Os episódios secundários do filme da vida
Hoje no caminho para o trabalho, vi no meio da rua duas prostitutas velhas a lutarem. Fiquei tão surpreendida por esta altercação e pela imagem caricata que produziu. Elas não se estavam a puxar pelos cabelos (como sempre havia imaginado e visto nos filmes no que respeita a lutas entre putas). Ambas aparentavam ter quarenta anos e a elegância não estava nos atributos das suas roupas ridículas, sujas e ensopadas pela chuva. Empurravam-se e esmurravam-se na barriga, parecia saído de um filme francês decadente. Tenho uma quase curiosidade de saber qual a razão pela qual se degladiavam tão entusiasticamente.
Muito mais tarde no trabalho, vi dois senhores estrangeiros todos benzocas a dar um beijo na boca, mesmo à minha frente. Mais uma vez a surpresa, que é o tom destes apontamentos patéticos que escolhi de entre tantos outros, quem sabe se até não tão patéticos quanto estes.
Ontem tentei pela primeira vez fazer "aquele" bolo de noz. Foi um desastre. Uma verdadeira tentativa frustrada de fazer um lindo bolo. Felizmente, ou do mal o menos, está delicioso.
A minha busca pela casa perfeita continua...
Quem me dera o dia em que aqui a possa descrever, mesmo que de forma oblíqua, para resguardar algum mistério.
Sinto-me uma escriturária que tem necessidade de escriturar, de escrever, de encher de absurdos linhas intermináveis com frases que nada podem dizer. Rumores brandos que preenchem o vazio da noite silenciosa. Penso em Caeiro e Soares. Como nasceram? como teriam nascido se houvesse já computadores? E se não houvesse sequer com o que escrever, ou onde?
Muito mais tarde no trabalho, vi dois senhores estrangeiros todos benzocas a dar um beijo na boca, mesmo à minha frente. Mais uma vez a surpresa, que é o tom destes apontamentos patéticos que escolhi de entre tantos outros, quem sabe se até não tão patéticos quanto estes.
Ontem tentei pela primeira vez fazer "aquele" bolo de noz. Foi um desastre. Uma verdadeira tentativa frustrada de fazer um lindo bolo. Felizmente, ou do mal o menos, está delicioso.
A minha busca pela casa perfeita continua...
Quem me dera o dia em que aqui a possa descrever, mesmo que de forma oblíqua, para resguardar algum mistério.
Sinto-me uma escriturária que tem necessidade de escriturar, de escrever, de encher de absurdos linhas intermináveis com frases que nada podem dizer. Rumores brandos que preenchem o vazio da noite silenciosa. Penso em Caeiro e Soares. Como nasceram? como teriam nascido se houvesse já computadores? E se não houvesse sequer com o que escrever, ou onde?
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