o divino, a fé e a religião
Tenho andado muito envolvida em diversos processos de recrutamento, onde tenho sido submetida a diferentes formas de avaliação das minhas competências, das quais quero salientar uma entrevista com uma psicóloga clínica, a fazer um jeito aos amigos, que me disse em várias ocasiões que eu tinha recalcamentos religiosos e um grave complexo de culpa derivado da minha educação católica. Ora sendo eu ateia desde os 18 anos, e tendo redescoberto a minha fé no divino, até admito que em parte cristão, mas nunca católico, fiquei chocada, mas ainda mais perplexa. Ou seja, mais uma vez sinto que estou a viver dentro de um livro de kafka, com uma vida e um interminável processo onde nada faz sentido, porém estou acompanhada com os meus diversos eus, os meus heterónimos recalcados pela minha suposta moralidade católica. Isto ou bem que eu não me conheço, e penso constantemente que sou outra pessoa, ou aquela senhora doutora fez, mais ou menos numa hora, um diagnóstico e enviesado da minha personalidade. Eu tenho fé no divino, tenho, mas repugno todas as formas religiosas, principalmente a católica, que considero obscena pelos seus preceitos e exemplos, apesar de as respeitar a todas como boa democrata que sou.
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