Não vamos casar !

Detesto casamentos. Detesto particularmente casamentos de Verão. Detesto as filas de carros a buzinar com merdinhas brancas penduradas nas antenas. Detesto a hipocrisia do casamento, do dia, do contrato e da instituição. Se também detestas algumas destas coisas junta-te ao club

domingo, fevereiro 08, 2009

Teimosia de amar

A última vez que amei alguém acabei por me aperceber que aquele amor imenso e interminável havia degenerado em pura teimosia, eu teimava que aquele era o homem da minha vida e que era uma fatalidade não podermos ficar juntos, hoje, tudo isto e tudo o que sentia só me parece ridículo, sob qualquer prisma. Foi para mim uma felicidade ter-me apercebido e libertado deste amor venenoso, não que eu tenha encontrado outro para o substituir (isso é outra luta inglória de teimosia patológica), porque não encontrei, mas pelo simples facto de me ter ensinado muitas lições de vida, que me fizeram crescer ao ponto de apreciar esta liberdade emocional da qual gozo agora e até avisar alguns amigos que vi e vejo envolvidos em teimosias emocionais que eles confundem com amor, e posso dizer que já ajudei uma delas a libertar-se de uma teimosia para poder apreciar os prazeres do verdadeiro amor. Contínuo a ter algumas teimosias de amar, como a de amar as pessoas erradas, amar as pessoas que não me correspondem, mas isso, acabam tudo por ser teimosias platónicas, interiores, sem mortos nem feridos, e como o woody Allen salienta (desculpem voltar ao "Vicky, Cristina, Barcelona") o amor romântico só existe pela ausência de reciprocidade, e como todos sabem eu ainda sou uma romântica inveterada e prefiro um amor incorrespondido, a meio amor, pelo menos tenho muito por onde os amigos me consolarem.