Não vamos casar !

Detesto casamentos. Detesto particularmente casamentos de Verão. Detesto as filas de carros a buzinar com merdinhas brancas penduradas nas antenas. Detesto a hipocrisia do casamento, do dia, do contrato e da instituição. Se também detestas algumas destas coisas junta-te ao club

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

trip (04/12/2010)

Penso em ti com a ternura do amor inconsolado
através da amargura da distância.
Queria entregar-me em teus braços
fechar os olhos e aprender a ser feliz.
Desconheço de onde veio a força desta saudade
mas sempre que fecho os olhos
consigo sentir o arrepio fabuloso da tua língua
como se todo este tempo que passou
fossem apenas horas formais de banalidade.
Conheço a solidão como uma segunda pele
porém sempre que adormeço
volto ao conforto côncavo do teu abraço.
Já não recordo o teu cheiro mas a sua memória
ainda enche o meu coração de luz e calor
no centro desta tempestade de Invernia.
Fazes-me falta por entre o silêncio
na razão das coisas e no movimento do olhar.
Vagueio por entre a noite como um espírito
tentando reparar a tua ausência decomposta
resgato os pedaços desta afeição do cofre fechado
que atirei para os fundos da minha alma.
A tua voz ressoa como um murmúrio doce
nesta madrugada em que a chuva cai lá fora.

1 Comments:

  • At 10:43 PM, Blogger Sofia said…

    Adoro :)
    Dizer que este poema está espectacular é pouco, quando para mim está muito mais do que isso. Mesmo brilhante! Parabéns, pela escrita tão imaginativa (e sentida)!

     

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