o casamento é uma instituição necrófila
O casamento não é nada mais do que a pura institucionalização daquilo que não é institucionalizável. O casamento não é apenas estranho ao amor. Ele atenta ao amor, a partir do momento em que lhe estabelece regras.
Nesta pequena mensagem procurarei analisar a primeira regra de todas: a organização de uma cerimónia. Depois de ser confrontrada com a autoridade religiosa, ou secular (para os mais infiéis), as quais concedem licença, assinada em papel, para amar, importa mostrar aos nossos amigos e familiares o quão grande é o nosso amor.
Para tal, e de acordo com os ditames impostos pela sociedade do espectáculo, organiza-se uma festa. Supostamente tenta-se mostrar aos nossos convidados que gostamos muito deles, e que naquele dia memorável, a sua presença foi uma benesse. Na verdade, apenas gostamos de alguns: a grande maioria ou foi convidada por causa dos presentes (comprados na loja à nossa escolha, via internet), ou porque os nossos pais, que pagaram pela festa, o exigiram.
Todo o desenrolar da festa é estandardizado, e por isso entediante. O cúmulo da repressão dá-se com o atirar do bouquet das flores, acto que tem como puro objectivo denegrir a situação daquelas que se recusam a entrar no jogo. No final, só uma é que é eleita, anunciando a sua futura ascensão ao Olimpo dos casados.
Nesta pequena mensagem procurarei analisar a primeira regra de todas: a organização de uma cerimónia. Depois de ser confrontrada com a autoridade religiosa, ou secular (para os mais infiéis), as quais concedem licença, assinada em papel, para amar, importa mostrar aos nossos amigos e familiares o quão grande é o nosso amor.
Para tal, e de acordo com os ditames impostos pela sociedade do espectáculo, organiza-se uma festa. Supostamente tenta-se mostrar aos nossos convidados que gostamos muito deles, e que naquele dia memorável, a sua presença foi uma benesse. Na verdade, apenas gostamos de alguns: a grande maioria ou foi convidada por causa dos presentes (comprados na loja à nossa escolha, via internet), ou porque os nossos pais, que pagaram pela festa, o exigiram.
Todo o desenrolar da festa é estandardizado, e por isso entediante. O cúmulo da repressão dá-se com o atirar do bouquet das flores, acto que tem como puro objectivo denegrir a situação daquelas que se recusam a entrar no jogo. No final, só uma é que é eleita, anunciando a sua futura ascensão ao Olimpo dos casados.
1 Comments:
At 1:02 PM, so_luar said…
E o dinheiro, e as secas, e os nervos.
E os convidados? Não só tens de convidar a famelga e os chatos, como muitas vezes por constrangimentos orçamentais nem os amigos podes convidar...
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