Um estranho Santo António
Bom, aqui estou, até agora nenhum milagre.
No entanto, tenho de salientar que a noite de ontem foi algo de inédito, choveu. Nunca tinha chovido numa noite de Santo António, pelo menos nos últimos 23 anos. Mas ontem choveu. E como estavamos numa noite de acontecimentos inusitados, também uma garrafa de cerveja se veio partir de encontro ao meu pé, provocando um lindo corte no meu dedo. O pior foi ter de ouvir um sermão de todos os que me acompanhavam por ter ido de sandálias, ao que eu explicava, como estou a explicar aqui que eu tentei calçar as sapatilhas, mas não consegui, porque os meus pés morriam de calor e eu atabafava. Por tudo isto, e pela desilusão pragmática com a vida, e sem qualquer manjerico, às quatro da manhã decidi voltar para casa. Rumei ao Cais do Sodré para apanhar o autocarro da noite que me traz confortavelmente a casa, às quatro. Nunca me recordo, também de nestas noites ir para casa ainda de noite, mas fui, após meia-hora de dúvidas em relação ontem não haver carreiras da noite, lá chegaram os autocarros todos para nos distribuírem às nossas procedências. E lá vim eu, espantada com o chão de Lisboa todo molhado numa noite destas, depois de ter convencido um jovem estranho que não tinha medo de empreender aquela aventura, que até a empreendo frequentemente. Na verdade tenho sempre um bocadinho de receio, que me mantêm muito alerta e me faz voar até alcançar uma distância segura dentro da solidão da noite, bem sei, que faço isto há muitos anos, nunca me aconteceu absolutamente nada, mas é bom estar sempre alerta, pois não se sabe quando é dia santo...
No entanto, tenho de salientar que a noite de ontem foi algo de inédito, choveu. Nunca tinha chovido numa noite de Santo António, pelo menos nos últimos 23 anos. Mas ontem choveu. E como estavamos numa noite de acontecimentos inusitados, também uma garrafa de cerveja se veio partir de encontro ao meu pé, provocando um lindo corte no meu dedo. O pior foi ter de ouvir um sermão de todos os que me acompanhavam por ter ido de sandálias, ao que eu explicava, como estou a explicar aqui que eu tentei calçar as sapatilhas, mas não consegui, porque os meus pés morriam de calor e eu atabafava. Por tudo isto, e pela desilusão pragmática com a vida, e sem qualquer manjerico, às quatro da manhã decidi voltar para casa. Rumei ao Cais do Sodré para apanhar o autocarro da noite que me traz confortavelmente a casa, às quatro. Nunca me recordo, também de nestas noites ir para casa ainda de noite, mas fui, após meia-hora de dúvidas em relação ontem não haver carreiras da noite, lá chegaram os autocarros todos para nos distribuírem às nossas procedências. E lá vim eu, espantada com o chão de Lisboa todo molhado numa noite destas, depois de ter convencido um jovem estranho que não tinha medo de empreender aquela aventura, que até a empreendo frequentemente. Na verdade tenho sempre um bocadinho de receio, que me mantêm muito alerta e me faz voar até alcançar uma distância segura dentro da solidão da noite, bem sei, que faço isto há muitos anos, nunca me aconteceu absolutamente nada, mas é bom estar sempre alerta, pois não se sabe quando é dia santo...
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home