Vacas e sardaniscas
Eu sei que este título pode parecer bizarro e redondo, ou seja, sem ponta por onde se lhe pegue, mas brevemente compreenderão que não o é tanto assim, e passo a explicar. Sinto pelos animais o mesmo amor e sentido de preservação da sua existência enquanto seres vivos, como pelas pessoas e pelas plantas. No entanto, não consigo ter esta compaixão para com todos os animais, nomeadamente para com insectos voadores, larvas e sardaniscas, acabando com a vida deles sempre que se me depara uma boa oportunidade para tal. E neste ponto, estarão a pensar, ok, já percebemos vagamente a parte das sardaniscas, agora vacas??? Muito bem, isto ía desenvolver-se de uma forma diferente, mas está a sair assim. Voltemos à vaca fria...
Estes dois tipos de animais são aqueles com os quais eu tive duas das experiências mais traumáticas da minha vida, 1º as sardaniscas, depois não uma vaca, mas um projecto de touro ainda vitelício, mas passo agora a desenvolver sucintamente cada uma delas para que compreendão porque tenho pavor, e entro em total histeria aquando da proximidade destas criaturas.
Um belo dia, estava eu em casa com o meu maninho, fui à cozinha e quando fui tirar um guardanapo salta-me uma sardanisca em cheio para a minha cara, não consigo descrever suficientemente o asco, nojo, repulsa que senti, nem fazer ninguém compreender a forma como gritei em desespero até que o meu instito lá conseguiu que eu a atirasse para longe da minha cara. Eu e o meu irmão perseguimo-la e acabámos com a vida dela com requintes de crueldade e tortura. Ontem apareceu outra sardanisca cá em casa. Teve o mesmo fim, desta vez sem tortura, porque era mais pequenita e não cometeu a imprudência de me atacar. Mas só de pensar naqueles bichos nojentos, arrepio-me toda.
Agora as vacas. Eu detesto touradas, garraiadas, corridas de touros, e todas as espécies de artes tauromáticas, considero-as bárbaras e ofensivas não só à dignidade dos próprios animais perseguidos e acossados numa arena, mas também, à dignidade dos homens que os perseguem, e principalmente, às aventesmas que assistem e aplaudem este triste circo. Um belo dia, que pr acaso nem o era, estando eu num programa de conferência, uma das actividades era uma garraiada. Não queria ir, mas como não podia ficar, lá fui arrastada para a praça de touros de Idanha-a-Nova. Chovia que deus a dava, eu e o meu irmão não tínhamos chapéu de chuva e fomos então para aquele corredor em volta da arena que proporcionava um resguardo da chuva. O meu irmão disse, só espero que ele não salte cá para fora. Durante uns 30 segundos pensei que ele estava a gozar-me, para me amedontrar, até que o maldito vitelo salta para o corredor onde estávamos. Desatamos todos a correr À frente dele, toda a gente começa a saltar para dentro da arena, coisa que eu não podia fazer pois trazia uma saia travada, entre mim e o touro só estava o meu irmão, enquanto corria que nem uma louca, olhei de relance para trás, preocupada com ele, mas ele não estava lá, só o touro, a correr desenfreado atrás de mim. Eu não tenho noção das voltas que dei à arena, nem tão pouco ouvia ou via as pessoas que me tentavam abrir portinholas, para me escapar, corri pela vida até me estatelar no chão e o touro passar por cima de mim, pisando-me apenas na coxa, para grande sorte minha.
Nunca vou esquecer nenhum destes incidentes, e nunca vou conseguir gostar destes bichos, mas agora compreendem, certo???
Estes dois tipos de animais são aqueles com os quais eu tive duas das experiências mais traumáticas da minha vida, 1º as sardaniscas, depois não uma vaca, mas um projecto de touro ainda vitelício, mas passo agora a desenvolver sucintamente cada uma delas para que compreendão porque tenho pavor, e entro em total histeria aquando da proximidade destas criaturas.
Um belo dia, estava eu em casa com o meu maninho, fui à cozinha e quando fui tirar um guardanapo salta-me uma sardanisca em cheio para a minha cara, não consigo descrever suficientemente o asco, nojo, repulsa que senti, nem fazer ninguém compreender a forma como gritei em desespero até que o meu instito lá conseguiu que eu a atirasse para longe da minha cara. Eu e o meu irmão perseguimo-la e acabámos com a vida dela com requintes de crueldade e tortura. Ontem apareceu outra sardanisca cá em casa. Teve o mesmo fim, desta vez sem tortura, porque era mais pequenita e não cometeu a imprudência de me atacar. Mas só de pensar naqueles bichos nojentos, arrepio-me toda.
Agora as vacas. Eu detesto touradas, garraiadas, corridas de touros, e todas as espécies de artes tauromáticas, considero-as bárbaras e ofensivas não só à dignidade dos próprios animais perseguidos e acossados numa arena, mas também, à dignidade dos homens que os perseguem, e principalmente, às aventesmas que assistem e aplaudem este triste circo. Um belo dia, que pr acaso nem o era, estando eu num programa de conferência, uma das actividades era uma garraiada. Não queria ir, mas como não podia ficar, lá fui arrastada para a praça de touros de Idanha-a-Nova. Chovia que deus a dava, eu e o meu irmão não tínhamos chapéu de chuva e fomos então para aquele corredor em volta da arena que proporcionava um resguardo da chuva. O meu irmão disse, só espero que ele não salte cá para fora. Durante uns 30 segundos pensei que ele estava a gozar-me, para me amedontrar, até que o maldito vitelo salta para o corredor onde estávamos. Desatamos todos a correr À frente dele, toda a gente começa a saltar para dentro da arena, coisa que eu não podia fazer pois trazia uma saia travada, entre mim e o touro só estava o meu irmão, enquanto corria que nem uma louca, olhei de relance para trás, preocupada com ele, mas ele não estava lá, só o touro, a correr desenfreado atrás de mim. Eu não tenho noção das voltas que dei à arena, nem tão pouco ouvia ou via as pessoas que me tentavam abrir portinholas, para me escapar, corri pela vida até me estatelar no chão e o touro passar por cima de mim, pisando-me apenas na coxa, para grande sorte minha.
Nunca vou esquecer nenhum destes incidentes, e nunca vou conseguir gostar destes bichos, mas agora compreendem, certo???
2 Comments:
At 10:13 AM, Anônimo said…
Vê o outro lado…
Tu sentiste-te ameaçada pelo touro.
O que será que o animal sentia?
Foi apenas uma luta pela sobrevivência, de uma parte e de outra!
Não gostas de tourada, pois ainda bem!
Mas agora dou-te outro ponto de vista: Eu abomino a tourada, e estando tu naquele recinto, eras catalogada da mesma forma que todos os outros presentes!
O meu prazer é grande quando nos Telejornais falam de tourada! Pois quando falam, é sinal que alguém correu á frente do touro!
At 1:06 PM, Anônimo said…
Quanto ás “sardaniscas”. São um mal necessário a este tão frágil mundo em que vivemos.
Alimentam-se de seres minúsculos prejudiciais á saúde do ser humano. São alimento para outros seres e assim sucessivamente.
Mas é claro que isto já sabes. Portanto, resta apenas que nessas alturas de pânico faças um esforço para te lembrares desta pequenas coisas. É claro que de seguida te livras do animalzinho (tal como eu), mas é diferente!
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