Tenho a minha casinha
Já sou orgulhosamente dona da minha quintinha no Lavre. São poucas as palavras que tenho para expressar a imensa emoção que está dentro de mim, mas quero aqui reescrever com veemência, numa prosa atrapalhada, quanto me fez feliz tornar-me uma rapariga do campo. Sempre vivi na cidade, oprimida entre paredes, agora finalmente tenho o meu espaço, felizmente ele já está cheio de árvores, pinheiros, sobreiros, oliveiras, figueiras, pessegueiros, diospireiro, laranjeiras, tangerineira, damasqueiro, nespereiras, marmeleiros, pereiras, macieira, uma vinha, e uma miríade de flores, plantas, vegetais, legumes, enfim tudo o que se pode criar na terra debaixo do céu azul e puro.
Além do jardim, o meu pequeno castelo, a minha casinha tipicamente alentejana, que ainda vai ser retocada por um profissional, antes de eu lhe meter mãos à obra, para a pintar ao meu gosto.
Tenho rios de dinheiro para investir nela, mas vou fazendo tudo devagar...
Para concluir um pequeno apontamento alentejano:
Meio-dia e meia, a minha mãe e eu andamos à procura de um restaurante ao pé do Lavre, nas Cortiçadas do Lavre, mas aparentemente todos os restaurantes das redondezas estão encerrados para férias, lá descobri um café onde o senhor me deu indicação de umas bombas de gasolina mais à frente, que serviam almoços no café que lá havia. Perfeito. Quando cheguei à bomba, paro à frente do bendito do café, cá fora estavam dois camionistas a comer da sua marmita, na mesa única da esplanada, entro, estão dois senheros a comer numa mesa e outros dois noutra, um senhor de pé, disse-lhe afavelmente: "bom dia... o sr. tomás mandou-me aqui disse que serviam almoços???; sim. então e o que tem para comer? Feijoada. Não era possível grelhar uma bifana com um salada? Epá não, para isso não tenho vagar, obrigada!AH!AH!AH!
Como é que é possível, no meio do nada, com quatro clientes, não tem vagar... lindo! telúrico!
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