O Verão não existe sem cerejas
Estou absolutamente embrenhada na melancolia do vazio emocional que deixaste em mim, afastei-me de ti com todas as minhas forças, com todas as minhas certezas de te esquecer, com todas as minhas respostas para o fim do nosso amor (será que lhe posso chamar amor?), com todo o empenhamento e severidade para com as tentações, com uma vontade de ferro para não ceder. Contudo, do alto da minha solidadão, que persistentemente busco, tenho profundas e inqualificáveis saudades de ti. Luto para apagar as memórias boas, mas elas assaltam-me em vagas de deleite que me faz sorrir, pensar em ti é quase como um vício, sei que não o posso fazer, sei que me faz mal, sei que os seus efeitos secundários são trágicos, mas não consigo evitar. Fujo para longe mas o desejo de ouvir a tua voz persegue-me para onde quer que eu vá, o desejo que o meu corpo tem é de ti, nunca é saciado por outros amantes. A tua presença no meu mundo não se oblitera, não se esgota, nem que passem todos os dias do mundo, todas as horas lassas. Os dias bons demoram-se, escasseiam, atrapalham-se...
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