às três da tarde. Desistimos. Este relato pretende apenas demonstrar mais uma bonita pérola do atendimento hospitalar a que temos direito neste país. A visão daquele hospital era aterradora, os corredores estavam pejados de pessoas em macas contorcidas pelo sofrimento e alucinadas pelas horas de espera. Simplesmente desumano.
Um número, uma casa, uma simulação, a falta de vontade e uma maravilhosa impossibilidade. Neste momento já não quero mudar de casa, só o faria por um bem maior, mas este não podia trazer acoplado o meu ódio de estimação.
Estou sinceramente saturada deste devir. Também desiludida por não ter qualquer chance, sequer uma remota hipótese de construir aquele novo amor que me poderá libertar do antigo, porque eu sou fraca e não estou ainda livre, como já julguei estar, estou apenas afastada. Amanhã regresso ao trabalho e certamente que terei outros problemas e desafios com que me preocupar, pelo menos com que ocupar os pensamentos. Sinto que caminho mas não saio do mesmo sítio, ou vou sempre lá ter, ao familiar beco sem saída da desesperança. Já recuperei o meu nhanhanha da cabeça e a febre das compras não tardará. Um dia de cada vez.
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