As coisas que eu gosto
Gosto de túlipas e lírios bancos,
pela manhã
Gosto de escrever palavras à toa,
em papel cor-de-rosa pautado,
em branco,
com uma caneta fina e fiel,
de tinta permanente,
bom balanço
e pomposa máscara
preto-e-prata
com flores
em design floral.
Gosto de imaginar prados verdes,
pela manhã,
Gosto de pensar que estou a levitar
por cima deles,
debaixo de chuva
de túlipas e lírios brancos.
Gosto do silêncio
da quietude de estar comigo própria
com a minha caneta favorita
mergulhada em túlipas e lírios brancos.
São as minhas flores preferidas
Gosto também
das princesas
das rosinhas
das verdinhas
das falecidas violetas
flores da minha esperança
que adoptei, cuidei e cuido
no meu modesto jardim
guardo-as sempre intactas no meu coração
junto de um sorriso.
Gosto de caixinhas de música
e de beijos debaixo do azeviche
apesar desta não ser uma tradição
que conste do cardápio,
dos meus natáis,
e penso sempre,
ao deparar
com esta palavra,
" Natal,
na província neva"
da sua poesia
da sua entrega
da sua construção da imagem
do Natal
bucólica paisagem de província
coberta por um manto de neve
branco.
Gosto muito do branco
e do rosa
mas também do azul
Gosto de fumar
é uma infelicidade
bem o sei
bem o adivinho.
Nunca devia ter tocado num cigarro na vida.
Acendo um cigarro
em poesia
abro a porta
para deixar algum fumo sair.
Gosto da praia
penso nela com satisfação:
o mar
a areia
o vento
e o sol
todos a brincarem juntos
a magia de ver-e-ouvir o mar
sentir na pele o calor do sol na areia.
Gosto de conchinhas
e búzios
e ameijoas
e mexilhão
e camarões
e lagostas
e percebes
Percebes???
Desculpem,
foi impossível resistir.
Gosto de mãos grandes
e massagens nos pés
Gosto de pirilampos
numa ocasião
adoptei um,
malafortunadamente,
apenas por umas horas,
pois acabei por contribuir
para a sua morte trágica,
enquanto o andava a passear,
o meu Piri
estatelou-se no chão
de mais de um metro de altura
e definhou pela noite
por debaixo da lua cheia
no sopé da Gardunha.
Pobre vida que desfiz!
Espero que o seu espírito
tenha voltado a este mundo
com uma sorte melhor.
Faço agora destes versos um poema
depois de ter, inicialmente, escrito
Não sei se farei destes versos um poema
A poesia são versos
contruídos com labor
ou apenas
palavras desenhadas num assomo de inspiração.
Gosto de viver a minha vida nas palavras.
pela manhã
Gosto de escrever palavras à toa,
em papel cor-de-rosa pautado,
em branco,
com uma caneta fina e fiel,
de tinta permanente,
bom balanço
e pomposa máscara
preto-e-prata
com flores
em design floral.
Gosto de imaginar prados verdes,
pela manhã,
Gosto de pensar que estou a levitar
por cima deles,
debaixo de chuva
de túlipas e lírios brancos.
Gosto do silêncio
da quietude de estar comigo própria
com a minha caneta favorita
mergulhada em túlipas e lírios brancos.
São as minhas flores preferidas
Gosto também
das princesas
das rosinhas
das verdinhas
das falecidas violetas
flores da minha esperança
que adoptei, cuidei e cuido
no meu modesto jardim
guardo-as sempre intactas no meu coração
junto de um sorriso.
Gosto de caixinhas de música
e de beijos debaixo do azeviche
apesar desta não ser uma tradição
que conste do cardápio,
dos meus natáis,
e penso sempre,
ao deparar
com esta palavra,
" Natal,
na província neva"
da sua poesia
da sua entrega
da sua construção da imagem
do Natal
bucólica paisagem de província
coberta por um manto de neve
branco.
Gosto muito do branco
e do rosa
mas também do azul
Gosto de fumar
é uma infelicidade
bem o sei
bem o adivinho.
Nunca devia ter tocado num cigarro na vida.
Acendo um cigarro
em poesia
abro a porta
para deixar algum fumo sair.
Gosto da praia
penso nela com satisfação:
o mar
a areia
o vento
e o sol
todos a brincarem juntos
a magia de ver-e-ouvir o mar
sentir na pele o calor do sol na areia.
Gosto de conchinhas
e búzios
e ameijoas
e mexilhão
e camarões
e lagostas
e percebes
Percebes???
Desculpem,
foi impossível resistir.
Gosto de mãos grandes
e massagens nos pés
Gosto de pirilampos
numa ocasião
adoptei um,
malafortunadamente,
apenas por umas horas,
pois acabei por contribuir
para a sua morte trágica,
enquanto o andava a passear,
o meu Piri
estatelou-se no chão
de mais de um metro de altura
e definhou pela noite
por debaixo da lua cheia
no sopé da Gardunha.
Pobre vida que desfiz!
Espero que o seu espírito
tenha voltado a este mundo
com uma sorte melhor.
Faço agora destes versos um poema
depois de ter, inicialmente, escrito
Não sei se farei destes versos um poema
A poesia são versos
contruídos com labor
ou apenas
palavras desenhadas num assomo de inspiração.
Gosto de viver a minha vida nas palavras.
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