Tudo menos dona
Aceito que me me chamem tudo, menina, senhora, doutoura, agora, dona não suporto. Não sou dona de praticamente nada, além de livros, roupa, malas, um sem número de acessórios, um computador portátil, um rádio, um frigorífico e um carro velho que comigo só vai voltar a andar se for a caminho do abate. E depois há outras coisas mais feias que não suporto que me chamem, mas são ossos do ofício.
E depois dona...
enfim, faz-me lembrar dona de casa, o meu antípoda, os lavoures, a lida da casa, os romances românticos do séculoXIX, as mulheres como donas de casa inúteis, dondocas.
Gostava de aprender a pintar, mas a pintar coisas bonitas, com a técnica dos mestres renascentistas, criar composições fantásticas com fadas e flores de muitas cores. Trabalharia as cores como as palavras, as sombras como os silêncios, as texturas como um poema e os temas como circuitos de pura imaginação.
E depois dona...
enfim, faz-me lembrar dona de casa, o meu antípoda, os lavoures, a lida da casa, os romances românticos do séculoXIX, as mulheres como donas de casa inúteis, dondocas.
Gostava de aprender a pintar, mas a pintar coisas bonitas, com a técnica dos mestres renascentistas, criar composições fantásticas com fadas e flores de muitas cores. Trabalharia as cores como as palavras, as sombras como os silêncios, as texturas como um poema e os temas como circuitos de pura imaginação.
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