A esperança, essa grande filha dos sonhos
Na verdade, sonhos não é bem a palavra que me ocorre à mente quando penso nisso. Se me dessem uma nota de 500 por cada vez que o meu coração se encheu e rejubilou na esperança da concretização de um sonho, apenas para depois se esvaziar como um balão que alguém desistiu de encher, estaria certamente multimilionária. Dentro de mim vive agora apenas a frustração, uma deformação gigante e obesa, um monte de destroços e caos, uma alegoria em pontas de uma ária muito triste em violino e contrabaixo, uma deserção da alegria e das coisas belas e puras e um grito, um grito que se sufoca e morde para não sair. Desconheço o sentido da vida, falho em todos os caminhos que sigo e agora quedo-me paralisada sob o peso de todas as dores que fui acumulando e aceitando. O limite está aqui, à beira deste precipício que sou eu mesma nesta vida inóspita e violenta.
1 Comments:
At 7:50 AM,
JOAQUIM LAURINDO said…
A esperança é essa enorme sensação de que vamos conseguir...
Sigo um pouco os seus textos e gosto.
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