"Vicky, Cristina, Barcelona"
Só mesmo o Woody Allen podia fazer um filme tão inspirador numa cidade tão maravilhosa e com um elenco cheio de pessoas bonitas (até a Penélope parece bonita...), uma comédia romântica inteligente e desempoeirada que finalmente enquadra as novas relações que a sociedade de hoje não só tolera, como até certo ponto incentiva, mas também descreve quase na perfeição uma insatisfação latente e insaciável que leva a uma permanente busca de uma ideia pessoal e intransmissível da felicidade que não se pode inserir em nenhum conceito pré-existente e que muitas vezes nem sequer se sabe muito bem o que é, apenas se tem a certeza do que não é. Isto é estar na minha pele, como de certeza na pele de muitos outros. A banda sonora é muito latina e traz uma alegria morna e deliciosa que me transportou imediatamente para as minhas doces recordações das Ramblas do Parque Guell e das praias barcelonesas, o único grande defeito do filme é, ao contrário do que eu estava ansiosamente à espera, o Javier Barden não aparece nu, nem uma vez, e isso é verdadeiramente uma infelicidade estética, bom, mas não podia ser perfeito, pois não?
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