As horas doces das férias
Tirei o relógio e guardei-o. Já encaixotei livros aos magotes, mudei o serviço de copos e a enciclopédia, vi a bola descansada, fiz o meu diabólico bolo de noz que desta vez ficou fabuloso. Ainda tenho muito que arrumar, encaixotar, empilhar, levar de um lado para o outro. A mudança está em curso. Vou revolucionar totalmente o modo como estou na vida, vou mudar a posição em que durmo, usufruir de um sofá e uma mesa, comprar uma cama, uma estante, um tapete e uma televisão, reciclar candeeiros e espelhos e instalar engenhocas facilitadoras de vida (como um cabide para pendurar a mala e um banco para descalçar os sapatos na entrada. Todo este processo, apesar de duro e bem trabalhoso está a animar-me, a ferida está finalmente a cicatrizar e sinto uma estúpida esperança optimista tomar conta de mim. E agora de volta aos caixotes.
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