Não vamos casar !

Detesto casamentos. Detesto particularmente casamentos de Verão. Detesto as filas de carros a buzinar com merdinhas brancas penduradas nas antenas. Detesto a hipocrisia do casamento, do dia, do contrato e da instituição. Se também detestas algumas destas coisas junta-te ao club

domingo, maio 14, 2006

Não há nada que não me aconteça

Hoje fui às compras, até aqui tudo normal, quando estava a levar os sacos para casa, aconteceu a fatalidade: escorreguei, caí e rachei o cóxis. Ainda vim para casa, na esperança que as dores alucinantes que eu tinha fossem naturais da pancada que o meu osso tinha dado nas pedras de calçada do passeio. Liguei para uma amiga minha médica para ela me receitar uns analgésicos, mas ela não estava cá e disse-me para ir às urgências tirar uma radiografia, coisa que eu queria evitar a todo o custo, porque ir para o hospital de santa maria é o típico caso de não se morre da doença, mas pode-se bem morrer à espera da cura, aliás do diagnóstico. Tomei coragem e lá fui eu para a aventura que é ir a este hospital, ao qual eu tenho um horror de morte, por todas as razões e mais algumas. A triagem foi rápida, mas depois obrigaram-me a esperar uns quarenta minutos para uma médica me mandar tirar uma radiografia, mais uns vinte para tirar a maldita radiografia, depois mais uma meia hora para chegar ao médico espanhol e ele me dizer que a monga da radiologista se enganou a tirar a radiografia e não dava para ver nada naquela, lá voltei eu ao suplício da radiografia e apesar de me apetecer insultar aquela idiota, não tinha forças para gritar com ela. Finalmente volvidas duas horas o médico deu-me o diagnóstico: rachado. Recomendou-me repouso de duas semanas, receitou-me antbióticos, analgésicos, anti-inflamatórios e pomada e para concluir perguntou-me se tinha coragem para levar uma injecção, respondi, qualquer coisa que me tireestas dores, e assim foi. Para terminar levei uma injecção cuja descrição deixo aqui nas palavras do enfermeiro: daqui a trinta segundos nem se vai lembrar que lhe dói o cóxis. E não me lembrava, aliás não me lembraria do meu nome se mo perguntassem, não conseguia falar ou manter-me nas pernas, mas passado uma meia hora fiquei melhor e aliviaram as dores, que agora começam a voltar.

1 Comments:

  • At 1:44 PM, Blogger EM said…

    Soube do seu blogge numa revista Maxima que confisquei de um cabeleireiro em Portugal para trazer comigo para Londres. Vi o blogge, andei para tras e para frente e numa dessas andancas, que se fazem em noites de insonias passadas a frente do computador, encontrei este texto. Nao resisti a deixar um comentario.
    Seja benvinda ao clube. O meu coxis tambem e doente! Quando tinha uns 15 anos num daqueles miticos campos de ferias parti, rachei, desloquei ja nao me recordo bem da maleita, o meu coxis. Mas devo te-lo ofendido de tal maneira que desde esse dia nunca mais me esqueci deste meu amigo osso. Quando esta para chover, quando sai o verao e entra o inverno, quando faco longas caminhadas de dia, de noite ele da sinal. Ainda assim teve mais sorte que eu. Depois da radiografia o medico veio sorridente com o diagnostico: esta partido/rachado/deslocado nao ha nada a fazer. So lhe perdoei porque e amigo da familia. Contudo, ainda assim, e original (pode nao ser muito agradavel) partir o coxis ou pelo menos nao e muito vulgar. Digo eu, que quando conto a minha historia toda a gente acha graca.
    Parabens pelo seu blogge.

    P.S Tambem detesto aquelas merdinhas brancas presas nos carros no dia dos casamentos!

     

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