Se alguém pretender fazer deus sorrir basta contar-lhe o plano que tem para a sua vida
Se eu contasse a deus o meu plano pretendido de vida, ele não sorria, atiravasse para o chão a rir às gargalhadas, rebolava até às lágrimas. Sinto-me enganada, iludida, desencantada, triste. Sinto que estou permanentemente em becos sem saída. Salto de uns para me enfiar noutros. Não posso deixar de pôr em causa o sentido da vida, o sentido da minha vida, pelo menos, o da tua vida também, porque teimamos em cruzá-las sem nenhum sentido, numa espiral contínua de desilusão em que a um desapontamento segue-se sempre um desapontamento maior, entremeado com uma ou outra qualquer tragédia. As lutas que travo são, regra geral, além de trabalhosas, inglórias e vãs. E deus, lá em cima, no seu escritório, a olhar para mim e rir-se às gargalhadas.
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