Saudades de casa
Agora sei o que é ter saudades de casa.
Morro de saudades do Lavre.
Morro de saudades da minha casa no Lavre.
Suspiro por ela e pelo meu vale que deve estar a resplandescer no seu ocaso outonal, tenho saudades do meu canteiro e das minhas árvores, do som da bolotas que caiem ao chão e das turmas de passarinhos que moram nas minhas árvores, tenho saudades das minhas roseiras, das margaridas, e da cameleira que a qualquer momento se vai encher de flores, espero que espere até eu chegar, tenho saudades do Sr. João, da sua mulher Francisca, da sua filha Vitória, da D. Malvelina sua nora, que são os meus vizinhos e são uns amores, verdadeiramente queridos, até agora teêm sido uma fonte inesgotável de ajuda e amizade, tenho saudades do café da esquina e do pãozinho da D. Ifigénia, até do Sr. José Amável, maluquinho certificado do Lavre. E ainda faltam tantos dias para eu ir...
Sinto-me perdida aqui, já não fazia um fecho a uma sexta-feira à noite desde Setembro e nem tenho muito bem memória de quando foi, é absolutamente horrível. É uma raridade se for um bom dia, normalmente é um misto de fumo, bêbados e confusão, como foi hoje. Amanhã saio mais cedo, mas o dia será infernal na mesma medida, ou quem sabe não. O nosso lema sempre foi e sempre será "surpreenda-se", não sei muito bem como conseguimos mas vamos sempre conseguindo providenciar surpresas. Ainda falta metade da semana.
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